1Abordo neste texto mapas tatuados em corpos. Corpus tatuados em corpos. Eis meu recorte escalar : o corpo e os mapas nele grafado. Este encontro (mapas e corpo) vem se dando há muito tempo, mas recentemente comecei a ter mais clareza disso. Outrora : geografia. Agora : geografias. Oriundas de um movimento reflexivo que não mais se contenta em considerar a cartografia como a linguagem oficial dos estudos geográficos, mas, sim, como uma linguagem que se espraiou para além das fronteiras de suas linhas, pontos e áreas da superfície bidimensional do papel, ganhando outros suportes como, por exemplo, a pele – fronteira tênue entre a profundidade e, ao mesmo tempo, superficialidade da vida. Talvez a pele seja o que há de mais intenso daquilo que nos permitimos experimentar dos nossos sonhos.
2Corpos e geografias. Par que tenho perseguido desde a publicação do ensaio As coreo-geo-grafias em Pina : para fazer a geografia dançar (CAZETTA, 2013), ao ser, tremendamente, afetada por Pina (longa-metragem dirigido pelo cineasta alemão Win Wenders) pela sua potência de alegria e de vida, proporcionando-me coragem suficiente para assumir outro modo de dizer acerca do trabalho que tenho procurado realizar em contexto acadêmico : ir ao encontro dos afetos, ou seja, dos nossos devires, pois « ora eles nos enfraquecem [...], ora nos tornam mais fortes, quando aumentam nossa potência e nos fazem entrar em um indivíduo mais vasto ou superior (alegria) » (DELEUZE e PARNET, 1998, p. 49). Não me sinto mais sozinha e nos últimos tempos aprendi a encontrar a geografia, seja no singular ou no plural nos escritos de autores que não são geógrafos. Não que seus escritos não sejam importantes para mim. Mas decidi me encontrar com outras experiências bibliográficas, visuais, sensoriais e por aí vai. Se antes, uma linha dura me impedia de considerar a geografia no plural, agora ela opera junto das linhas flexíveis e das linhas de fuga. E por isso que « há toda uma geografia nas pessoas » (p. 09) que não é « menos mental e corporal quanto física em movimento » (p. 31). Ora são as geografias que marcam a nossa corporeidade, ora somos nós que cicatrizamos o espaço, ora nem um nem outro, ora ambos estão imbricados » (CAZETTA, 2013, p. 25).
3Estes encontros todos me ensinaram o exercício da espreita, evidenciando-me um desejo incontrolável em penetrar naquilo que, talvez, haja de mais intenso na corporeidade : a pele, bem como aquilo que fazemos com e nela. Cabe ressaltar que meu interesse em estudar a corporeidade insere-se em um projeto mais amplo intitulado Geografias e(m) Corpos, delineado recentemente e que será realizado em duas etapas. Neste texto, tratarei da primeira delas, a saber, as imagens de mapas tatuados sobre a superfície da pele e disponibilizados na World Wide Web. Estas linhas são sempre grafadas no meio. No corpo elas estão na fronteira epidérmica das sensações corpóreo-mundanas. Nos mapas elas situam-se nas áreas fronteiriças dos territórios que, em alguns casos, movem-se constantemente. Linhas na pele a delinear contornos geo-carto-gráficos. Linhas dos mapas a delimitar negociações políticas, resultando em territórios - materializadas em cercas (de arame farpado), muros, muralhas, paredes... Limites tênues entre as imaginações espaciais e aquilo que se efetiva no espaço em termos de territórios e territorialidades.
4Delinear e delimitar – verbos com significados e sentidos completamente distintos. Um dos significados do primeiro é : « traçar um projeto ; planejar ; tramar » (Caldas Aulete) ; ou ainda uma « linha onde alguém se solta » (DELEUZE e PARNET, 1998, p. 39) para experimentar « protocolos de experiência » (p. 39) que nada mais são do que « meios de orientação para conduzir uma experimentação que ultrapassa nossas capacidades de prever » (p. 39). Delimitar, por sua vez, implica em « determinar, espacialmente, os limites de ; demarcar » (Caldas Aulete) ; fixar as linhas de fluxos « que ora secam, ora congelam ou transbordam, ora se conjugam ou se afastam » (DELEUZE e PARNET, 1998, p. 39).
5Linhas tatuadas ou linhas que delimitam territórios tanto no plano do papel quanto no espaço, nesse chão pisado por nós (ou não) diariamente, porque há espaços que somos impedidos de pisar, usar. Quando essas mesmas linhas são grafadas no corpo, funcionando como uma segunda pele, elas ganham outros sentidos. E é em busca deles que estou.
6Há várias pesquisas publicadas sobre tatuagens, mas nenhuma, em especial, sobre mapas tatuados. No entanto alguns destes trabalhos me interessaram, pois apresentam discussões importantes na contemporaneidade acerca da body modification. Este conceito é « usado para designar as modificações corporais executadas das mais diversas formas – usando-se desde produtos químicos até intervenções cirúrgicas » (PIRES, 2005, p. 19). Outros trabalhos que merecem destaque são os de Couto (1998), Perez (2006), Sabino e Luz (2006), Braga (2009), Carvalho (2009), Ferreira (2010), Lise et al. (2010) e Caroni e Grossman (2012).
7Estas pesquisas auxiliaram-me a situar as modificações corporais mais no âmbito da cultura do que da natureza (COUTO, 1998 ; PIRES, 2005, WILLIANS, 2005), pois a cultura sempre teve sua importância, mas « disso não decorre, entretanto, que as ciências humanas e sociais tenham sempre dado à cultura uma centralidade substantiva ou o peso epistemológico que ela merece » (HALL, 1997, p. 16). Ainda de acordo com este autor
A expressão – « centralidade da cultura » - indica aqui a forma como a cultura penetra em cada recanto da vida social contemporânea, fazendo proliferar ambientes secundários, mediando tudo. A cultura está presente nas vozes e imagens incorpóreas que nos interpelam das telas, nos postos de gasolina. Ela é um elemento chave no modo como o meio ambiente doméstico é atrelado, pelo consumo, às tendências e modas mundiais [...] A substantiva expansão da « cultura » que hoje experimentamos, não tem precedentes. Mas a menção do seu impacto da « vida interior » lembra-nos de outra dimensão que precisa ser considerada : a centralidade da cultura na constituição da subjetividade, da própria identidade e da pessoa como um ator social (HALL, 1997, p. 22-24).
8Se hoje existe a possibilidade de grafar a pele, partindo do Photoshop Style – estilo criado pelo tatuador francês Xöil ao combinar estampas texturizadas com padrões geométricos – é porque há cada vez um entrecruzamento de linguagens proporcionado pela sociedade do mass media que « abre caminho a um ideal de emancipação que tem antes na sua base a oscilação, a pluralidade, e por fim o desgaste do próprio ‘princípio de realidade’ » (VATTIMO, 1992, p. 13).
9Os contornos dos mapas tatuados na pele são um paradoxo. Primeiro porque são oriundos da cartografia cartesiana, com suas linhas duras que são empregadas de modo técnico e objetivo para esquadrinhar territórios ou « espaços lisos » – tipo de espacialidade « homogeneizante, imposto pela ordem social e política dominante » (HAESBAERT, 2006, p. 13).
10Mas interessante notar como essas linhas tem ganhado outros uso e sentidos quando são transferidas para a pele. Daí a importância de se estar à espreita, pois, em verdade, o deslocamento dessas linhas para a epiderme vem acontecendo (nas costas dos pesquisadores) há bastante tempo, operando com e não contra as linhas duras traçadas pelos cartógrafos. Estes mapas oriundos de uma cartografia mais sistematizada e científica também possuem sua importância, pois se « a cartografia e os mapas adquiriram uma identidade meramente prática – e técnica » (FONSECA e OLIVA, 2013, p. 14) foi porque o « pensamente teórico e reflexões foram abolidos do seu campo, com base numa das ilusões mais comuns e ingênuas que ainda circulam nas áreas do conhecimento elaborado : a de que a prática resolve e a teoria é inútil » (p. 14).
11O segundo paradoxo diz respeito à cosmologia espacial. O modo como costumeiramente imaginamos o espaço « como algo a ser atravessado e, talvez, conquistado [...] facilmente nos leva a conceber outros lugares, povos, culturas, simplesmente como um fenômeno ‘sobre’ a superfície » (MASSEY, 1998, p. 22 e 23).
12Embora eu saiba de que a função desempenhada por esses mapas tatuados na pele são diferentes daqueles mapas elaborados na superfície bidimensional do papel ou disponibilizados em vários sítios da internet por meio dos diferentes suportes oriundos das Tecnologias da Informação e Comunicação (TIC), talvez « nossa noção de mapa tenha ajudado a apaziguar, a retirar a vida do modo como muitos de nós, mais comumente, pensamos sobre o espaço » (MASSEY, 2008, p. 159).
Figura 04
13Fonte : http://mybestwishblog.tumblr.com/post/32024687582/uaa-au-cada-lugar-que-ele-viaja-ele-colore
14Certamente para melhor compreender os motivos pelos quais um grande grupo de pessoas tem investido na experiência estética de grafar a pele com mapas, partindo de uma cosmologia vinculada aos « nossos atuais mapas ocidentais, ‘normais’ », será necessário estabelecer diálogos com elas, afinal, « um mapa de uma geografia não é aquela geografia » (p. 160) e os « corpos não se definem por seu gênero ou sua espécie, por seus órgãos e suas funções, mas por aquilo que podem, pelos afetos dos quais são capazes, tanto na paixão quanto na ação » (DELEUZE e PARNET, 1998, p. 49). Ainda de acordo com Deleuze e Parnet (1998, p. 09) « as coisas, as pessoas, são compostas de linhas bastante diversas, e que elas não sabem, necessariamente, sobre qual linha delas mesmas elas estão, nem onde fazer passar a linha que estão traçando ». Por isso, a necessidade em grafar mapas na pele ?
15As pessoas ao traçarem linhas que dão a ver formas cartográficas na superfície da pele cicatrizam acontecimentos na escala geográfica do corpo e dada intensidade com que foram vividos rompe com a fronteira tênue e, ao mesmo tempo, profunda da pele – terceiro paradoxo das linhas. A epiderme,
órgão fronteira entre o dentro e o fora, entre o interior e o exterior [...], tem funcionado como limite, como fronteira instituinte de um espaço sagrado e interdito – o interior do corpo – cujo acesso, tradicionalmente, era apenas permitido a um conjunto de peritos investido de autoridade medicamente consagrada, em situações elas próprias também legitimadas de um ponto de vista clínico [...] Ainda hoje, cruzar a fronteira entre o exterior e o interior do corpo é um acto particularmente poderoso, na medida em que, ao exigir uma determinada forma de legitimidade social, ancorada na detenção de determinadas competências especializadas, confere um elevado grau de poder (social ou simbólico) a quem o pratica (FERREIRA, 2010, p. 232-233).
16Mas quais as razões pelas quais as pessoas tatuam mapas na superfície da pele ? Para trazer muitos desses espaços distantes para perto ? Esse « aproximar » por meio da grafia na/da pele de algum lugar longínquo ou desejado de ser pisado pelos próprios pés, quando cartografado no corpo, produziria imaginações e sensações espaciais acerca do mesmo ? Desejo de apreender a diversidade geográfica em sua inteireza (cosmologia bastante difundida pela imaginação espacial da cartografia cartesiana), geografando-a na pele ? Além disso, as pessoas estariam a geografar o corpo para devolver à vida o que a ela pertence, ou seja, a intensidade das experiências corporais e espaciais cotidianas ? Nesse sentido, a escolha do tipo de mapa a ser tatuado estaria mais vinculada às experimentações geográficas de que ordem ? Aos mapas temáticos mais comumente disponibilizados nas obras educativas ou por aqueles que circulam no âmbito de uma educação visual mais ampla ?
17O corpo humano « concebido muito mais no limite da cultura que da natureza [...] vive da sua ininterrupta mutação » (COUTO, 1998, p. 13), passando agora, « principalmente devido aos avanços tecnológicos e científicos, a representar, de forma contundente, um misto entre o inato e o adquirido » (PIRES, 2005, p. 18). Desse
rompimento da fronteira da pele, que nos permite a mudança das cores da epiderme e a feitura de incisões, queimaduras, perfurações, mutilações e implantes de diferentes tipos, com a finalidade de modificar os contornos e acrescentar elementos à silhueta, possibilita a criação de novas dimensões estéticas, e faz com que o corpo deixe de ser uma ‘referência estável’ e passe a representar o bem que se possui (PIRES, 2005, p. 18).
- 1 No Brasil, o reality show foi exibido pelo extinto People and Arts e atualmente é possível vê-lo pe (...)
18Para investigar acerca das pessoas que tatuaram mapas em seus corpos contei com o auxílio de uma de minhas orientandas de Iniciação Científica, a saber, Ingrid Rodrigues Gonçalves, pois é muito habilidosa em lidar com sítios de busca na internet. A busca foi iniciada por www.google.com.br. Por meio da palavra-chave, em inglês e português, « mapas tatuados » e « maps tattoos » foi feita uma busca inicial na categoria « imagens ». Fiquei surpresa com a quantidade de postagens acerca dos mapas tatuados. Além disso, há também o programa de reality show Miami Ink1, cujo primeiro episódio se passa em um estúdio de tatuagem em Miami (EUA), tendo como protagonistas os artistas Ami James, Chris Nuñez, Kat Von D, Chris Garver, Darren Brass e Yoji Harada. Neste episódio o estúdio ainda não estava totalmente pronto, porque ajustes finais estavam sendo realizados, mas quando o surfista americano Sunny Garcia (nascido no Havaí) solicita agendamento, um dos protagonistas e tatuadores, Ami James não hesita e agenda a visita do surfista, grafando nele algumas das ilhas que compõem o referido estado americano.
FIGURAS 06 e 07 (detalhe)
Fonte : http://miamiink.blog.terra.com.br/ e https://maps.google.com.br
19Nas pesquisas sobre tatuagens é frequente os autores evidenciarem relação direta com o gênero, havendo determinados « tipos de marcas e locais do corpo considerados femininos ou masculinos » (CARONI e GROSSMAN, 2012, p. 1065). As preferências das mulheres « quanto aos locais do corpo são a parte baixa das costas, seguida pelo pescoço, a canela, o quadril e a barriga e, em proporções menores, os braços, o peito e o tornozelo », ao contrário dos homens mais inclinados « a tatuar os braços, seguidos pelas costas e a canela e, em quantidade menor, o peito, o antebraço e o pescoço » (PÉREZ, 2006, p. 192). Ainda de acordo com esta autora
estas diferenças expressam a forma como se percebe o corpo, com base em parâmetros referentes ao « feminino » e ao « masculino », marcando limites e transmitindo valores. O corpo é uma construção cultural e, como tal, sinalizado, fragmentado e sexualizado em cada uma de suas partes. Assim, por exemplo, a parte baixa das costas, o quadril e o pescoço – locais preferidos, como vimos, pelas mulheres – são considerados áreas de especial conotação erótica feminina, adornados e exibidos como formas de atração sexual. Já no caso dos homens, os braços e as costas são relacionados à força e à virilidade, atributos dominantes da masculinidade (PÉREZ, 2006, p. 192-193).
20De acordo com Pérez (2006, p. 193) a dicotomia vinculada ao gênero (feminino e masculino) possibilita, ao mesmo tempo, sua recriação simbólica « não tão ligada ao erotismo como nas escolhas dos locais do corpo, mas às qualidades de comportamento ». Ou seja, para além da clássica tatuagem tribal predominante em ambos os sexos « as mulheres inclinam-se por motivos como corações, flores, borboletas, golfinhos, anjos etc., que representam os valores femininos associados ao delicado e ao terno » (p. 193), e os homens, por sua vez, « escolhem motivos de índios, animais selvagens e/ou mitológicos, caveiras, crânios e outros, que vinculam o ser masculino a valores ligados à valentia, à agressividade, à rudeza e à força » (p. 193).
21Embora eu reconheça que a escolha da imagem a ser grafada possua forte vinculação com o gênero e sua recriação simbólica, conforme apresentado acima, acredito também que marcas oriundas da linguagem cartográfica escapam completamente à relação de gênero. Não há mais uma rostidade definida acerca do sujeito da tatuagem. Tenho visto inúmeras pessoas, independentemente de sexo com mapas tatuados, os quais se juntam a outras imagens tatuadas na superfície da pele. Os locais do corpo, onde estes mapas são grafados, possuem semelhanças e, ao mesmo tempo, diferenças com os demais tipos de tatuagens, pois não são grafados em uma parte específica do corpo.
22As justificativas dadas pelas pessoas que tatuam mapas são bastante variadas : desde homenagens ao Brasil e a lugares que não existem mais, como a possibilidade de ir colorindo pouco a pouco o mapa mundi tatuado à medida que alguns países são visitados, mesmo que parcialmente. Apesar de não nos darmos conta, a todo instante o espaço realiza inscrições em nosso corpo, exprimindo uma determinada corporeidade. Ora estamos mais amolecidos, ora mais enrijecidos, ora nem uma coisa nem outra, porque o espaço tomado aqui como uma « dimensão de trajetórias múltiplas, uma simultaneidade de estórias-até-agora » (MASSEY, 1998, p. 49), nos marca o corpo por meio da pele, dos sentidos, dos odores, das trajetórias.
23Quando a linguagem cartográfica é deslocada para a superfície da pele, entendida como suporte da e para a arte, talvez seja para perenizar algumas destas trajetórias – vividas, imaginadas ou desejadas, afinal definir a imagem (ou desenho) que será tatuada mesmo que seja um mapa « não é algo trivial. Não é um problema que se reduza à escolha de uma determinada imagem, mas é de fato a busca de ‘algo’ com o qual a pessoa se identifique e, nessa medida, adquira o valor de ser inscrito e eternizado em seu corpo » (PÉREZ, 2006, p. 185), ou seja, « aspectos que não são vazios de significado e que permitem elaborar um reconhecimento de si mesmo e do entorno social em que se vive » (p. 198). Apresento, a seguir, uma tipologia dos mapas tatuados, incluindo o « mapa invertido » (de 1943) do artista uruguaio Joaquín Torres-García.
FIGURA 10
24Fonte : https://www.facebook.com/pho-to.php ?fbid =4724539891947&set =a.4688295785867.1073741825.1848121499&type =3&theater
FIGURA 11
25Fonte : http://gizmodo.com/11-map-tattoos-that--pay-tribute-to-cities-and--their-sys-830019049 ?utm_source =feedburner&utm_medium =feed&utm_campaign =Feed %3A+gizmodo %2Ffull+ %28Gizmodo %29
FIGURA 12 : Centro da Cidade do México
26Fonte : http://gizmodo.com/11-map--tattoos-that-pay-tribute-to-cities--and-their-sys-830019049 ?utm_source =feedburner&utm_medium =feed&utm_campaign =Feed %3A+gizmodo %2Ffull+ %28Gizmodo %29
FIGURA 13 : Cidade de Detroit
27Fonte : http://gizmodo.com/11-map-tattoos-that--pay-tribute-to-cities-and--their-sys-830019049 ?utm_source =feedburner&utm_medium =feed&utm_campaign =Feed %3A+gizmodo %2Ffull+ %28Gizmodo %29
Figura 14 : Geografia do Senhor dos Anéis
28Fonte : http://maisumapa-ginalivros.blogspot.com.br/2013/05/tatuagens-lite-rarias-4.html
FIGURA 15
29Fonte : http://tatua-gens.org/mapamundi/
FIGURA 16
30Fonte : http://gizmodo.com/11-map-tattoos-that--pay-tribute-to-cities-and--their-sys-830019049 ?utm_source =feedburner&utm_medium =feed&utm_campaign =Feed %3A+gizmodo %2Ffull+ %28Gizmodo %29
FIGURA 17 : Hannover em 1896
31Fonte : http://gizmodo.com/11-map-tattoos--that-pay-tribute-to-cities-and-their-sys--830019049 ?utm_source =feedburner&utm_medium =feed&utm_campaign =Feed %3A+gizmodo %2Ffull+ %28Gizmodo %29
FIGURA 18 : Paris em 1910
32Fonte : http://gizmodo.com/11-map--tattoos-that-pay-tribute-to-cities--and-their-sys-830019049 ?utm_source =feedburner&utm_medium =feed&utm_campaign =Feed %3A+gizmodo %2Ffull+ %28Gizmodo %29
FIGURA 19
33Fonte : https://www.facebook.com/photo.php ?fbid =619556801392133&set =t.100002920604635&type =1&theater
FIGURA 20 : Chicago
34Fonte : http://gizmodo.com/11-map-tattoos-that--pay-tribute-to-cities-and--their-sys-830019049 ?utm_source =feedburner&utm_medium =feed&utm_campaign =Feed %3A+gizmodo %2Ffull+ %28Gizmodo %29
FIGURA 21 : Seul
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Figura 22 : Boston
36Fonte : http://gizmodo.com/11-map-tattoos-that--pay-tribute-to-cities-and--their-sys-830019049 ?utm_source =feedburner&utm_medium =feed&utm_campaign =Feed %3A+gizmodo %2Ffull+ %28Gizmodo %29
37Ao abordar os mapas tatuados meu propósito foi apresentar o deslocamento de uma linguagem situada no âmbito dos estudos geográficos, como a cartografia, para o contexto cultural mais amplo. No corpo os mapas assumem formas e sentidos que vão muito além dos motivos pelos quais costumeiramente lançamos mão de um mapa, seja ele em papel ou oriundo da internet. Neste primeiro momento, nos debruçamos nas imagens das tatuagens geográficas disponibilizadas em vários sítios da internet. A quantidade de pessoas que estão a tatuar mapas não é pouco e menos ainda desprezível. Em algumas pesquisas sobre tatuagens, em geral, encontrei aspectos importantes deste contexto artístico tão específico. Da escolha da loja (estúdios de tatuagem) até a seleção da imagem a ser grafada na pele há uma trama de relações sociais, envolvendo a pessoa que será tatuada e o tatuador. Estes aspectos de cunho mais antropológicos são importantes para se traçar a complexa rede fronteiriça que a arte da body modification abrange. Isto posto estou a buscar, na próxima etapa da pesquisa por meio das redes sociais e no dia-a-dia, pessoas que escolheram mapas como uma das imagens a serem grafadas na pele.