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Philippe Josserand, Luís Filipe Oliveira, Damien Carraz (Études réunies par) – Élites et Ordres Militaires au Moyen Âge. Rencontre autour d’Alain Demurger

Paula Pinto Costa
Référence(s) :

JOSSERAND, Philippe; OLIVEIRA, Luís Filipe; CARRAZ, Damien (Études réunies par) – Élites et Ordres Militaires au Moyen Âge. Rencontre autour d’Alain Demurger. Madrid: Casa de Velázquez, 2015 (465 páginas)

Notes de la rédaction

Data do texto: 9 de Agosto de 2015

Texte intégral

1O livro intitulado Élites et Ordres Militaires au Moyen Âge resultou de um encontro em homenagem a Alain Demurger, pela ocasião da celebração dos 70 anos de idade deste historiador e professor na Universidade de Paris I Panthéon-Sorbonne. O homenageado é um dos investigadores envolvidos no estudo sobre as Ordens Militares, desde os anos 80 do séc. XX, momento de renovação e de intensificação desta temática, sendo autor de algumas obras de grande divulgação, algumas das quais traduzidas para outras línguas. O livro conta com 26 autores, provenientes de meios académicos muito distintos, de França a Portugal, passando por Espanha, Hungria, Inglaterra, Alemanha e Itália e com percursos de investigação incidentes em temáticas diversas. Assim, enquanto uns têm currículos muito voltados para as Ordens Militares, outros só esporadicamente abordaram estas instituições, embora a História, em geral, e a Idade Média, em particular, beneficiem desta participação alargada que modera os perigos da grande especialização. De resto, uma das formas de avanço do conhecimento nestas áreas passará certamente pela renovação das abordagens e pelo questionário motivado por dúvidas e olhares vindos de áreas afins. A dimensão comparativa, certamente bastante sugestiva, não é, porém, escolhida como argumento central da reflexão e, como tal, só será ensaiada em resultado da leitura do conjunto dos textos.

2O tema do livro é atual e pertinente. Decorridas cerca de quatro décadas sobre a realização de investiagação sistemática sobre Ordens Militares, há ainda temas que necessitam de grandes aprofundamentos, como é o caso do que nos congrega. O livro estrutura-se em três secções, precedidas de uma introdução e de uma abertura e termina com uma conclusão, um apartado de fontes, onde se encontra a referência a 285 fontes ou colectâneas documentais de natureza muito diversa, uma lista bibliográfica e um índice dos nomes próprios das figuras históricas de algum modo abordadas nesta obra.

3A Introdução é da autoria de Philippe Josserand e procura lançar as linhas orientadoras da discussão tida no encontro que serviu de base ao livro e plasmada no próprio livro. Trata-se, como é dito, de reencontrar as Ordens Militares, através da perspetiva central da obra – as elites. A origem e aplicação deste conceito, a sua polissemia e ambiguidades, bem como a sua evolução, são objeto de esclarecimentos interessantes neste texto introdutório.

4À introdução seguem-se dois textos de abertura – um de Michel Balard e um outro do próprio Alain Demurger, amigos e colegas de Universidade de longa data. Balard apresenta a carreira e o currículo de Demurger, feito nas suas palavras “à l’ombre des Ordres Militaires”, destacando, não só as suas publicações sobre estas instituições, mas também os textos que preparou em torno da história política da França medieval. No domínio das Ordens Militares sublinha a sua dedicação à Ordem do Templo, abrangendo um amplo leque de campos de interesse, desde uma dimensão mais institucional e patrimonial a uma vertente mais centrada na vida conventual e espiritual, passando pelo género biográfico e pelos contributos no domínio das cruzadas e das Ordens Militares fora de França. Por sua vez, o texto de Alain Demurger intitula-se “Éléments pour une prosopographie du «peuple templier»”, partindo da comparência dos Templários perante a comissão pontifícia de Paris entre fevereiro e maio de 1310. Depois de comparar diversas fontes, identifica os Templários, lança um inquérito prosopográfico que, com mestria, terá desenvolvimentos futuros e apresenta quatro anexos marcados por grande rigor. De facto, o homenageado que tem feito abordagens de largo espectro, neste livro publica um artigo de prosopografia, onde apresenta as bases de um projeto mais amplo centrado nos freires do Templo e o qual tem anunciada a divulgação digital.

5Como dissemos, o livro organiza-se em três secções que versam as Ordens Militares e as elites, tanto sociais, como de poder, bem como as hierarquias e as elites no contexto destas organizações.

6A Secção I, intitulada as Ordens Militares e as elites sociais, tem contribuições baseadas tanto em reflexões sobre conceitos mais globais, como em casos mais particulares, destacando-se a questão do recrutamento. Abre com o capítulo de Damien Carraz sobre o monaquismo militar, enquanto uma espécie de laboratório da sociogénese das elites laicas no ocidente medieval, pretendendo o autor apurar se este modo de vida era elistista em si mesmo. Considerando a atração das elites para as Ordens Militares e as redes sociais em que os freires estavam inseridos, conclui que, nos sécs. XII e XIII, estas instituições eram mais abertas à pequena e média nobreza e que, a partir da segunda metade do séc. XIV, participaram na renovação das elites e desenvolveram elites internas, impregnadas de valores nobiliárquicos, consagrados no processo de oligarquização que teve lugar já no séc. XV.

7O texto de Gérard Dédéyan sobre o combatente nobre arménio e a sua eventual equiparação a um miles Christi foca-se numa cronologia muito recuada (alta idade média) e discute a aplicação do conceito de guerra santa ao papel desenvolvido pelos arménios numa espécie de pré-cruzada. É um contributo muito útil, tanto pela discussão conceptual, como pela sua incidência cronológica numa época raramente estudada nesta vertente.

8Sylvain Gouguenheim estuda o recrutamento da Ordem Teutónica na Prússia de 1230 a 1309. O objetivo primordial é clarificar a intervenção destes homens na conquista da Prússia e as implicações que daqui surgiram. Como principais conclusões aponta o baixo número de pessoas envolvidas neste processo, sublinhando a sua proveniência alemã, e a participação da pequena aristocracia alemã como fator de promoção.

9O texto de Zsolt Hunyadi, sob o mote do contributo do ingresso no Hospital como um meio para a atingir a elite no séc. XV, desenrola-se em torno do esclarecimento do papel dos priores e dos principais oficiais do priorado hungaro-eslavónio na baixa idade média, ao nível da sua representação religiosa e militar e da sua relação com a corte régia.

10Carlos de Ayala Martínez procura esclarecer certas formas de associação laica detetadas nas Ordens Militares hispânicas, usando os reinos de Castela e Leão, nos sécs. XII e XIII, como campo de observação privilegiado. Começa por sistematizar determinadas posições conciliares sobre a definição do conceito de “familiaridade”, isto é, uma parentela espiritual, com manifestações jurídicas e canónicas difíceis de captar, para depois analisar a complexidade deste fenómeno no contexto das Ordens Militares hispânicas. Nas suas conclusões, faz a distinção entre as manifestações da familiaridade, apontando uma vertente mais identificada com a proteção espiritual e uma outra mais construída em torno de fórmulas prestimoniais. Este modo de adesão à espiritualidade militar, embora tivesse tido uma expressão mais residual, poderia favorecer o ingresso de pleno direito nas Ordens.

11Philippe Contamine tem em consideração o exemplo da Ordem da Paixão de Jesus Cristo de Philippe de Mézières, figura que nos legou um verdadeiro modelo de conceção e de vivência de cavaleiro, embora de cunho utópico. Philippe de Mézières, chanceler de Pedro I de Lusignan, rei de Chipre e rei titular de Jerusálem, fundou a mencionada Ordem, na segunda metade do séc. XIV. O autor deste estudo propõe uma reflexão em torno desta dimensão utópica, por um lado, tendo em linha de conta o recrutamento para esta nova Ordem no âmbito do contexto económico, demográfico, social e mental da época e, por outro lado, questionando o seu papel enquanto elemento reformador da Cristandade.

12Por fim, nesta primeira parte do livro, Jean-Philippe Genet descreve o recrutamento da Ordem da Jarreteira em Inglaterra, criada em meados do séc. XIV, começando por esclarecer que se trata de uma instituição verdadeiramente militar e de cavalaria. Partindo da observação da constituição dos seus efetivos, este historiador define o caráter desta Ordem, apreciando a sua presença no seio das elites políticas do reino e o seu contributo para a dimensão religiosa e sagrada, essenciais ao Estado do final da Idade Média. As reflexões de Philippe Contamine e de Jean-Philippe Genet são bastante inovadoras e proporcionam a leitura de dois textos sobre duas ordens de cavalaria muito pouco conhecidas no contexto da bibliografia sobre Ordens Militares.

13A Secção II do livro reúne sete textos sob a temática das hierarquias e das elites no seio das Ordens Militares. Desde logo, Luís Filipe Oliveira advoga a necessidade de se prosseguir com o inquérito sobre a sociologia das Ordens Militares, chamando a atenção para os estudos prosopográficos já elaborados em relação às Ordens presentes na Provença, em Castela, em Portugal e na Catalunha. Na sequência da sua investigação, insiste na aristocratização tardia das Ordens Militares em Portugal, a qual só se manifestaria em pleno no séc. XV, no quadro do controlo que a coroa exerceu sobre a eleição dos mestres, circunstância que gerou implicações na sua composição social. Até essa cronologia, as Ordens presentes em Portugal estavam muito mais associadas ao mundo urbano, o que favoreceu algum distanciamento da nobreza em relação a estas instituições.

14Para identificar e analisar as categorias e as dignidades na Ordem do Templo à luz da regra, Simonetta Cerrini baseia o seu raciocínio na regra de 1129, bem como em outros textos normativos que complementam as informações do referido documento matricial, por forma a conhecer melhor a sua estrutura hierárquica.

15Neste seguimento, ou seja, mais na ótica da orgânica interna das Ordens Militares, Luis Rafael Villegas Díaz apresenta os critérios de distinção interna na Ordem de Calatrava, advertindo, de antemão, que se trata de um tema de difícil abordagem. De facto, se há diferenças que são perceptíveis, há outras muito mais difusas e que carecem de mais investigação. Chama a atenção para o facto de os processos de organização territorial darem origem à alteração dos critérios de promoção dos freires, situação que resultou na formação de clientelas e de certas elites. A formação de grupos diferenciados, por exemplo, em torno da figura de um comendador, quebrou o sentido de comunidade. Em sentido semelhante, poderiam atuar os interesses linhagísticos, o que ameaçou as próprias estruturas internas destas instituições.

16Alan J. Forey que escreveu sobre as carreiras dos Templários e dos Hospitalários titulares de cargos na Europa ocidental nos sécs. XII e XIII começa por alertar para as dificuldades na identificação dos freires, explicitando algumas questões metodológicas, também referidas por outros autores deste livro. No domínio em apreço, constata que Templários e Hospitalários conheceram práticas semelhantes no que toca à sua evolução no ocidente europeu. Identifica certas tendências, relativamente comuns, ao nível da ocupação de determinados cargos e do exercício de algumas carreiras. Assim, os freires tinham a hipótese de progredir na hierarquia, embora não seja possível falar de um percurso rígido e estabelecido de antemão. Nos sécs. XII e XIII, o ofíco era visto sobretudo como uma responsabilidade e não como uma forma de gratificação e distinção, o que pode decorrer do facto de não haver cargos vitalícios, embora, na transição do séc. XIII para o XIV, esta situação se altere com o reconhecimento do conceito de ancianitas.

17Jürgen Sarnowsky apresenta um texto dedicado aos presbíteros das Ordens Militares, primando por uma abordagem comparativa da sua posição e do papel que exerceram. Deste modo, vai ao encontro do grupo dos freires clérigos, um dos mais subestimados no contexto das Ordens Militares, embora tenham sido uma das matrizes fundadoras deste tipo de instituições religiosas. O raciocínio que expende orienta-se em quatro vertentes: a instituição dos presbíteros nas Ordens Militares, o seu recrutamento e perfil social, o seu papel na organização interna das instituições e, por fim, as atividades a que estiveram associados. Para analisar esta elite espiritual e intelectual, o autor recorre aos exemplos dos Templários, dos Teutónicos e dos Hospitalários, sendo que em relação a estes últimos deteta algumas singularidades, quando comparados com os dois primeiros grupos.

18O capítulo da lavra de Isabel Cristina Fernandes versa os lugares de poder nas Ordens Militares em Portugal. Orienta-se, assim, para os conventos e castelos que os acolhiam. Classifica-os como construções incluídas num quadro de afirmação territorial, embuídas de um forte caráter simbólico. A autora disponibiliza um mapa onde assinala todas as construções de prestígio a que se reporta e conclui, destacando o caráter inovador deste tipo de arquitetura em Portugal, na sequência da incorporação de influências provenientes, tanto do oriente latino, como de mestres de obra embuídos do gosto das elites europeias.

19A segunda parte do livro termina com o contributo de Joan Fuguet Sans e Carme Plaza Arqué. Subscrevem em parceria um texto dedicado à arquitetura militar do Templo na Coroa de Aragão como símbolo do poder feudal. Na sua abordagem definem duas etapas cronológicas, que conhecem limites extremos entre 1148 e 1307 e que atingem uma diferenciação na década de 30 do séc. XIII. Os castelos do Ebro são interpretados como o mais importante símbolo do poder feudal do Templo no priorado catalano-aragonês ao expressarem o poder territorial da Ordem. Na opinião dos autores, e dado que a fronteira territorial vai avançando, estes castelos permanencem como marcas da paisagem e como símbolos do domínio feudal que a Ordem exercia.

20Por fim, a Secção III congrega um conjunto de textos em torno da relação das Ordens Militares com as elites de poder, tentando perscrutar os seus comportamentos face a entidades externas como as monarquias e a Santa Sé. A abrir encontra-se o capítulo escrito por Helen Nicholson, intitulado “Nolite confidere in principibus” - a relação das Ordens Militares com os governantes da Cristandade. Desde logo, começa por recordar que a presença das Ordens Militares na Prússia e em Rodes configura dois Estados. Assim, encontra o pretexto para estudar a relação dos Templários, dos Teutónicos e dos Hospitalários com reis e autoridades eclesiásticas. Como afirma, as relações das Ordens Militares com as elites de poder são complexas. Com este enquadramento, destaca o papel dos reis e das elites eclesiásticas, nomeadamente, do Papado, ao nível da entrega aos freires de determinados cargos importantes no quadro da Cristandade.

21Pierre-Vincent Claverie coloca o problema das relações da Santa Sé com as Ordens Militares no pontificado de Honório III (1216-1227), no sentido de contribuir para complementar a leitura da obra de Alain Demurger, a qual não se foca especificamente na ação do referido Papa. Claverie, na sequência do estudo que fez sobre a política oriental de Honório III, apresenta neste livro as principais conclusões que formulou. Para o efeito, organiza a sua exposição em alguns pontos chave, como o financiamento da 5ª cruzada, a proteção canónica garantida pela Santa Sé e a sua intervenção política e disciplinar na vida das Ordens Militares.

22Privilegiando também a ligação com a Santa Sé, Francesco Tommasi escreve a propósito dos Hospitalários que estiveram ao serviço dos papas nos sécs. XIII e XIV. O autor faz o levantamento das personagens passíveis de identificação, descreve a sua ação e destaca alguns dos cargos e episódios mais marcantes. Remata o seu trabalho com a apresentação de um apêndice, onde publica quatro documentos.

23Por sua vez, Kristjan Toomaspoeg coloca a ênfase nas Ordens Militares ao serviço dos poderes monárquicos ocidentais. Começa por reconhecer que se trata de uma temática vasta, importante, embora pouco estudada. Esclarece que o conceito de serviço aplicado a este universo deve ser entendido em sentido lato, ou seja, desde uma ação mais individual, ao papel que alguns freires desempenharam ao nível diplomático, passando pelas suas competências enquanto especialistas da guerra e protagonistas de contactos privilegiados com a Santa Sé. O autor aborda também a origem dos laços entre as Ordens Militares e as monarquias, as modalidades em que se consubstancia esse serviço, bem como o padroado real. Por fim, admite que para os freires estas formas de serviço oferecem possibilidades de promoção social.

24Marie-Anna Chevalier coloca a questão da relação das Ordens Religioso-Militares com os poderes arménios no Oriente nos sécs. XII-XIV, num texto que, de algum modo, dá sequência à problemática eleita por Gérard Dédéyan no âmbito deste livro. Marie-Anna Chevalier centra-se no Estado arménio da Sicília e, partindo de cartas de doação, de correspondência com a Santa Sé, de crónicas e de textos narrativos de autores cristãos orientais ou francos, orienta a reflexão para os primeiros contactos destas instituições com as autoridades arménias, para os desenvolvimentos políticos que conheceram e para os fatores responsáveis pela degradação desta convivência.

25Pierre Bonneaud fixa-se numa cronologia mais tardia e avalia a presença dos Hospitalários catalães em Rodes, Itália e Catalunha entre 1420 e 1480, altura em que se registou uma grande mobilidade e presença desses freires no Mediterrâneo. Esta constatação fê-lo procurar as motivações desses Hospitalários, bem como das famílias de que eram proveninetes, para aceitarem o afastamento dos seus locais de origem. Neste seguimento, conclui que os acontecimentos militares ocorridos no Mediterrâneo são o grande fator que está na origem da deslocação massiva dos freires. Assim, as suas motivações prendem-se com a obtenção de novas comendas e benefícios e com o acesso aos grupos de poder, tanto dentro da Ordem, como em torno da monarquia.

26O último capítulo do livro é de Anthony Luttrell e recai sobre a sistematização de algumas observações sobre a queda do Templo. Com efeito, o autor recorda que a queda desta Ordem não pode ser atrbuída ao seu mestre e aos vários crimes de que os freires foram acusados, mas sim a más práticas, à ausência de reformas da Ordem que sustentassem a sua adaptação às exigências do tempo e a uma elite ou oligarquia que, depois da queda de S. João de Acre (1291) era largamente burgúndia e catalã, e se revelou incapaz. Apresenta alguns dados sobre a contabilidade e rendimento das propriedades do Templo, questionando o montante que a Ordem receberia anualmente das suas propriedades quando em 1307 teve início o processo, bem como o rendimento que a coroa francesa obteve com a sua administração.

27O livro encerra com uma conclusão, da lavra de Damien Carraz e de Nicole Bériou com o mote das Ordens Militares ao encontro das elites, retomando o propósito apresentado por Philippe Josserand na introdução. Em jeito de síntese revisitam alguns conceitos e fazem uma súmula sobre os contributos de cada autor. A concretização do objetivo enunciado – o reencontro das Ordens Militares por via das elites – é, por um lado, desafiante e difícil, dada a diversidade e a instabilidade das elites, e, por outro lado, uma perpetiva necessária para lograr uma abordagem renovada sobre esta instituições religiosas e militares.

28Este livro constituiu um contributo para o aprofundamento do estudo das Ordens Militares, mas também para o conhecimento das elites medievais (sejam elas sociais, económicas, culturais, políticas ou governativas), tema também muito valorizado sobretudo na última década fora do contexto das referidas instituições. Pelas razões expostas, trata-se de uma obra que deve ser lida por todos aqueles que se interessam por temas de história europeia, pelas Ordens Militares e também por todos aqueles que reconhecem nas elites um meio para reencontrar diversos temas sociais, económicos, culturais, políticos e governativos.

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Paula Pinto Costa, « Philippe Josserand, Luís Filipe Oliveira, Damien Carraz (Études réunies par) – Élites et Ordres Militaires au Moyen Âge. Rencontre autour d’Alain Demurger »Medievalista [En ligne], 19 | 2016, mis en ligne le 01 juin 2016, consulté le 13 décembre 2024. URL : http://0-journals-openedition-org.catalogue.libraries.london.ac.uk/medievalista/1021 ; DOI : https://0-doi-org.catalogue.libraries.london.ac.uk/10.4000/medievalista.1021

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Auteur

Paula Pinto Costa

Universidade do Porto, Faculdade de Letras e Centro de Estudos da População, Economia e Sociedade, 4150-564, Porto, Portugal

ppinto@letras.up.pt

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