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23 | 2021
Verano/Verão 2021

Edited by Francisco Prata Gaspar, Thiago Suman Santoro and Christian Klotz

Editor's notes

Para este segundo número dedicado ao "Fichtes ursprüngliche Einsicht" de Dieter Henrich selecionamos estudos críticos e introdutórios. A relevância do trabalho pioneiro de Henrich, traduzido no volume anterior, é destacada na reconstrução meticulosa da história do texto que o artigo introdutório de Günter Zöller oferece. Zöller mostra claramente como o trabalho em questão serviu de ponto de partida para a inserção da filosofia de Fichte no debate contemporâneo sobre a subjetividade, bem como indica criticamente os méritos e deméritos da proposta interpretativa de Henrich.

No texto de Susanne Dürr encontramos uma interessante contribuição sobre o modo como o próprio Henrich avalia postumamente sua leitura inaugural, na medida em que Dürr, após apresentar as teses centrais de O insight originário de Fichte, faz um estudo comparativo com o recentemente publicado Dies Ich, das viel besagt (Este eu que muito significa), uma obra na qual Henrich elabora justamente a reavaliação de sua interpretação inicial.

O artigo de Stefan Lang, por sua vez, concentra-se na interpretação de Henrich acerca da concepção de autoconsciência desenvolvida por Fichte no “Ensaio de uma nova exposição da doutrina da ciência”, a fim de não só repô-la, mas também, e sobretudo, criticá-la. Ao lado da interpretação epistemológica de Henrich acerca da estrutura da autoconsciência, Lang propõe uma leitura alternativa que salienta aspectos ontológicos e mesmo performativos dessa estrutura.

É também a interpretação de Henrich do “Ensaio de uma nova exposição da doutrina da ciência” que está em foco no artigo de Christian Klotz. Ao contrário do que afirma Henrich, Klotz mostra que o “como” inscrito na estrutura da autoconsciência originária e expresso na fórmula “o eu se põe como pondo” não é de ordem conceitual, através do que o eu obteria de si mesmo um conhecimento discursivo, mas é pré-reflexivo e não-objetual e, por isso, só pode ser intuído intelectualmente.

Em seu conjunto, tanto o ensaio inaugural de Henrich quanto os demais artigos que orbitam em torno dele oferecem ao leitor a oportunidade para tomar contato com um dos debates filosóficos mais centrais da atualidade acerca da subjetividade e da autoconsciência.

Francisco Prata Gaspar
Thiago Suman Santoro

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