Bibliografia
Fontes impressas
AGUSTIN, San –“De Nuptiis et Concupiscentia”.in Escritos antipelagianos (3º); trad. em espanhol por Teodoro C. Madrid e Luis Arias Alvarez. Madrid: La Editorial Católica, 1984, pp. 301-388.
ÁLVARES, Fr. João, Chronica dos feitos, vida, e morte do Iffante sancto Dom Fernando, que morreo em Feez: reuista & reformada agora de nouo / pelo padre Frey Hieronymo de Ramos da Ordem dos Preegadores: demandado do Serenissimo Cardeal Iffante, &c. & a elle dirigida. Em Lisboa: per Antonio Ribeiro, 1577.
ANDRADE, Francisco de – Cronica do mvyto alto e mvito poderoso rey destes reynos de Portugal dom Ioão o III deste nome. Lisboa: Jorge Rodriguez, 1613.
Baptisteriu[m] seu manuale Elborense noviter eme(n]datus. Hispali: per Jacobum Cromberger, 1528.
Bautisteiro romão cõ algu[m]as outras cousas necessarias aos curas e capellães e cõ as rubricas em lingoage[m] conforme ao mais geral uso de MDLX. Lisboa: Germão Galharde, 1560.
BRAGANÇA, Joaquim O. – Missal de Mateus: manuscrito 1000 da Biblioteca Pública e Arquivo Distrital de Braga. Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian, 1975.
CARDOSO, José Maria Pedrosa – Cerimonial da Capela Real: Um manual litúrgico de D. Maria de Portugal (1538-1577), Princesa de Parma. Lisboa: Imprensa Nacional-Casa da Moeda, 2008.
Constituyções da Iurisdiçam ecclesiastica da Villa de Tomar e dos mais lugares que pleno iure pertençem aa ordem d'nosso senhor Iesu Christo. Lisboa: Germão Galharde, 1555.
Constituições do arcebispado de Braga. Lisboa: Germã Galharde, 1538.
Constituicoens do arcebispado de Lixboa. Lisboa: Germam Galharde, 1537.
Constituições do Bispado Deuora. Lixboa: Germam Galharde, 1534.
“Constituições Sinodais de D. Frei Telo, Braga, 1285”. in GARCIA Y GARCIA, Antonio (dir.) – Synodicon Hispanum: Vol.2, Portugal. Madrid: Editorial Católica, 1982, pp. 26-29.
“Constituições Sinodais de D. Luís Pires, Braga 11 Dez.1477”. in GARCIA Y GARCIA, Antonio (dir.) – Synodicon Hispanum: Vol.2, Portugal. Madrid: Editorial Católica, 1982, pp. 73-137.
Constituições Synodaes do Bispado d'Angra: feitas pelo Exmo. e Rvdmo. Sr. Bispo D. Jorge de Santyago e approvadas em Synodo Episcopal celebrado na Sé Cathedral no ano de 1559. Lisboa: João Blávio de Colónia, 1560.
Constituições synodaes do Bispado de Coimbra. Coimbra: Ioão da Barreyra e Ioã Aluarez, 1548.
Constituyções synodaes do bispado de Viseu. Coimbra: Ioam Aluares, 1556.
Constituições Sinodais do bispado do Porto ordenadas pelo muito Reverendo e magnifico Senhor Dom Baltasar Limpo. Porto: Vasco Diaz Tanquo de Frexenal, 1541.
Manuale secundu[m] consuetudinem alme Colymbrieñ [sic] Ecclesie. Lixboneñ ciuitate: Nicolaum Gazini, 1518.
Manuale secundum Ordine[m] almae Bracare[n]sis Ecclesiae. Bracarae: Antonij de Mariz, 1562.
Neste breue manual se [con]ten cousas muito necessarias e p[ro]ueitosas a todo sacerdote q[ue] ha de administrar e dar os sacrame[n]tos…E assi som muitas missas deuotissimas e p[ro]ueitosas p[e]ra ha saude dalma e do corpo. as quaes nu[n]ca foro[m] postas em nenhu[m] missal ne[m] manual de Braga. Impressus in antiquissima bracharensis civitate: [s.n.], 1517.
RESENDE, Garcia de – Choronica que tracta da vida e grandissimas virtudes e bondades, magnanimo esforço, excellentes costumes & manhas & claros feytos do christianissimo Dom Ioão ho segundo deste nome & dos reys de Portugal ho decimo tercio de gloriosa memoria, começado de seu nascimento & toda sua vida ate hora de sua morte ; com outras obras que adiante se seguem. Em Lisboa: em casa de Simão Lopez, 1596.
SILVA, Elsa Maria Branco da – O Cathecismo Pequeno de D. Diogo Ortiz, Bispo de Viseu. Lisboa: Colibri, 2001.
“Sínodo de Lisboa celebrado cerca de 1240”. in GARCIA Y GARCIA, Antonio (dir.) – Synodicon Hispanum: Vol.2, Portugal. Madrid: Editorial Católica, 1982, pp. 285-297.
VEIGA, Thomé Pinheiro da – Fastigimia. Lisboa: Imprensa Nacional-Casa da Moeda, 1988
Estudos
ALTHOFF, Gerd – “The Variability of Rituals in the Middle Ages”. in ALTHOFF, Gerd; FRIED Johannes; GEARY Patrick J. (eds.) – Medieval Concepts of the Past: Ritual, Memory, Historiography. Cambridge: Cambridge University Press, 2003, pp. 71-88.
BARDSLEY, Sandy – Women's Roles in the Middle Ages. Portsmouth: Greenwood Press, 2007.
BAREILLE, G. – “Baptême”. in VACANT, A.; E. MANGENOT; É. AMANN, (eds.) – Dictionnaire de Théologie Catholique contenant l'exposé des doctrines de la théologie catholique leurs preuves et leur histoire: Tome Deuxième. Paris: Librairie Letouzey et Ané, 1932, pp. 167-219.
BARRANCO, Margarita Garcia – Antropología histórica de una élite de poder: las reinas de España. Granada: Editorial de la Universidad de Granada, 2007. (Tese de Doutoramento).
BASTOS, Maria do Rosário – “Prescrições sinodais sobre o culto dos mortos nos séculos XIII a XV”. in MATTOSO, José (dir.) - O Reino dos Mortos na Idade Média Peninsular. Lisboa: Edições Sá da Costa, 1996, pp. 109-124.
BRAGANÇA, Joaquim de Oliveira – “Influência religiosa da França no Portugal Medievo”. Didaskalia. Lisboa. ISSN 0253-1674. 3:1 (1973), pp. 133-156.
BRAGANÇA, Joaquim O. – “A Liturgia de Braga: Missal – Ritual – Pontificial”. in CONGRESSO INTERNACIONAL DO IX CENTENÁRIO DA DEDICAÇÃO DA SÉ DE BRAGA, 3, Braga, 1990 - Teologia do Templo e Liturgia Bracarense: actas. Braga: Universidade Católica Portuguesa, 1990, pp. 117-126.
CARVALHO, Joaquim Félix de – “A Liturgia em Braga”. Didaskalia. Lisboa ISSN 0253-1674. 37:2 (2007), pp. 139-184.
BRAGANÇA, Joaquim O. – “Le symbolisme des rites baptismaux au Moyen Age: les rites d'admission au catéchuménat”. Didaskalia. Lisboa. ISSN 0253-1674. 3:1 (1973), pp. 37-56.
CURTO, Diogo Ramada – “A capela real: um espaço de conflitos (séculos XVI a XVIII)”. in COLÓQUIO ESPIRITUALIDADE E CORTE EM PORTUGAL, 5, Porto – Espiritualidade e corte em Portugal: séculos XVI a XVIII: actas. Porto: Inst.Cult.Portuguesa, 1993, pp. 143-154.
DELUMEAU, Jean – Nascimento e Afirmação da Reforma. São Paulo: Livraria Pioneira Editora, 1989.
FERGUSON, Everett – Baptism in the Early Church: History, Theology, and Liturgy in the First Five Centuries. Michigan: Wm. B. Eerdmans Publishing, 2009.
GENNEP, Arnold Van – Os ritos de passagem. Petropolis: Vozes, 1978.
GOMES, Rita Costa – The Making of Court Society: Kings and Nobles in Late Medieval Portugal. Cambridge: Cambridge University Press, 2003.
GOMES, Saul António – “A religião dos clérigos: vivências espirituais, elaboração doutrinal e transmissão cultural”. in AZEVEDO, Carlos Moreira (dir.) – História Religiosa de Portugal. Vol. 1: Formação e Limites da Cristandade. Rio de Mouro: Círculo de Leitores, 2000, pp. 339-421.
LE GOFF, Jacques – La civilisation de L'Occident Médiéval. Paris: Arthaud, 1977.
LE GOFF, Jacques – The Medieval Imagination. Chicago: University of Chicago Press, 1992.
LETT, Didier – L’enfant des miracles: Enfance et société au Moyen Âge (XIIe-XIIIe siècle). Paris: Aubier, 1997.
LOPEZ MARTINEZ, Nicolas – “Notas sobre la lucha contra el diablo mediante los sacramentos”. in IV SIMPÓSIO INTERNACIONAL DE TEOLOGÍA DE LA UNIVERSIDAD DE NAVARRA, Pamplona, 1983 – Sacramentalidad de la Iglesia y Sacramentos: actas. Pamplona: Servicio de Publicaciones de la Universidad de Navarra, 1983, pp. 805-817.
MARQUES, João Francisco – “A palavra e o livro”. in AZEVEDO, Carlos Moreira (dir.) – História Religiosa de Portugal. Volume 2: Humanismo e Reformas. Rio de Mouro: Círculo de Leitores, 2000, pp. 377-447.
MATTOSO, José – Obras Completas. Vol. 4 - Poderes invisíveis: o imaginário medieval. Rio de Mouro: Círculo de Leitores, 2001.
MUIR, Edward – Fiesta y rito en la Europa Moderna. Madrid: Editorial Complutense, 2001.
OLIVEIRA, Ana Maria Tavares da Silva Rodrigues – A criança na sociedade medieval portuguesa: modelos e comportamentos. Universidade Nova de Lisboa: Faculdade de Ciências Sociais e Humanas, 2004. (Tese de Doutoramento).
OLIVEIRA, António de – D. Filipe III. Rio de Mouro: Círculo de Leitores, 2005.
ORME, Nicholas – Medieval Children. London: Yale University Press, 2001.
PAIVA, José Pedro – “Constituições Diocesanas”. in AZEVEDO, Carlos Moreira (dir.) – Dicionário de História Religiosa de Portugal: C-I. Rio de Mouro: Círculo de Leitores, 2000, pp. 9-15.
PEIXOTO, João da Silva – “Liturgia”. in AZEVEDO, Carlos Moreira (dir.) – Dicionário de História Religiosa de Portugal: J-P. Rio de Mouro: Círculo de Leitores, 2001, pp. 138-145.
PEIXOTO, João da Silva – “Rito”. in AZEVEDO, Carlos Moreira (dir.) – Dicionário de História Religiosa de Portugal: P-V. Rio de Mouro: Círculo de Leitores, 2001, pp. 131-135.
PROSPERI, Adriano –“Battesimo e identità Cristiana nella prima età moderna”. in PROSPERI, Adriano (coord.) – Salvezza delle anime disciplina dei corpi: Un seminario sulla storia del battesimo. Pisa: Edizioni della Normale, 2006, pp. 1-65.
RODRÍGUEZ BARRAL, Paulino – La imagen de la justicia divina. La retribución del comportamiento Humano en el más alla en el arte de la Corona de Aragón medieval. Barcelona: Universidade Autónoma de Barcelona, 2003. (Tese de Doutoramento).
ROUCHE, Michel – “O corpo e o coração”. in ARIÈS, Philippe; DUBY, Georges – História da Vida Privada: Da Europa Feudal ao Renascimento. Porto: Edições Afrontamento, 1990, pp. 437-467.
RUBELLIN, Michel – “Baptême”. in VAUCHEZ, André (dir.) – Dictionnaire Encyclopédique du Moyen Âge: Tome I. Paris: Éditions du Cherf, 1997, pp. 171-172.
SCHLEIF, Corine – “Men on the Right – Women on the Left: (A)symetrical Spaces and Gendered Places”. in RAGUIN, Virginia C.; STANBURY, Sarah (eds.) – Women’s Space. Patronage, Place, and Gender in the Medieval Church. Albany: State University of New York Press, 2005, pp. 207-249.
SILVA, Elsa Maria Branco da – O Cathecismo Pequeno de D. Diogo Ortiz: Bispo de Viseu. Lisboa: Colibri, 2001.
SILVA, Maria Manuela Santos – “Práticas religiosas e hábitos culturais inovadores na corte dos reis de Portugal (1387 - 1415)”. in COLÓQUIO PODER ESPIRITUAL/ PODER TEMPORAL, Lisboa, 2009 – As relações Igreja/ Estado no tempo da monarquia (1179 - 1909): actas. Lisboa: Academia Portuguesa da História, 2009, pp. 191-212.
SOARES, António Franquelim Sampaio Neiva – “Os Concílios Suevos (561 e 571)”. in KOLLER, Erwin; LAITENBERGER, Hugo (ed.) – Suevos –Swaben: Das Konigreich der Sueben auf der Iberischen Halbinsel (411-585). Tübingen: Gunter Narr Verlag, 1998, pp. 63-79.
WALSH, Liam G. – Sacraments of Initiation: A Theology of Right, Word and Rite. Chicago: Hillenbrand Books, 2011.
Referências eletrónicas:
MOREL, Marie-France – “GÉLIS (Jacques) – Les Enfants des Limbes. Mort-nés et parents dans l’Europe chrétienne”, Histoire de l’éducation [Em linha], Nº 113 (2007). URL: http://histoire-education.revues.org/index1357.html. [consultado a 5 de Janeiro de 2012].
Topo da página
Notas
ROUCHE, Michel – “O corpo e o coração”. in ARIÈS, Philippe; DUBY, Georges – História da Vida Privada: Da Europa Feudal ao Renascimento. Porto: Edições Afrontamento, 1990, p. 439.
FERGUSON, Everett – Baptism in the Early Church: History, Theology, and Liturgy in the First Five Centuries. Michigan: Wm. B. Eerdmans Publishing, 2009, pp. 367-369.
BAREILLE, G. – “Baptême”. in VACANT, A.; E. MANGENOT; É. AMANN, (eds.) – Dictionnaire de Théologie Catholique contenant l'exposé des doctrines de la théologie catholique leurs preuves et leur histoire. Tomo II. Paris: Librairie Letouzey et Ané, 1932, p. 194.
FERGUSON, Everett – Baptism in the Early Church…, cit., p. 788-789.
GENNEP, Arnold Van – Os ritos de passagem. Petropolis: Vozes, 1978, p. 31-32.
Edward Muir distinguiu essas três fases no batismo durante o período moderno mas, no nosso entender, elas são igualmente aplicáveis ao batismo no período medieval. MUIR, Edward – Fiesta y rito en la Europa Moderna. Madrid: Editorial Complutense, 2001, p. 14-15.
RUBELLIN, Michel – “Baptême”. in VAUCHEZ, André (dir.) – Dictionnaire Encyclopédique du Moyen Âge: Tome I. Paris: Éditions du Cherf, 1997, p. 171.
SOARES, António Franquelim Sampaio Neiva – “Os Concílios Suevos (561 e 571)”. in KOLLER, Erwin; LAITENBERGER, Hugo (ed.) – Suevos –Swaben: Das Konigreich der Sueben auf der Iberischen Halbinsel (411-585). Tübingen: Gunter Narr Verlag, 1998, pp. 74-76.
PEIXOTO, João da Silva – “Liturgia”. in AZEVEDO, Carlos Moreira (dir.) – Dicionário de História Religiosa de Portugal: J-P. Rio de Mouro: Círculo de Leitores, 2001, p. 141.
Relativamente ao manual de Braga demos sobretudo atenção à edição de 1517, mas houve uma impressão anterior, de 1496. Ver CARVALHO, Joaquim Félix de – “A Liturgia em Braga”. Didaskalia. Lisboa ISSN 0253-1674. 37:2 (2007), p. 156.
É preciso ter em atenção que a introdução da imprensa contribuiu para uma multiplicação dos textos litúrgicos, cujos primeiros exemplares impressos conhecidos datam do tempo do arcebispado de Braga de D. Jorge da Costa (1486-1501/1505). As fontes manuscritas, em contrapartida, deterioraram-se com o tempo e com o uso; por isso, concentrámos a nossa atenção no ritual do batismo tal como está documentado em manuais litúrgicos dos princípios do século XVI. (Ver. MARQUES, João Francisco – “A palavra e o livro”. in AZEVEDO, Carlos Moreira (dir.) – História Religiosa de Portugal. Volume 2: Humanismo e Reformas. Rio de Mouro: Círculo de Leitores, 2000, p. 426-428).
PEIXOTO, João da Silva – “Rito”. in AZEVEDO, Carlos Moreira (dir.) – Dicionário de História Religiosa de Portugal: P-V. Rio de Mouro: Círculo de Leitores, 2001, p. 132.
BRAGANÇA, Joaquim de Oliveira – “Influência religiosa da França no Portugal Medievo”. Didaskalia. Lisboa. ISSN 0253-1674. 3:1 (1973), p. 149.
As três insuflações provêm do costume romano cuja prática já se incluía na liturgia hispânica. BRAGANÇA, Joaquim O. – “Le symbolisme des rites baptismaux au Moyen Age: les rites d'admission au catéchuménat”. Didaskalia. Lisboa. ISSN 0253-1674. 3:1 (1973), p. 44.
Neste breue manual se [con]ten cousas muito necessarias e p[ro]ueitosas a todo sacerdote q[ue] ha de administrar e dar os sacrame[n]tos…E assi som muitas missas deuotissimas e p[ro]ueitosas p[e]ra ha saude dalma e do corpo. as quaes nu[n]ca foro[m] postas em nenhu[m] missal ne[m] manual de Braga (doravante Manual de Braga). Impressus in antiquissima bracharensis civitate: [s.n.], 1517, fl. 2-2v.; Manuale secundu[m] consuetudinem alme Colymbrieñ [sic] Ecclesie (doravante Manual de Coimbra). Lixboneñ ciuitate: Nicolaum Gazini, 1518, fl. 2.
A colocação do sal já vinha do tempo de Santo Agostinho e foi aceite por todas as tradições das igrejas locais. Apenas divergia a oração do exorcismo. O ritual romano optava por Benedicto salis enquanto que outros rituais, como o galicano, davam preferência ao Exorcismus salis. BRAGANÇA, Joaquim O. – Le symbolisme…, cit., p. 53.
LOPEZ MARTINEZ, Nicolas – “Notas sobre la lucha contra el diablo mediante los sacramentos”. in IV SIMPÓSIO INTERNACIONAL DE TEOLOGÍA DE LA UNIVERSIDAD DE NAVARRA, Pamplona, 1983 – Sacramentalidad de la Iglesia y Sacramentos: actas. Pamplona: Servicio de Publicaciones de la Universidad de Navarra, 1983, p. 807.
Manual de Braga, fl. 2v.; Manual de Coimbra, fl. 2v.
O manual de Coimbra não exclui a abertura dos sentidos, apenas altera a ordem, impondo a administração da saliva após o exorcismo da fonte batismal e antes das renunciações (Cf. Manual de Coimbra, fl. 6v.); Manual de Braga, fl. 4v.
A ordem de invocação dos santos e arcanjos variou.
Manual de Braga, fl. 6-7; Manual de Coimbra, fl. 4v.-6v.
Apenas ficam dúvidas se Braga optou por uma imersão, uma vez que não alude à sub trina mersione. Manual de Braga, fl. 7; Manual de Coimbra, fl. 7.
Manual de Braga, fl. 7; Manual de Coimbra, fl. 7.
Para o Missal de Mateus seguimos na íntegra a transcrição de Joaquim O. Bragança – Missal de Mateus: manuscrito 1000 da Biblioteca Pública e Arquivo Distrital de Braga (doravante Missal de Mateus). Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian, 1975.
No microfilme do Manual de Évora de 1528 (ex. da Biblioteca Nacional de Portugal [Cota: F. 197]) está ausente o fólio 2 correspondente à cerimónia do batismo, pelo que não podemos proceder à comparação das insuflações e do sinal da cruz, aplicado nos 5 sentidos.
Baptisteriu[m] seu manuale Elborense noviter eme(n]datus (doravante Manual de Évora). Hispali: per Jacobum Cromberger, 1528, fl. 3v.; Missal de Mateus, fl. 113v.
Évora continua a seguir passo a passo o Missal de Mateus. Manual de Évora fl. 4v.; Missal de Mateus, fl. 113v.
Manual de Évora, fl. 6v.-7; Missal de Mateus, fl. 14v.
Desde o período medieval que o lado direito simbolizava o “bem” e o lado esquerdo o “mal”. O princípio bipolar direita-esquerda teve a sua origem nas narrativas do Novo Testamento como por exemplo na passagem do Juízo Final (“E colocará as ovelhas à sua direita e os cabritos à sua esquerda.” Mateus 25:33). Ver SCHLEIF, Corine – “Men on the Right – Women on the Left: (A)symetrical Spaces and Gendered Places”. in RAGUIN, Virginia C.; STANBURY, Sarah (eds.) – Women’s Space. Patronage, Place, and Gender in the Medieval Church. Albany: State University of New York Press, 2005, p. 213.; Manual de Évora, fl. 7v.; Missal de Mateus, fl. 14v.
Manual de Évora, fl. 8v-11.
Encontramos essa distinção de tratamento para o período moderno nomeadamente na edição portuguesa do Ritual Romano paulino, impresso por Pedro Craesbeeck, em 1617. BARDSLEY, Sandy – Women's Roles in the Middle Ages. Portsmouth: Greenwood Press, 2007, p. 92.
Neste breue manual se [con]ten cousas muito necessarias e p[ro]ueitosas a todo sacerdote q[ue] ha de administrar e dar os sacrame[n]tos…E assi som muitas missas deuotissimas e p[ro]ueitosas p[e]ra ha saude dalma e do corpo. as quaes nu[n]ca foro[m] postas em nenhu[m] missal ne[m] manual de Braga. Impressus in antiquissima bracharensis civitate: [s.n.], 1517.
BRAGANÇA, Joaquim O. – “A Liturgia de Braga: Missal – Ritual – Pontificial”. in CONGRESSO INTERNACIONAL DO IX CENTENÁRIO DA DEDICAÇÃO DA SÉ DE BRAGA, 3, Braga, 1990 - Teologia do Templo e Liturgia Bracarense: actas. Braga: Universidade Católica Portuguesa, 1990, p. 125.
GOMES, Saul António – “A religião dos clérigos: vivências espirituais, elaboração doutrinal e transmissão cultural”. in AZEVEDO, Carlos Moreira (dir.) – História Religiosa de Portugal. Vol. 1: Formação e Limites da Cristandade. Rio de Mouro: Círculo de Leitores, 2000, p. 355.
Os bautistérios surgem a partir de 1548 (PEIXOTO, João da Silva – Liturgia…, cit., pp. 141-142).
Bautisteiro romão cõ algu[m]as outras cousas necessarias aos curas e capellães e cõ as rubricas em lingoage[m] conforme ao mais geral uso de MDLX. Lisboa: Germão Galharde, 1560.
DELUMEAU, Jean – Nascimento e Afirmação da Reforma. São Paulo: Livraria Pioneira Editora, 1989, pp. 93, 131-132.
LE GOFF, Jacques – La civilisation de L'Occident Médiéval. Paris: Arthaud, 1977, p. 440.
Daremos um maior destaque às constituições das últimas décadas do século XV e primeira metade do século XVI, porque correspondem a um período de mudanças na Igreja portuguesa. Menos citadas foram as constituições sinodais do século XIII, por tratarem levemente a questão do batismo, já que estavam mais interessadas em regular os costumes dos clérigos e a adequada gestão dos bens da Igreja. PAIVA, José Pedro – “Constituições Diocesanas”. in AZEVEDO, Carlos Moreira (dir.) – Dicionário de História Religiosa de Portugal: C-I. Rio de Mouro: Círculo de Leitores, 2000, pp. 12-13.; Ver também RUBELLIN, Michel – Baptême...., cit., p. 171; WALSH, Liam G. – Sacraments of Initiation: A Theology of Right, Word and Rite. Chicago: Hillenbrand Books, 2011, p. 139.
SILVA, Elsa Maria Branco da – O Cathecismo Pequeno de D. Diogo Ortiz: Bispo de Viseu. Lisboa: Colibri, 2001, p. 141.
“Constituições Sinodais de D. Luís Pires, Braga, 11 Dez.1477”. in GARCIA Y GARCIA, Antonio (dir.) – Synodicon Hispanum: Vol.2, Portugal. Madrid: Editorial Católica, 1982, pp. 102-103.
Constituições “de transição”, assim por nós designadas porque dizem respeito à primeira metade de Quinhentos, encontrando-se num período de charneira entre a Idade Média e a Idade Moderna e, por conseguinte, contemporâneas dos manuais anteriormente aqui tratados.
Constituições do arcebispado de Braga. Lisboa: Germã Galharde, 1538, fl. 1.
“Constituições Sinodais de D. Frei Telo, Braga, 1285”. in GARCIA Y GARCIA, Antonio (dir.) – Synodicon Hispanum…, cit., p. 27.
Constituições synodaes do Bispado de Coimbra (doravante Constituições sinodais de Coimbra). Coimbra: Ioão da Barreyra e Ioã Aluarez, 1548, fl. 5.
“Constituições Sinodais de D. Luís Pires, Braga 11 Dez.1477”. in GARCIA Y GARCIA, Antonio (dir.) – Synodicon Hispanum…, cit., pp. 123 e 125.
Constituições Synodaes do Bispado d'Angra: feitas pelo Exmo. e Rvdmo. Sr. Bispo D. Jorge de Santyago e approvadas em Synodo Episcopal celebrado na Sé Cathedral no ano de 1559 (doravante Constituições sinodais de Angra). Lisboa: João Blávio de Colónia, 1560, fl. 4v.; Constituicoens do arcebispado de Lixboa. Lisboa: Germam Galharde, 1537, fl. 3-3v.
Constituições sinodais de Coimbra, fl. 3v.; Constituições do Bispado Deuora. Lixboa: Germam Galharde, 1534, fl. 2v.-3.
PROSPERI, Adriano –“Battesimo e identità Cristiana nella prima età moderna”. in PROSPERI, Adriano (coord.) – Salvezza delle anime disciplina dei corpi: Un seminario sulla storia del battesimo. Pisa: Edizioni della Normale, 2006, pp. 14-15.
Constituições sinodais de Coimbra, fl. 3; Constituyções synodaes do bispado de Viseu. Coimbra: Ioam Aluares, 1556, fl. 4-4v.
Constituyções da Iurisdiçam ecclesiastica da Villa de Tomar e dos mais lugares que pleno iure pertençem aa ordem d'nosso senhor Iesu Christo. Lisboa: Germão Galharde, 1555, fl. 3.
“Sínodo de Lisboa celebrado cerca de 1240”. in GARCIA Y GARCIA, Antonio (dir.) – Synodicon Hispanum…, cit., p. 287.
Constituições sinodais de Angra, fl. 4.
OLIVEIRA, Ana Maria Tavares da Silva Rodrigues – A criança na sociedade medieval portuguesa: modelos e comportamentos. Universidade Nova de Lisboa: Faculdade de Ciências Sociais e Humanas, 2004, p. 82. (Tese de Doutoramento).
Constituições sinodais de Coimbra, fl. 3.
Manuale secundum Ordine[m] almae Bracare[n]sis Ecclesiae. Bracarae: Antonij de Mariz, 1562, fl. 17v.
Constituições Sinodais do bispado do Porto ordenadas pelo muito Reverendo e magnifico Senhor Dom Baltasar Limpo (doravante Constituições sinodais do Porto). Porto: Vasco Diaz Tanquo de Frexenal, 1541, fl. 3.
Bautisterio romão, fl. B4v.
Constituições sinodais do Porto, fl. 4.
LE GOFF, Jacques – The Medieval Imagination. Chicago: University of Chicago Press, 1992, p. 71.
LETT, Didier – L’enfant des miracles: Enfance et société au Moyen Âge (XIIe-XIIIe siècle). Paris: Aubier, 1997, p. 216.
RODRÍGUEZ BARRAL, Paulino – La imagen de la justicia divina. La retribución del comportamiento Humano en el más alla en el arte de la Corona de Aragón medieval. Barcelona: Universidade Autónoma de Barcelona, 2003, p. 50. (Tese de Doutoramento).
Maria do Rosário Bastos demonstra, a partir do livro sinodal de Gonzalo de Alba de 1410, que os cinco lugares destinados às almas dos mortos já se encontravam organizados no reino vizinho. Cit. por BASTOS, Maria do Rosário – “Prescrições sinodais sobre o culto dos mortos nos séculos XIII a XV”. in MATTOSO, JOSÉ (dir.) - O Reino dos Mortos na Idade Média Peninsular. Lisboa: Edições Sá da Costa, 1996, p. 113.
“Constituições Sinodais de D. Luís Pires, Braga 11 Dez. 1477”. In GARCIA Y GARCIA, Antonio – Synodicon Hispanum…, cit., p. 102.
MATTOSO, José – Obras Completas. Vol. 4 - Poderes invisíveis: o imaginário medieval. Rio de Mouro: Círculo de Leitores, 2001, p. 161.
A título de exemplo, foi mencionado nos sermões das «almas do purgatório» (c. 1581-1598) do jesuíta Inácio Martins ou na obra Os Tratados sobre os Quatro Novissimos com lugares comuns dos Padres sobre a mesma matéria (1622), de frei António Rosado.
SILVA, Elsa Maria Branco da – O Cathecismo…, cit., p. 215.
Os santuários à répit eram capelas dedicadas à Virgem Maria, santa protetora das crianças, que a partir do século XIV se transformaram em santuários especializados no milagre da ressurreição momentânea. Já o batismo de ponte, narrado ainda nos estudos etnográficos de Leite de Vasconcelos, ocorria à meia-noite numa ponte, implicando o batismo de aspersão sobre o ventre das mulheres ainda antes da gravidez chegar ao seu termo. Cf. PROSPERI, Adriano – Battesimo e identità…, cit., pp. 28-29; MOREL, Marie-France – “GÉLIS (Jacques) – Les Enfants des Limbes. Mort-nés et parents dans l’Europe chrétienne”, Histoire de l’éducation [Em linha], Nº 113 (2007). URL: http://histoire-education.revues.org/index1357.html. [consultado a 5 de Janeiro de 2012]; VASCONCELOS, José Leite de – Etnografia Portuguesa. Vol. 4. Lisboa: Imprensa Nacional-Casa da Moeda, 2007, p. 47.
AGUSTIN, San – “De Nuptiis et Concupiscentia”. in Escritos antipelagianos (3º); trad. em espanhol por Teodoro C. Madrid e Luis Arias Alvarez. Madrid: La Editorial Católica, 1984, p. 245 (tradução da nossa responsabilidade).
Chronica dos feitos, vida, e morte do Iffante sancto Dom Fernando, que morreo em Feez: reuista & reformada agora de nouo / pelo padre Frey Hieronymo de Ramos da Ordem dos Preegadores: demandado do Serenissimo Cardeal Iffante, &c. & a elle dirigida. Em Lisboa: per Antonio Ribeiro, 1577, fl. 2-3.
As constituições de transição privilegiaram a Monarquia ao não restringirem o espaço para a cerimónia do batismo: “E defendemos que nenhum sacerdote baptize criança em casa de algua pessoa, saluo sendo filhos legítimos de reis ou príncipes que segundo direito canonico podem ser baptizados onde seus pais ordenarem”. Constituicoens do bispado do Algarue. Lisboa: Germão Galharde, 1554, fl. 2v.
ALTHOFF, Gerd – “The Variability of Rituals in the Middle Ages”. in ALTHOFF, Gerd; FRIED Johannes; GEARY Patrick J. (eds.) – Medieval Concepts of the Past: Ritual, Memory, Historiography. Cambridge: Cambridge University Press, 2003, p. 76.
GOMES, Rita Costa – The Making of Court Society: Kings and Nobles in Late Medieval Portugal. Cambridge: Cambridge University Press, 2003, pp. 367-368; SILVA, Maria Manuela Santos – “Práticas religiosas e hábitos culturais inovadores na corte dos reis de Portugal (1387-1415)”. in COLÓQUIO PODER ESPIRITUAL/ PODER TEMPORAL, Lisboa, 2009 – As relações Igreja/ Estado no tempo da monarquia (1179 - 1909): actas. Lisboa: Academia Portuguesa da História, 2009, pp. 195-212.
CURTO, Diogo Ramada – “A capela real: um espaço de conflitos (séculos XVI a XVIII)”. in COLÓQUIO ESPIRITUALIDADE E CORTE EM PORTUGAL, 5, Porto – Espiritualidade e corte em Portugal : séculos XVI a XVIII: actas. Porto: Inst.Cult.Portuguesa, 1993, p. 149.
Choronica que tracta da vida e grandissimas virtudes e bondades, magnanimo esforço, excellentes costumes & manhas & claros feytos do christianissimo Dom Ioão ho segundo deste nome & dos reys de Portugal ho decimo tercio de gloriosa memoria, começado de seu nascimento & toda sua vida ate hora de sua morte ; com outras obras que adiante se seguem / feyta por Garcia de Rêsende. Em Lisboa: em casa de Simão Lopez, 1596, fl. A1-1v.
No manual litúrgico de D. Maria (1538-1577), a infanta esclarece que o batizante deveria ser levado ao colo de um infante mais velho e que, na sua ausência, o levaria um grande nobre; Acrescenta também que um moço fidalgo segurava a ponta da mantilha do bebé durante o correr da procissão. Ver. CARDOSO, José Maria Pedrosa – Cerimonial da Capela Real: Um manual litúrgico de D. Maria de Portugal (1538-1577), Princesa de Parma. Lisboa: Imprensa Nacional-Casa da Moeda, 2008, p. 126.
A denominação de maçapão foi por vezes substituída por rosca ou fogaça. Mesmo que para um período tardio, podemos também tirar essa ilação a partir do Ritual Romano de 1614; este manual aconselhava que o sacerdote limpasse o seu dedo polegar com um pouco de pão. Para o mazapán ver a tese de Margarita Garcia Barranco – Antropología histórica de una élite de poder: las reinas de España. Granada: Editorial de la Universidad de Granada, 2007, p. 291 (Tese de Doutoramento).
A bacia de prata continuou a ser mencionada e empregue pela Dinastia de Bragança. No batismo de D. Afonso VI e do seu irmão D. Pedro II, por exemplo, foi colocada na capela-mor. CARDOSO, José Maria Pedrosa – Cerimonial da Capela Real…, cit., p. 126; ANTT, Colecção de S. Vicente, vol. 20, fl. 54: “se hade por a baçia de prata em que se hade fazer/ o Bautismo, E esta hade estar cuberta com sua toalha”.
ORME, Nicholas – Medieval Children. London: Yale University Press, 2001, p. 33.
VEIGA, Thomé Pinheiro da – Fastigimia. Lisboa: Imprensa Nacional-Casa da Moeda, 1988, p. 83; OLIVEIRA, António de – D. Filipe III. Rio de Mouro: Círculo de Leitores, 2005, p. 29.
BARDSLEY, Sandy – Women's Roles…, cit., p. 47.
Topo da página