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Resenhas

Diamantino (e outros lugares) vistos por Langsdorff (1827/28) e Castelnau (1844/45)

Diamantino (et autres lieux) vu par Langsdorff (1827/28) et Castelnau (1844/45)
Diamantino (and other places) seen by Langsdorff (1827/28) and Castelnau (1844/45)
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Référence(s) :

João Carlos Barrozo e João Antônio Botelho Lucídio, Diamantino: De George H. Langsdorff (1827/28), Francis Castelnau (1844/45) à Redescoberta dos Diamantes (1930/40), Cuiabá-MT, Carlini & Caniato Editorial, 2021, 128 p., ISBN 978-65-88600-95-5

Texte intégral

1O livro, como é indicados na sua apresentação, “é o resultado do esforço intelectual e pessoal do professor João C. Barrozo, que investiu tempo na sua realização. Ao professor João Antonio coube acompanhá-lo na escrita e preparação dos originais, bem como na pesquisa em arquivos e bibliotecas garimpando documentos, mapas e imagens raras [...] Gestado durante a amarga experiência pandêmica, foi realizado a partir de pesquisas online e raras presenciais, em instituições às quais agradecemos: Biblioteca Mário de Andrade (Seção de Obras Raras e Especiais), Biblioteca do Museu de Zoologia da Universidade de São Paulo, Instituto Florence/SP, Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Biblioteca Nacional/RJ e ao Museu Etnológico de Berlim

2Na sua introdução os autores indicam que o livro “trata de duas expedições científicas que vieram ao Brasil no século XIX: a do barão de Langsdorff (1821/29)1 e a do conde de Castelnau (1843/47). Ambas, por caminhos e propósitos distintos, estiveram na província de Mato Grosso e visitaram a então Vila de N. S.ra da Conceição de Alto Paraguai Diamantino, que é o objeto central desta publicação. Finalmente, apresentamos uma reflexão sobre o período (1850/1940) em que seus moradores tiveram que reordenar e criar outras formas de viver no município.

3As duas expedições das quais trataremos estiveram a serviço de seus respectivos governos (Rússia e França) na Vila do Diamantino. Os relatos serão apresentados em ordem cronológica. Primeiro, a Expedição Langsdorff, da qual destacamos os escritos, desenhos e aquarelas de Hercule Florence e Adrien Taunay, além dos Diários de Langsdorff. A segunda parte foi dedicada à viagem do conde de Castelnau, que, para além de informações científicas, averiguava pontos de ligações entre as bacias amazônica e platina – o que explica seu itinerário”.

4Na última parte – da qual não trataremos aqui os autores tecem “algumas reflexões sobre a fase da história de Diamantino conhecida como de crise econômica (1850/1940)” e apresentam “um conjunto de fotografias, cuja autoria não foi identificada, que nos permite visualizar o traçado daquele núcleo urbano, assim como a arquitetura das casas na primeira metade do século XX”.

5Um dos aspectos mais notáveis do livro - e um de seus grandes méritos - é que ele reproduz com alto grau de qualidade algumas das imagens contidas nos relatórios que os dois viajantes fizeram de suas expedições. Reproduzimos algumas delas a seguir, começando por aquelas que ilustram momentos importantes da viagem.

6Un des aspects les plus remarquables de l'ouvrage – et l’un de ses grands mérites – est de reproduire avec un grand degré de qualité quelques-unes des images contenues dans les relations que les deux voyageurs on fait de leurs expéditions. Nous en reproduirons quelques-unes ci-dessous en commençant par celles qui illustrent des moments-clés du voyage.

7Em primeiro lugar, o mapa da expedição de Langsdorff, que o levou a percorrer uma grande parte do país.

Figura 1 A rota da expedição Langsdorff

Figura 1 A rota da expedição Langsdorff

Figura 2 A partida da Expedição Langsdorff no Rio Tietê rumo a Cuiabá

Figura 2 A partida da Expedição Langsdorff no Rio Tietê rumo a Cuiabá

Aimé-Adrien Taunay, Porto Feliz, 22 de julho de 1826, Aguada de nanquim sobre papel, 21,0 x 32,2 cm,

https://upload.wikimedia.org/​wikipedia/​commons/​9/​91/​A_partida_da_Expedi%C3%A7%C3%A3o_Langsdorff%2C_no_Rio_Tiet%C3%AA.jpg , obra de Domínio Público.

Figura 3 Embarque de Castelnau no Porto da Coroinha – Rio Crixás, Salinas/GO, junho de 1844.

Figura 3 Embarque de Castelnau no Porto da Coroinha – Rio Crixás, Salinas/GO, junho de 1844.

Castelnau, Vue et Scènes – 2ª Partie. Pl: 5, Acervo: Museu de Zoologia/USP.

8Outras ilustrações, particularmente interessantes para geógrafos, são paisagens e vistas de cidades, que mostram que elas ainda eram muito pequenas no século XIX.

Figura 4 Vista da Villa de Diamantino, Diamantino/MT, dezembro de 1844

Figura 4 Vista da Villa de Diamantino, Diamantino/MT, dezembro de 1844

Litografia: Champin – Paris, Impressão litografia: Lemercier, Castelnau, Vue et Scènes – 2ª Partie, Pl: 33. Acervo: Museu de Zoologia/USP.

Figura 5 Porto Geral – Rio Cuiabá, Cuiabá/MT, janeiro de 1845

Figura 5 Porto Geral – Rio Cuiabá, Cuiabá/MT, janeiro de 1845

Litografia: Champin – Paris, Impressão litografia: Lemercier. Fonte: Castelnau, Vue et Scènes – 2ª Partie, Pl: 32. Acervo: Museu de Zoologia/USP.

Figura 6 Vista de Santarém sobre o Tapajós, tomada do lado oeste, Santarém, agosto de 1828.

Figura 6 Vista de Santarém sobre o Tapajós, tomada do lado oeste, Santarém, agosto de 1828.

Hercule Florence, Aquarela, 58,5 x 41,4 cm, Expedição, v. 3, 1988, p. 90.

9Por fim, outras ilustrações, aquelas que retratam espécimes de vegetação e animais, além de sua utilidade como documentos científicos, também são verdadeiras obras de arte.

Figura7 Palmeiras Burity, Distrito da Chapada, junho de 1827.

Figura7 Palmeiras Burity, Distrito da Chapada, junho de 1827.

Palmeiras Buriti, Aimé-Adrien Taunay, Aquarela e lápis, 40,8 x 31,8 cm, Expedição, v. 2, 1988, p. 119.

Figura 7 Tatu Canastra, Cerrado entre Mato Grosso e Goiás, 1844.

Figura 7 Tatu Canastra, Cerrado entre Mato Grosso e Goiás, 1844.

Lithographie Wener/Gény Gros – Paris, Castelnau, 1855. 7ª Partie. Zoologie – Mammifères, Pl. 18. Disponível em: https://www.biodiversitylibrary.org/​search?searchTerm=Francis+Castelnau&stype=F#/​titles

Figura 8 Tucano cachorro ou tucano do peito branco

Figura 8 Tucano cachorro ou tucano do peito branco

Hercule Florence, Porto do Rio Preto, março de 1828.

Aquarela e nanquim, 30,7 x 21,3 cm, Expedição, v. 3, 1988, p. 59.

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Bibliographie

CASTELNAU, Francis de. Expedition dans les parties centrales de L´Amerique du Sud, de Rio de Janeiro a Lima, et de Lima au Pará 

; Exécutée par ordre du Gouvernement Francais pendant les années 1843 a 1847. Vues et Scènes (Deuxième Partie), Paris, chez P. Bertrand,Libraire-Éditeur, 1852.

EXPEDIÇÃO Langsdorff ao Brasil, 1821-1829 (Aquarelas e desenhos de Taunay – volume 2). Iconografia do Arquivo da Academia de Ciências da União Soviética. Reprodução fotográfica por Clauss C. Meyer. Texto por Boris Komissarov. Classificação científica Luiz Emygdio de MelloFilho. Rio de Janeiro: Edições Alumbramento, 1988.

EXPEDIÇÃO Langsdorff ao Brasil, 1821-1829 (Aquarelas e desenhos de Florence – volume 3). Iconografia do Arquivo da Academia de Ciências da União Soviética. Reprodução fotográfica por Clauss C. Meyer. Texto por Boris Komissarov. Classificação científica Luiz Emygdio de Mello Filho. Rio de Janeiro: Edições Alumbramento, 1988.

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Table des illustrations

Titre Figura 1 A rota da expedição Langsdorff
URL http://0-journals-openedition-org.catalogue.libraries.london.ac.uk/confins/docannexe/image/57557/img-1.png
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Titre Figura 2 A partida da Expedição Langsdorff no Rio Tietê rumo a Cuiabá
Légende Aimé-Adrien Taunay, Porto Feliz, 22 de julho de 1826, Aguada de nanquim sobre papel, 21,0 x 32,2 cm,
Crédits https://upload.wikimedia.org/​wikipedia/​commons/​9/​91/​A_partida_da_Expedi%C3%A7%C3%A3o_Langsdorff%2C_no_Rio_Tiet%C3%AA.jpg , obra de Domínio Público.
URL http://0-journals-openedition-org.catalogue.libraries.london.ac.uk/confins/docannexe/image/57557/img-2.png
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Titre Figura 3 Embarque de Castelnau no Porto da Coroinha – Rio Crixás, Salinas/GO, junho de 1844.
Crédits Castelnau, Vue et Scènes – 2ª Partie. Pl: 5, Acervo: Museu de Zoologia/USP.
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Titre Figura 4 Vista da Villa de Diamantino, Diamantino/MT, dezembro de 1844
Crédits Litografia: Champin – Paris, Impressão litografia: Lemercier, Castelnau, Vue et Scènes – 2ª Partie, Pl: 33. Acervo: Museu de Zoologia/USP.
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Titre Figura 5 Porto Geral – Rio Cuiabá, Cuiabá/MT, janeiro de 1845
Crédits Litografia: Champin – Paris, Impressão litografia: Lemercier. Fonte: Castelnau, Vue et Scènes – 2ª Partie, Pl: 32. Acervo: Museu de Zoologia/USP.
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Titre Figura 6 Vista de Santarém sobre o Tapajós, tomada do lado oeste, Santarém, agosto de 1828.
Crédits Hercule Florence, Aquarela, 58,5 x 41,4 cm, Expedição, v. 3, 1988, p. 90.
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Titre Figura7 Palmeiras Burity, Distrito da Chapada, junho de 1827.
Crédits Palmeiras Buriti, Aimé-Adrien Taunay, Aquarela e lápis, 40,8 x 31,8 cm, Expedição, v. 2, 1988, p. 119.
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Titre Figura 7 Tatu Canastra, Cerrado entre Mato Grosso e Goiás, 1844.
Crédits Lithographie Wener/Gény Gros – Paris, Castelnau, 1855. 7ª Partie. Zoologie – Mammifères, Pl. 18. Disponível em: https://www.biodiversitylibrary.org/​search?searchTerm=Francis+Castelnau&stype=F#/​titles
URL http://0-journals-openedition-org.catalogue.libraries.london.ac.uk/confins/docannexe/image/57557/img-8.png
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Titre Figura 8 Tucano cachorro ou tucano do peito branco
Légende Hercule Florence, Porto do Rio Preto, março de 1828.
Crédits Aquarela e nanquim, 30,7 x 21,3 cm, Expedição, v. 3, 1988, p. 59.
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Fichier image/jpeg, 44k
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Confins, « Diamantino (e outros lugares) vistos por Langsdorff (1827/28) e Castelnau (1844/45) »Confins [En ligne], 63 | 2024, mis en ligne le 27 juin 2024, consulté le 06 décembre 2024. URL : http://0-journals-openedition-org.catalogue.libraries.london.ac.uk/confins/57557 ; DOI : https://0-doi-org.catalogue.libraries.london.ac.uk/10.4000/11wvz

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