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COVID-19: novas sociabilidades, configurações sociopolíticas, dilemas e respostas. Uma introdução

Ana Cordeiro Santos, António Carvalho, Catarina Frade, Fernando Fontes, Isabel Caldeira, José Manuel Mendes, Madalena Alarcão, Madalena Duarte, Maria Raquel Freire, Patrícia Vieira, Raquel Ribeiro e Tiago Pires Marques
p. 5-14

Notas da redação

Revisto por Ana Sofia Veloso

Texto integral

  • 1 Sérgio Godinho (2020), “O novo normal”. Single do álbum homónimo.

1A pandemia da COVID-19 constituiu um momento de rutura nas sociedades contemporâneas, gerando um “novo normal” em que, como nos lembra Sérgio Godinho, “Ninguém sabe se sabe / Nem que acaso ou que destino nos cabe”.1 A rápida propagação de um novo vírus respiratório tornou-se o foco de atenção de governos e da comunicação social a nível global. No início de 2020, a cidade chinesa de Wuhan assumiu contornos distópicos, com mais de 11 milhões de habitantes confrontados com a suspensão das suas vidas quotidianas. Perante o desconhecimento acerca de uma doença que aparentava ter tanto taxas de letalidade como de transmissão bastante superiores aos vírus respiratórios em circulação, o confinamento assumiu-se como a resposta sociopolítica a adotar.

2Primeiro em Wuhan e no resto da China, depois na Europa, nos Estados Unidos e no resto do mundo, as populações deveriam ficar confinadas em casa para “achatar a curva” da transmissão do vírus. No entanto, e apesar das medidas draconianas adotadas pela maior parte dos governos, parecia impossível conter o surto pandémico e a mortalidade associada. Um aparato material constituído por máscaras, frascos de álcool-gel e ventiladores era apresentado como fundamental para fazer face à nova ameaça sanitária.

3Após os primeiros tempos caracterizados pela surpresa, pelo medo, pela incredulidade, que evidenciavam a fragilidade da vida humana – destino comum a toda a humanidade (todos no mesmo barco), o evoluir da pandemia relevou crua e despudoradamente as abissais desigualdades entre países e, dentro dos países, entre diferentes grupos sociais, a começar pelo direito/dever de “ficar em casa”, primeira linha de defesa contra o vírus (ver Farha, 2020; Bushman, e Mehdipanah, 2022). Não apenas os números da morbilidade e mortalidade por COVID-19 começaram a ser mais expressivos nos grupos sociais mais vulneráveis, como os impactos das medidas de mitigação da transmissão do vírus (desemprego, perda de rendimento, isolamento social, dificuldade de acesso a bens e serviços, etc.) se revelaram também mais severos entre estes grupos sociais.

4As liberdades de circulação eram limitadas em salvaguarda da saúde pública: o estado de exceção imposto devido à emergência pandémica separava inicialmente trabalhadores/as essenciais de não-essenciais; regulava a circulação entre concelhos; determinava a que horas as pessoas poderiam sair de casa; postulava quais as atividades que poderiam justificar a circulação na via pública – como a deslocação a serviços médicos, a compra de alimentos ou a visita a familiares em determinadas circunstâncias.

5O encerramento temporário de escolas, restaurantes, espaços de diversão e do comércio não-essencial teve impacto na construção e manutenção das sociabilidades, evidenciando a importância da dimensão social na saúde mental assim como a hegemonia de redes tecnológicas, corporativas e financeiras que permitia que governos e cidadãos/ãs navegassem por um cenário emergencial em permanente construção. As tecnologias de informação permitiram que trabalhadores/as à distância, estudantes e até pacientes pudessem realizar uma série de atividades de forma “digital”. Novas aplicações de rastreio de contactos (como a aplicação portuguesa StayAway COVID) recolhiam dados de milhões de cidadãos/ãs para evitar a propagação do vírus, ao mesmo tempo que a indústria farmacêutica se mobilizava para, em tempo recorde, desenvolver uma vacina que pudesse finalmente restituir a normalidade, inclusive as liberdades individuais limitadas perante a proliferação do vírus.

6A administração das primeiras vacinas, no final de 2020, marcou um ponto de inflexão na gestão da pandemia nos países desenvolvidos, assumindo-se que a vacinação de uma parte significativa da população poderia quebrar as cadeias de transmissão e diminuir o impacto do vírus ao nível da letalidade e da doença grave, registando-se, no entanto, uma desigualdade de acesso às vacinas entre países desenvolvidos e países em desenvolvimento. Em Portugal, 95% da população terá recebido pelo menos uma dose da vacina e, em agosto de 2022, já tinham sido administradas mais de 12,5 mil milhões de doses a nível global.2

  • 3   Como por exemplo em França onde, desde setembro de 2021, a vacina é obrigatória para os profissio (...)

7A criação de um Certificado Digital, disponível através de um portal na internet e de uma aplicação para telemóvel, indexava as liberdades de circulação à condição dos/das cidadãos/ãs perante a vacina ou uma infeção anterior. Esta aplicação foi emblemática do impacto sociopolítico da pandemia, articulando uma configuração tecnobiopolítica que problematizava as fronteiras entre o somático, o digital e o legislativo. Apesar de, na maior parte dos países, a vacinação se assumir como facultativa, em alguns contextos nacionais, e para alguns setores de atividade e grupos demográficos, ela tornou-se obrigatória3 ou adquiriu contornos coercivos, motivando a emergência de movimentos sociais e de protesto em diversos países europeus e da América do Norte que colocavam em causa o aparente consenso médico, científico e político em torno da crise sanitária.

8A pandemia da COVID-19 suscitou ruturas paradigmáticas a vários níveis que requerem/reclamam uma extensa reflexão crítica e interdisciplinar que venha dar sentido a este momento de exceção. Nesse sentido, o Conselho de Redação da Revista Crítica de Ciências Sociais (RCCS) decidiu lançar um convite à apresentação de artigos com o objetivo de problematizar algumas das tensões e contradições sociopolíticas da crise pandémica, reconhecendo o papel das ciências sociais e humanidades para refletir – de forma contra-hegemónica – acerca do momento presente e das narrativas dominantes sobre o vírus. A pandemia tem suscitado reflexões de distintos quadrantes da academia e, à data da redação deste editorial, uma pesquisa por “COVID-19” na plataforma Google Scholar originava mais de 4,8 milhões de resultados, o que ilustra o volume de produção científica associada à crise sanitária.

9Nas ciências sociais e humanidades, a investigação sobre a COVID-19 tem incidido, entre outros temas, sobre: o impacto da pandemia no trabalho e nas relações laborais (Ferreira et al., 2022); as desigualdades socioeconómicas (Ward, 2020); as relações de género (incluindo a violência doméstica) (Rosenfeld et al., 2022; Fortier, 2020; Ward, 2020); as desigualdades Norte/Sul (Santos, 2020); as novas configurações (bio)políticas e os autoritarismos (Agamben, 2021; Bieber, 2020; Mendes, 2020); os processos psicológicos e as relações interpessoais e intergrupais (Rosenfeld et al., 2022); o impacto sociopolítico das relações entre humanos e não-humanos (Carvalho, 2020); os paralelismos entre a crise pandémica e a crise ambiental e climática (Latour, 2021). Tendo em conta a presença da pandemia em praticamente todas as esferas sociopolíticas contemporâneas, esta lista não exaustiva elenca o potencial da crise sanitária – e do vírus – enquanto tema agregador para a produção de uma visão crítica sobre a pandemia da COVID-19 e pandemias futuras. Apesar dos inúmeros estudos e investigações realizadas desde o início da pandemia, alguns dos seus impactos, nomeadamente a longo prazo (e.g., saúde física e mental), nas gerações mais novas (e.g., desenvolvimento cognitivo, socio-emocional, motor), ou a nível societal (e.g., confiança interpessoal e institucional), estão ainda por vislumbrar.

10O convite à apresentação de artigos para este número da RCCS identificava nove potenciais tópicos que, apesar de bastante abrangentes, não esgotavam o rol de possibilidades em torno de reflexões críticas sobre a crise pandémica: a) pandemia da COVID-19 e biopolítica, reconhecendo que o “governo da vida” foi indelevelmente recrutado – e reconfigurado – pela crise sanitária; b) pandemia, capitalismo global, desigualdades sociais, desigualdades Norte/Sul, assumindo o acesso desigual a vacinas e equipamento médico e de proteção, bem como o impacto económico da crise sanitária, nomeadamente ao nível dos fluxos globais de capital; c) crise sanitária, democracia e direitos humanos, especialmente a emergência de novas formas de autoritarismo estatal e dispositivos de apartheid biopolítico (como, por exemplo, a discriminação entre vacinados/as e não-vacinados/as); d) pandemia, (des)informação e fragmentação do espaço público, incluindo a controvérsia em torno da disseminação de notícias falsas, da proliferação de mecanismos instituídos de controlo da informação e da verdade (os designados fact-checkers), e da emergência de consensos médicos e científicos instituídos por entidades públicas e privadas (como as farmacêuticas); e) pandemia da COVID-19 e teoria social, reconhecendo os desafios teóricos e metodológicos colocados pela crise sanitária e pelo próprio vírus enquanto ator social e político; f) crise sanitária e o papel da ciência e tecnologia, tendo em conta o papel das tecnologias de informação para a reconfiguração das sociabilidades, de formas de controlo social e dos desafios colocados pela pandemia à ciência e aos mecanismos de produção científica; g) representações literárias e artísticas da pandemia, assumindo o potencial da pandemia enquanto evento cultural; h) a pandemia COVID-19 no contexto de pandemias passadas, nomeadamente a gripe pneumónica de 1918-1919; i) COVID-19 e ética do cuidado, incluindo não só o cuidado entre humanos, mas também o cuidado mais-do-que-humano, tendo em conta os debates atuais acerca da relação entre zoonoses e crise ambiental e climática.

11Após a receção de dezenas de propostas, um conjunto de artigos foi escolhido pelo Conselho de Redação para seguir para a segunda fase do processo habitual de arbitragem científica da RCCS, em formato double-blind peer review, tendo sido selecionados no final, com base nos pareceres recebidos e após reformulações, sete textos para integrar o número temático.

12O primeiro artigo deste número temático sobre a COVID-19, da autoria de Nuno Teles, analisa a economia política da pandemia da COVID-19, mostrando como a mesma resulta diretamente das dinâmicas globais do sistema capitalista, assente na financeirização e nos processos de monopólio das grandes empresas internacionais, designadamente do setor agropecuário intensivo. A crise associada à COVID-19 é interna ao próprio sistema capitalista, reforça e legitima o neoliberalismo, mas mostra também a centralidade dos Estados ao trazer de novo para o espaço público noções como socialização, nacionalização e planeamento. Sublinhando que as desigualdades internas aos países e entre países do centro e da periferia capitalista se acentuaram com a crise sanitária, Teles conclui pela necessidade de novos modelos de planeamento macroeconómico e de criação das condições para que os/as trabalhadores/as se apropriem dos instrumentos de gestão que permitam a democratização do local de trabalho, a valorização da representação laboral e do conhecimento técnico, configurando formas alternativas ao capitalismo neoliberal hegemónico.

13O artigo de Alexei Anisin recorre à Teoria do Discurso da Escola de Essex (IDA, na sigla inglesa), inspirada em Ernesto Laclau e Chantal Mouffe, para proceder a uma análise da produção do discurso da Comissão Europeia durante e em torno da pandemia da COVID-19. O autor mostra como, em tempos de mudanças sociais profundas e perante acontecimentos que expõem a natureza contingente da realidade social, os poderes estabelecidos têm necessidade de articular novas políticas e identidades para ressignificar os acontecimentos e legitimar as ações a empreender. No caso presente, através da análise de discursos, afirmações e documentos oficiais da Comissão Europeia, Anisin descreve o recurso a significantes vazios para justificar a utilização de aplicações eletrónicas de seguimento e vigilância dos/das cidadãos/ãs na União Europeia, a significantes flutuantes, como xenofobia e desinformação, para contrapor aos oponentes das medidas implementadas, e, por fim, à produção de identidades e antagonismos, como “nós” (os vacinados) e “os outros”, para legitimar as políticas públicas instituídas.

14No artigo da autoria de Anne Kubai aborda-se o caso específico da Suécia na crise pandémica da COVID-19. A autora situa-se numa perspetiva qualitativa, utilizando técnicas e métodos diversificados como análise crítica do discurso, observação, entrevistas e grupos focais. A hipótese de partida é a de que a política nacional e a definição e aplicação de medidas para lidar com a COVID-19 se ancorou numa visão sueca de excecionalidade, caracterizada por uma postura equilibrada e sensata, de confiança mútua entre as autoridades e os/as cidadãos/ãs. As medidas foram, assim, de persuasão e de recomendação, baseadas na escolha individual e sem opções radicais como confinamentos, uso de máscaras, ou outras medidas análogas. Kubai mostra como esta opção política em privilegiar o individual em detrimento de uma visão coletiva teve impacto na alta mortalidade per capita. O artigo lida também com o impacto diferenciado e altamente penalizador das comunidades imigrantes na Suécia. A autora conclui que as recomendações e a política de comunicação do risco sobre a COVID-19 na Suécia foram ambíguas, deixando o ónus da sua interpretação às pessoas, numa dinâmica de discricionariedade que acentuou as desigualdades e a vulnerabilidade de determinados grupos e indivíduos.

15O artigo seguinte, escrito por Rafael Tomás-Cardoso, Fernando Talayero e María Amérigo, centra-se no caso espanhol. Nele é aplicado um modelo integrador que mobiliza diversas perspetivas e múltiplas variáveis na perceção do risco e na adoção de medidas preventivas em relação à COVID-19. Entre as variáveis explicativas utilizadas nesse modelo temos as condições sociais, os fatores individuais e os contextos socioculturais. O estudo baseia-se na aplicação de um questionário eletrónico a uma amostra não-representativa e não probabilística, assumindo um caráter exploratório. Os resultados obtidos mostram o papel central dos fatores individuais (a confiança, o controlo, o impacto percebido e as atitudes quanto às medidas de proteção) tanto na perceção do risco como na adoção de medidas protetoras. Relevante também é o papel das atitudes e dos comportamentos pró-sociais na perceção do risco. Tomás-Cardoso, Talayero e Amérigo terminam o artigo com a proposta de um esquema analítico que permite avançar na compreensão da interação complexa entre fatores estruturais, discursos públicos, perceção de risco e adoção de comportamentos salutogénicos no caso da COVID-19.

16José de São José, Virpi Timonen, Ana Teixeira, Carla Amado, Sérgio Santos e Patrícia Coelho apresentam no próximo artigo os resultados de um estudo qualitativo, baseado em entrevistas telefónicas e diários telefónicos, sobre o impacto do primeiro confinamento no contexto da pandemia da COVID-19 em pessoas com mais de 65 anos e a viverem sozinhas em Portugal. Partindo de um posicionamento epistemológico interpretativo e pragmático e de uma sociologia do quotidiano, e aplicando a análise de quadros, os/as autores/as procedem a uma análise sustentada dos diferentes tipos de experiência do confinamento. Concluem que este teve, de uma forma geral, efeitos negativos significativos nas pessoas participantes do estudo, sobretudo a nível de perdas nas atividades exteriores ao domicílio, nas interações de proximidade e na sua independência. Os resultados obtidos conduzem os/as autores/as a recomendarem, em caso de pandemias ou de situações análogas futuras, uma reflexão cuidada sobre o equilíbrio de risco e o impacto das medidas a adotar nas pessoas de mais idade, sobretudo se incluírem confinamentos ou longos períodos de permanência em casa.

17O artigo da autoria de Teresa Martins, João Arriscado Nunes, Isabel Dias e Isabel Menezes também se centra em Portugal e nas pessoas de mais idade. Mas, neste caso, é analisada a atuação de uma associação representativa de pessoas reformadas em Portugal e de como a mesma utilizou as redes sociais, concretamente o Facebook, para a comunicação institucional, a divulgação de atividades e a tomada de posições políticas e de mobilização dos/das seus/suas associados/as durante os períodos de confinamento. As autoras e o autor concluem pela importância das redes sociais digitais na desconstrução de estereótipos associados ao idadismo e pela presença crítica no espaço público das associações que representam os/as cidadãos/ãs de mais idade.

18O último artigo deste número temático aborda a desproteção social e as vulnerabilidades sociais produzidas ou agravadas na sequência das medidas sanitárias e no mercado laboral tomadas a propósito da COVID-19 em Portugal. Jorge Caleiras, Renato do Carmo, Isabel Roque e Rodrigo de Assis partem da análise de entrevistas e do seguimento de algumas das pessoas entrevistadas para a definição de uma tipologia de perfis de percursos de participação no mercado de trabalho. Concluem pela existência de impactos profundos nas pessoas afetadas, sobretudo quanto à exclusão laboral, à quebra de rendimentos e às componentes relacionais e existenciais. As formas de enfrentamento das situações vividas são múltiplas, e os autores e a autora terminam o artigo com uma reflexão crítica sobre os processos de precarização do trabalho, as respetivas dinâmicas institucionais e os riscos inerentes se não forem adotadas políticas públicas orientadas para os/as mais precários/as e vulneráveis.

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Bibliografia

Agamben, Giorgio (2021), Where Are We Now? The Epidemic as Politics. Lanham: Rowman & Littlefield. Tradução de Valeria Dani.

Bushman, Gregory; Mehdipanah, Roshanak (2022), “Housing and Health Inequities During COVID-19: Findings from the National Household Pulse Survey”, Journal of Epidemiology & Community Health, 76(2), 121-127.

Carvalho, António (2020), “The Anthropocene, COVID-19 and Ontology: Some Reflections Following the EASST/4S 2020 Online Conference”, EASST Review, 39(1). Consultado a 15.08.2022, em https://www.easst.net/article/the-anthropocene-covid-19-and-ontology-some-reflections-following-the-easst-4s-2020-online-conference/.

Farha, Leilani (2020), “COVID-19 Guidance Note: Protecting Renters and Mortgage Payers”, 8 de abril. Consultado a 15.08.2022, em https://www.ohchr.org/Documents/Issues/Housing/SR_housing_COVID-19_guidance_rent_and_mortgage_payers.pdf.

Ferreira, Daniela; Carmo, Renato Miguel; Vale, Mário (2022), “Is the COVID-19 Pandemic Accelerating the Platformisation of the Urban Economy?”, Area, 54, 443-450.

Fortier, Nikki (2020), “COVID-19, Gender Inequality, and the Responsibility of the State”, International Journal of Wellbeing, 10(3), 77-93.

Latour, Bruno (2021), After Lockdown: A Metamorphosis. Cambridge, UK/Medford, MA: Polity Press. Tradução de Julie Rose.

Mendes, José Manuel (2020), “Le néolibéralisme et l’étatisme autoritaire en temps de crise: la pandémie du Covid-19 et la force de la confiance et de la solidarité”, Recherches et Educations, julho. Tradução de Isabel Silva.

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Santos, Boaventura de Sousa (2020), O futuro começa agora. Da pandemia à utopia. Coimbra: Edições Almedina.

Ward, Paul R. (2020), “A Sociology of the COVID-19 Pandemic: A Commentary and Research Agenda for Sociologists”, Journal of Sociology, 56(4), 726-735.

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Notas

1 Sérgio Godinho (2020), “O novo normal”. Single do álbum homónimo.

2   Consultado a 25.08.2022, em https://ourworldindata.org/covid-vaccinations?country=OWID_WRL.

3   Como por exemplo em França onde, desde setembro de 2021, a vacina é obrigatória para os profissionais da área da saúde, ou na Itália que, em janeiro de 2022, tornou obrigatória a vacina para maiores de 50 anos.

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Para citar este artigo

Referência do documento impresso

Ana Cordeiro Santos, António Carvalho, Catarina Frade, Fernando Fontes, Isabel Caldeira, José Manuel Mendes, Madalena Alarcão, Madalena Duarte, Maria Raquel Freire, Patrícia Vieira, Raquel Ribeiro e Tiago Pires Marques, «COVID-19: novas sociabilidades, configurações sociopolíticas, dilemas e respostas. Uma introdução»Revista Crítica de Ciências Sociais, 128 | 2022, 5-14.

Referência eletrónica

Ana Cordeiro Santos, António Carvalho, Catarina Frade, Fernando Fontes, Isabel Caldeira, José Manuel Mendes, Madalena Alarcão, Madalena Duarte, Maria Raquel Freire, Patrícia Vieira, Raquel Ribeiro e Tiago Pires Marques, «COVID-19: novas sociabilidades, configurações sociopolíticas, dilemas e respostas. Uma introdução»Revista Crítica de Ciências Sociais [Online], 128 | 2022, publicado a 18 outubro 2022, consultado a 15 fevereiro 2025. URL: http://0-journals-openedition-org.catalogue.libraries.london.ac.uk/rccs/13399; DOI: https://0-doi-org.catalogue.libraries.london.ac.uk/10.4000/rccs.13399

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