1Três mapas mostram a concentração de residências secundárias, fluxos de turistas e empregos para turistas no Brasil
2O mapa 1 mostra a distribuição dos domicílios particulares de uso ocasional (DPUO) pelo território nacional. Primeiramente, salta aos olhos a concentração espacial desse tipo de domicílio ao longo do litoral e, em especial, pelos litorais das regiões Sul, Sudeste e Nordeste. Por outro, evidencia-se, também, a maior concentração em localidades próximas a regiões metropolitanas como as de Porto Alegre, Florianópolis, São Paulo e Rio de Janeiro, por exemplo.
3Em 55 municípios, o apartamento era o tipo predominantes de domicílio de uso ocasional. Em alguns municípios litorâneos, a ampla maioria dos domicílios de uso ocasional era apartamento: Balneário Camboriú (Santa Catarina) (94,4%), Santos (São Paulo) (94,1%), Itapema (Santa Catarina) (90,5%), São Vicente (São Paulo) (87,1%), Guarujá (São Paulo) (80,3%)
Mapa 1 Residências secundárias em 2022
O Mapa 2 evidencia a relação entre desigualdade territorial e fluxos aéreos no país, com uma histórica e gritante concentração desses fluxos entre as regiões Sudeste, Sul e Nordeste. Refletindo sobre circulação aérea na sua relação com o turismo, é relevante lembrar que mais da metade da população brasileira vive nas regiões Sul e Sudeste (perto de 115 milhões de pessoas), que são também as principais emissoras de turistas do país, e às quais em se somando a região Nordeste temos o fragmento do território brasileiro onde o turismo de massa, em suas diferentes formas e facetas, se faz predominante.
Mapa 2 Principais fluxos de passageiros aéreos em 2023
- 1 Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED) de 2023, alimentado pelo Ministério do Trabalh (...)
4O Mapa 3 é baseado numa anamorfose cartográfica dos Estados brasileiros, distorcidos conforme os saldos de empregos do turismo ano de 2023, segundo o CAGED1 2023. Vale notar que o CAGED é um registro mensal de admissões e desligamentos de empregados sob o regime da CLT, assim, o mapa se refere ao saldo entre os desligamentos e as admissões, ao final do ano de 2023. Em todo o território brasileiro, o saldo foi de: +104.708. Novamente, São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais aparecem com os maiores saldos positivos: 34.000, 12.000 e 11.000, respectivamente, sendo o setor de alimentação responsável por mais de 60% do total dos empregos. Na outra ponta, estão Acre, Amapá e Roraima, com menos de 500 empregos gerados, juntos. Nenhum Estado apresentou saldo negativo em 2023.
Mapa 3 Saldo de empregos no setor de turismo em 2023
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