Notas
Outras traduções - Ragnarök: “Julgamento dos poderes”. LINDOW, John - Norse mythology. Oxford: Oxford University Press, 2001, p. 254; Ragnarök: “Condenação ou fim dos deuses”, Ragnarökkr: “Trevas ou crepúsculo dos deuses”, BYOCK, Jesse - Glossary of names. The Prose Edda. London: Penguin Books, 2005, p. 172-173.
BOYER, Régis - Ragnarök. Héros et dieux du Nord: guide iconographique. Paris: Flammarion, 1997, p. 125.
CHRISTIANSEN, Eric - The norsemen in the Viking Age. London: Blackwell, 2006, p. 299.
No presente artigo, preferimos conservar o nome das principais divindades, seres e localidades da mitologia nórdica na forma tradicionalmente traduzida para a língua portuguesa e inglesa (Odin, Thor, Loki, Heimdall, Frigg, etc). No caso de fontes literárias e termos pouco usuais, conservamos a grafia no nórdico antigo. Este procedimento foi o mesmo adotado por: BAILEY, Richard - Scandinavian myth on viking-period Stone sculpture in England in BARNES, Geraldine & ROSS, Margaret Clunie (orgs.) - Old Norse myths, literature and society. Proceedings of the 11th International Saga Conference. Sidney: University of Sidney, 2000, p. 15-23. A adjetivação éddico, referente às Eddas, nós conservamos da forma usual utilizada pelos escandinavistas franceses, ingleses, escandinavos e italianos, conservando o duplo d.
A Völuspá é uma fonte central nos estudos sobre mitologia escandinava, sendo o poema nórdico medieval mais famoso. Para um panorama introdutório na estrutura, bibliografia e história sobre os estudos da Völuspá, consultar: LINDOW, John - Mythology and mythography in LINDOW, John & CLOVER, Carol (orgs.) - Old Norse icelandic literature: a critical guide. Toronto: University of Toronto, 2005, p. 29-32, 40-41, 48, 52-53. O melhor panorama dos estudos sobre a Völuspá, do século XIX até a década de 1950 é disponível em: NORDAL, Sigurður - Three essays on Völuspá. Saga-book 3 (18), 1972, p. 79-91.
NORTH, Richard - Völuspá and the Book of Revelation in SIMEK, Rudolf & MEURER, Judith. Scandinavian and Christian Europe in the Middle Ages: Papers of the 12th International Saga Conference, Bonn, 2003, p. 1.
MCKINELL, John - Both one and on many: essays on change and variety in late norse heathenism. Roma: Il Calamo, 1994, p. 105-112.
LINDOW, John - Vafthrúdnismál. Norse mythology. Oxford: Oxford University Press, 2001, p. 304-307.
BELLOWS, Henry Adams - Introductory note. The poetic Edda. New York: Dover, 2004, p. 68; MCKINELL, Op.ci.t, p. 105. Para elementos analíticos e estruturais deste poema, consultar: HARRIS, Joseph - Eddic poetry in LINDOW, John & CLOVER, Carol (orgs.). Old Norse icelandic literature: a critical guide. Toronto: University of Toronto, 2005, p. 75-76, 85, 93, 98.
KEYSSER, Rudolph - The religion of the northmen. New York: Astor Library, 1854, p. 101-102.
MACCULLOCH, J. A. - The Celtic and scandinavian religions. New York: Hutchinson University Library, 1948, p. 166.
DUMÉZIL, Georges - Mythologie indo-européenne et mythologie germanique. Mythes et dieux des germains: essai d´interpretation comparative. Paris: Librairie Ernest Leroux, 1939, pp. 3-16; DUMÉZIL, Georges - Ragnarök. Loki (1948). Paris: Flamarion, 1986, pp. 248-256.
Para uma síntese das reavaliações da obra de Dumézil, consultar: ORTON, Peter - Pagan myth and religion in MCTURK, Rory (ed) - A company to Old Norse-Icelandic Literature and culture. London: Blackwell Publishing, 2007, p. 313-314.
O folclorista dinamarquês Axel Olrik publicou seu estudo em duas partes: Aarb nord Oldkynd, em 1902, e Dan Stud em 1913, e de forma completa em 1922, mas em alemão: Ragnarök, die Sagen vom Weltuntergang. Conf.: DAVIDSON, Hilda - Myths and symbols in Pagan Europe: early Scandinavian and celtic religions. London: Syracuse Press, 1988, p. 244.
NORDAL, Sigurðr - Three essays on Völuspá. Saga-book 3 (18), 1972, p. 79-135.
DAVIDSON, Hilda - Deuses e mitos do Norte da Europa (1964). São Paulo: Madras, 2004, pp. 161-178.
DAVIDSON, Hilda - Myths and symbols in Pagan Europe: early Scandinavian and celtic religions. London: Syracuse Press, 1988, p. 188-195. Em trabalhos mais recentes, a pesquisadora ainda insiste na comparação do fim do mundo nórdico com as narrativas persas, que relatam a sobrevivência de um grande inverno. DAVIDSON, Hilda - Escandinávia. Lisboa: Editorial Verbo, 1987, p. 121.
BOYER, Régis - Yggdrasill: La religion des anciens scandinaves. Paris: Payot, 1981, pp. 201-106; BOYER, Régis - Ragnarök. Héros et dieux du Nord: guide iconographique. Paris: Flammarion, 1997, pp. 125-126.
WÜRTH, Stefanie - Ragnarök: Götterdämmerung und Weltende in der nordischen Literatur in ROSS, Margaret Clunies & BARNES, Geraldine. Old Norse Myths, literature and society. Sydney: University of Sydney, 2000, pp. 580-589.
Para outros pesquisadores, porém, a idéia da morte dos principais deuses seria inconcebível para guerreiros pagãos que sempre os tinham como vitoriosos, sendo o Ragnarök produto de idéias religiosas no período de transição do paganismo ao cristianismo, não fazendo parte da mitologia original. CHRISTIANSEN, Eric. Op.cit., p. 299.
SØRENSEN, Preben Meulengracht - Religions Old and New in SAWYER, Peter (org.). The Oxford Ilustrated History of the Vikings. Oxford: Oxford University Press, 1997, p. 213.
Mckinnell, Op.cit. p. 107-128.
MCKINELL, John - Völuspá and the feast of Easter. Alvíssmál 12, 2008, pp. 3-28. Também destacamos as pesquisas de Ursula Dronke, que observou influências dos poemas Cantus Sibyllae e Prophetiae Sybyllae magae, realizados na Inglaterra entre os séculos IX e X, e Richard North, que reafirmou influências do Livro das Revelações, mas também a base pagã do poeta, onde a renovação do mundo seria uma imagem arcaica da Escandinávia. Conf. NORTH, Richard. Op. cit., p. 1-11.
LANGER, Johnni - O culto a Odin entre os vikings: uma análise iconográfica da estela de Hammar I. Deuses, monstros, heróis: ensaios de mitologia e religião viking. Brasília: Editora da UNB, 2009, pp. 79-108; LANGER, Johnni - As estelas de Gotland e as fontes iconográficas da mitologia viking. Brathair 6, 2006, pp. 10-41.
DAVIDSON, Hilda - Escandinávia. Lisboa: Editorial Verbo, 1987, p. 122.
A existência de sepulturas conservando a práticas de inumação com objetos cotidianos e de guerreiros indica que os primeiros colonizadores ainda eram pagãos. Conf. CAMPBELL, James-Graham. Os viquingues. Madrid: Del Prado, 1997, p. 157.
HAYWOOD, John - Manx crosses. Encyclopaedia of the Viking Age. London: Thames and Hudson, 2000, p. 128. Para maiores detalhamentos históricos, artísticos, estilísticos e de datações dos monumentos da Ilha de Man, consultar: WILSON, David - Manx memorial Stones of the Viking Period. Saga-Book 18, 1970-1971, p. 1-18.
KERMODE, P.M.C. - Traces of the norse mythology in the Isle of Man. London: Bemrose & Sons, 1904, p. 19.
LANG, J. T - Anglo-scandinavian sculpture in Yorkshire in HALL, Richard (ed.) - Viking Age and the North. London: Council for British Archaeology, 1978, p. 12.
“Courage, strength and loyalty towards kin were the Vikings´s strong ideals”. SPRAGUE, Martina - Norse warfare: the unconventional battle strategies of the ancient Viking. New York: Hippocrene Books, 2007, p. 46. Em específico para a tradição iconográfica escandinava, temos: “strength, prowess, power, courage, and other manly virtues”. FUGLESANG, Signe Horne - Iconographic traditions and models in Scandinavian imagery in BARNES, Geraldine & ROSS, Margaret Clunie (orgs.) - Old Norse myths, literature and society. Proceedings of the 11th International Saga Conference. Sidney: University of Sidney, 2000, p. 9.
HALL, Richard - Viking Age Archaeology in Britain and Ireland. London: Shire Publications, 2010, p. 12. Para o arqueólogo Richard Bailey, as representações de guerreiros armadas na arte britânica do século X correspondem aos aristocráticos ideais militares da nova liderança política e econômica da Northumbria. Cf. BAILEY, Richard - Scandinavian myth on viking-period Stone sculpture in England in BARNES, Geraldine & ROSS, Margaret Clunie (orgs.) - Old Norse myths, literature and society. Proceedings of the 11th International Saga Conference. Sidney: University of Sidney, 2000, p. 16.
A maior parte dos estudos sobre a relação entre religiosidade germânica e cristã teve uma posição do processo de cristianização como força ativa e do paganismo germânico como passivo ou reacionário. RUSSELL, James - The germanization of early medieval Christianity: a sociohistorical approach to religious transformation. Oxford: Oxford University Press, 1994, p. 38.
LANGER, Johnni - As estelas de Gotland e as fontes iconográficas da mitologia viking. Brathair 6, 2006, p. 16.
HOLMAN, Catherine - Gosforth cross. Historical dictionary of the Vikings. Oxford: The Scarecrow Press, 2003, p. 107. Para outros detalhes básicos sobre esse monumento, verificar: PULSIANO, Philip & WOLF, Kirsten (Eds.) - Medieval Scandinavia: an encyclopedia. London: Routledge, 1993, p. 697; BAILEY, Richard - Gosforth cross in LAPIDGE, Michael (org.). The Blacwell Encyclopaedia of Anglo-Saxon England. London: Blacwell, 2001, 213-214.
Alguns pesquisadores percebem essa figura como a representação de Heimdall combatendo e sendo morto durante o Ragnarok por Loki, que se situa em uma cena logo abaixo. BAILEY, Richard - Scandinavian myth on viking-period Stone sculpture in England in BARNES, Geraldine & ROSS, Margaret Clunie (orgs.) - Old Norse myths, literature and society. Proceedings of the 11th International Saga Conference. Sidney: University of Sidney, 2000, p. 21.
“But in neither case we dealing with syncretism, though the mind is drawn to parallels and contrasts between Christian teaching and Scandinavian-based mythology; the message is Christian”. BAILEY, Richard - Scandinavian myth on viking-period Stone sculpture in England in BARNES, Geraldine & ROSS, Margaret Clunie (orgs.) - Old Norse myths, literature and society. Proceedings of the 11th International Saga Conference. Sidney: University of Sidney, 2000, p. 22. Já para o arqueólogo Richard Hall, a inclusão de temas nórdicos em monumentos cristãos reflete um “gosto eclético” por parte dos patrocinadores e artistas. HALL, Richard - Exploring the world of the Vikings. London: Thames and Hudson, 2007, p. 113. Alguns concebem um hibridismo cultural nas duas tradições: “Viking Age sculpture in northern England is sometimes found on earlier christian sites, it shows points of continuity with Anglian traditions, and duly, as at Gosforth, assimilated the Christian message; but it did note ignore the pagan Scandinavian past”. WORMALD, P. - Scandinavian Settlement in CAMPBELL, James (Ed.) - The Anglo-Saxons. London: Penguin Books, 1982, p. 162-163. Mas a visão que mais se aproxima de nosso referencial é a de Lilla Kopár: “The carvings with mixed iconography were the result of the mingling of traditions, where everyone contributed something from his or her cultural heritage. It was not the incompatibility of two religious systems, but the compatibility of different cultural traditions which the sculptors of these monuments perceived and represented. The iconographical material of different origins was considered to be of equal importance, and the pagan figural elements were featured on the prominent sides of the monuments, together with the Christian ones. Thus it is highly improbable that the purpose of these carvings would have been to promote the superiority of Christian over the pagan gods”. KOPÁR, Lilla - An intercultural dialogue set in Stone. VIN Seminar I: Myth and cultural memory in the Viking Diaspora. Leicester, UK, 2007, p. 11.
Na arte britânica alto medieval, ocorreram outras representações de Longinus, como as cenas presentes nas cruzes da ilha Calf of Man e Llangan, no País de Gales (SEABORNE, Malcolm - Celtic crosses of Britain and Ireland. Oxford: Shire Publications, 1994, p. 28 e 33). Mas nestas duas cenas, Longinus se situa ao lado do Cristo crucificado e não abaixo deste.
A imagem feminina na face Leste é totalmente idêntica as valquírias representadas em pingentes e amuletos da Era Viking. E o conjunto da cena, o guerreiro frente à mulher com corno, é especialmente semelhante às cenas de valquírias recebendo o herói no Valhalla presente em Ardre VIII, Hammar I, Tjangvide, entre outros monumentos escandinavos pré-cristãos.
Talvez a mais representativa alusão da triquetra enquanto símbolo odínico seja a estela de Sanda 2, em Gotland, onde foi esculpida ao lado do trono do deus caolho. Conforme: LANGER, Johnni - Símbolos religiosos dos vikings: guia iconográfico. História, imagem e narrativas 11, 2010, p. 12.
Os hogbacks comemoram o culto guerreiro, destacando a moradia cósmica que Odin escolheu para seus eleitos (eles possuem a forma de casas, talvez sejam também símbolos do Valhalla). Conf. STONE, Alby - Hogbacks: Christian and pagan imagery on Viking Age monuments. 3rd Stone 33, January-march 1999, pp. 16-20. Os hogbacks não possuem equivalentes na área dinamarquesa, sendo influenciados esteticamente pela arte anglo-saxã, especialmente relicários e confeccionados no estilo Jelling. Não há certeza se realmente cobriam áreas tumulares. HAYWOOD, John - Hogbacks. Encyclopaedia of the Viking Age. London: Thames and Hudson, 2000, p. 97-98. Alguns pesquisadores acreditam que a figura dos ursos nestes monumentos sejam símbolos da conversão dos escandinavos para o cristianismo, KOPÁR, Lilla - An intercultural dialogue set in Stone. VIN Seminar I: Myth and cultural memory in the Viking Diaspora. Leicester, UK, 2007, p. 9. Mas a tradição religiosa dos antigos povos germânicos, celtas, eslavos, escandinavos e finlandeses relacionando os ursos a cultos xamânicos e guerreiros era muito antiga (conf. TOOLEY, Clive - Hrólfs Saga Kraka and Sámi bear rites. Saga-Book 31, 2007, pp. 5-21). A presença de ursos e triquetras num mesmo hogback, como o de Brompton, sem dúvida, atestam nossa interpretação para uma origem pagã, ao menos para alguns destes monumentos. O arqueólogo Richard Bailey percebeu que a triquetra existente em Brompton seria algo além de mera ornamentação, chegando a comparar o símbolo com o encontrado no carro de Oseberg, Noruega. Mesmo assim, denomina a mesma de “curious symbols” e não realiza maiores esclarecimentos analíticos e religiosos. BAILEY, Richard - Scandinavian myth on viking-period Stone sculpture in England in BARNES, Geraldine & ROSS, Margaret Clunie (orgs.) - Old Norse myths, literature and society. Proceedings of the 11th International Saga Conference. Sidney: University of Sidney, 2000, p. 17. Já o arqueólogo Richard Hall considera o significado dos ursos presentes nos hogbacks como “incerto”. HALL, Richard - Exploring the world of the Vikings. London: Thames and Hudson, 2007, p. 106.
Lilla Kopár acredita que Gosforth é semelhante às estelas de Gotland, sem estrutura linear ou sequencial. KOPÁR, Lilla - An intercultural dialogue set in Stone. VIN Seminar I: Myth and cultural memory in the Viking Diaspora. Leicester, UK, 2007, p. 8-9.
BAILEY, Richard - Scandinavian myth on viking-period Stone sculpture in England in BARNES, Geraldine & ROSS, Margaret Clunie (orgs.) - Old Norse myths, literature and society. Proceedings of the 11th International Saga Conference. Sidney: University of Sidney, 2000, p. 10.
CHEVALIER, Jean & GHEERBRANDT, Alain - Galo. Dicionário de símbolos. Rio de Janeiro: José Olympio Editora, 2002, p. 458.
KERMODE, P.M.C. - Traces of the norse mythology in the Isle of Man. London: Bemrose & Sons, 1904, prancha IV, p. 20. O galo também possui importância na tradição nórdica: segundo a Völuspá 43, a estrofe que antecede a sequência do Ragnarök (vv. 44-66), um galo cantará nas salas do reino de Hel.
As três representações de serpente na cruz de Thorwald possuem entrelaçamento – talvez sejam uma alusão à serpente do mundo, que estava enrolada sobre a terra dos homens antes de se libertar no Ragnarök. Essa mesma imagem serpentiforme aparece na cruz de Cruz de Sockburn 3A, Durham (ver figura 8), ao lado da figura de Odin e logo acima da imagem de uma valquíria recebendo um guerreiro com corno de hidromel.
As cenas sublinhadas foram retratadas nos monumentos britânicos do século X. As cenas de Heimdall e seu corno, a morte de Odin por Fenrir e a morte desta besta por Vithar, não foram representadas na área escandinava, mas são citadas em fontes literárias, como a Völuspá, Vafþrúðnismál e Gylfaggining.
KOPÁR, Lilla - An intercultural dialogue set in Stone. VIN Seminar I: Myth and cultural memory in the Viking Diaspora. Leicester, UK, 2007, p. 5. Essa associação pode ser verificada pela existência da cena da pesca da serpente do mundo pelo deus Thor (cruz de Gosforth 6, Cumbria, Inglaterra, século X), mas nunca com as representações dos lobos míticos.
Na Escandinávia da Era Viking, os lobos eram alvos de caças, associados com o mundo selvagem (o epíteto para desterrado era lobo, CHRISTIANSEN, Eric - The norsemen in the Viking Age. London: Blackwell, 2006, p. 33); objeto de culto de guerreiros devotos de Odin, (Úlfhéðnar, os peles de lobos); símbolos dos guerreiros jovens, GRIFFITH, Paddy - The viking art of war. London: Greenhill Books, 1995, p. 135.
MCKINELL, John - Both one and on many: essays on change and variety in late norse heathenism. Roma: Il Calamo, 1994, p. 107-128.
KOPÁR, Lilla - An intercultural dialogue set in Stone. VIN Seminar I: Myth and cultural memory in the Viking Diaspora. Leicester, UK, 2007, p. 5.
A respeito das formas de violência e vingança entre as comunidades da Era Viking, o caso mais tradicional era o da Islândia: “Icelandic blood feud was a form of vengeance-taking. It involved deep, smouldering animosities leading to repeated reprisals. Score was kept of injuries and killings inflicted on enemies. The taking of vengeance was understood as action that satisfied honour, and exchanges of violence could go on for a very long time, frequently over generations”. BYOCK, Jesse - Viking Age Iceland. London: Penguin Books, 2001, p. 208.
A partir do ano 1000 o diabo ganha feições monstruosas e animalescas no imaginário “e manifestando seu poder hostil de modo cada vez mais insistente”. BASCHET, Jérôme – Diabo in LE GOFF, Jacques & SCHMITT, Jean-Claude (orgs.) - Dicionário temático do Ocidente Medieval. São Paulo: Edusc, 2002, p. 320.
Apesar desta representação bestial, a arte das ilhas britânicas ainda preservou a imagem original de Loki, próxima do trickster dos mitos indígenas: prestes a atirar uma pedra em Otter (Maughold 122, Ramsey, Ilha de Man).
FRANCO JÚNIOR, Hilário - O ano 1000: tempo de medo ou de esperança? São Paulo: Companhia das Letras, 1999, p. 40, 84-85.
Um excelente exemplo de estudo sobre a relação entre texto (poesia anglo-saxônica: “O sonho da cruz”) e imagem (a cruz de Ruthwell) na Inglaterra alto-medieval é promovido por: SCHMITT, Jean-Claude - A legitimação das novas imagens em torno do ano mil. O corpo das imagens: ensaios sobre a cultura visual na Idade Média. São Paulo: Edusc, 2007, p. 165-174.
“(...) todo mito procura fundamentalmente responder a uma certa inquietação sociopsicológica (...) O mito desangustia e ensina porque é um relato sagrado ou ao menos sobre o sagrado, e é um relato sagrado porque acalma a angústia do viver, porque explica o até então incompreensível”. FRANCO JÚNIOR, Hilário - A Eva barbada: ensaios de mitologia medieval. São Paulo: Edusp, 1996, p. 22, 67.
A maioria das imagens da área britânica está disponível online pela Universidade de Durham, Corpus of Anglo-Saxon Stone Sculpture: http://www.dur.ac.uk/sculpturecorpus/
Topo da página