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Dinâmica têmporo-espacial da territorialização de produção da erva-mate (Ilex paraguariensis) no Brasil de 2008 a 2018

Temporal and spatial dynamics of the territorialization of yerba mate (Ilex paraguariensis) production in Brazil from 2008 to 2018
Dynamique spatio-temporelle de la territorialisation de la production de maté (Ilex paraguariensis) au Brésil de 2008 à 2018
Leandro Redin Vestena et Ezequias Rodrigues dos Santos

Résumés

Cet article présente les résultats d’une étude sur la dynamique spatio-temporelle de la production maraîchère de maté au Brésil entre 2008 et 2018, réalisée à travers l’analyse des données officielles de production maraîchère, sylvicole et agricole municipale. Le maté a une importance historique, économique et culturelle notable dans le sud du Brésil. Il s’agit d’une plante typique d’une partie de la région qui était déjà utilisée en Amérique du Sud par les Indiens, et en particulier par les Guaranis, comme matière première des boissons typiques appelées « chimarrão » et « tereré », et ce dès l’époque préhispanique. La dynamique spatio-temporelle de cette production répond à différentes formes et techniques de production et d’utilisation du territoire adaptant l’espace en fonction des demandes nationales et internationales. Au Brésil, les dynamiques territoriales de production de maté prennent place dans les États du sud et dans celui du Mato Grosso do Sul, en fonction d’une articulation entre les zones où la plante est naturellement présente, la régionalisation de la consommation du « chimarrão » et/ou du « tereré », et la territorialisation de la demande, résultant de son utilisation comme matière première dans plusieurs systèmes de production, parmi lesquels se distinguent les cosmétiques et les boissons.

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Texte intégral

1A erva-mate é uma planta nativa e símbolo nos Estados do Sul do Brasil pelo seu valor econômico e cultural. De acordo com o IBGE (2016), a erva-mate é o principal produto florestal extrativista não madeireiro do Brasil em volume e o segundo em valor bruto de produção, gerando emprego e renda. Os produtos oriundos de extrativismo vegetal ganham grande importância, pois asseguram a subsistência de muitas famílias e comunidades tradicionais no Brasil (Zerbielli, 2017).

Figura 1. Erva-mate (Ilex paraguariensis)

Figura 1. Erva-mate (Ilex paraguariensis)

Fotografia: Leandro Redin Vestena

2A espécie Ilex paraguariensis é popular há séculos e foi adotada pelos nativos (Guaranis) de uma região que compreende Paraguai, Uruguai, Nordeste Argentino e Sul do Brasil no preparo de bebidas. No Brasil, Argentina e Uruguai é denominada "chimarrão" ou "mate", quando servido com água quente, no Paraguai se denomina "tereré", pois se toma com a água gelada, diferente dos outros dois países e no Brasil (Bracesco et al., 2011).

3Dada sua importância histórica, cultural e econômica a erva-mate "Ilex paraquariensis" é árvore símbolo nos estados do Rio Grande do Sul, Paraná e Matogrosso do Sul. No Rio Grande do Sul, a Lei Estadual Nº 7.439, de 8 de dezembro de 1980, instituiu a erva-mate como a árvore símbolo do estado e a Semana Estadual da Erva-Mate, comemorada anualmente no mês de setembro (RIO GRANDE DO SUL, 1980). Nos estados do Paraná, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, uma rama de erva-mate consta em símbolos oficiais, nos brasões e/ou bandeira estaduais (PARANÁ, 1947; MATO GROSSO, 1994; MATO GROSSO DO SUL, 1979).

4A produção de erva-mate dar-se basicamente de duas formas, uma delas por extrativismo vegetal e uma outra por meio do plantio da cultura, ou seja, silvicultura. No sistema extrativista, tem-se a colheita de ramos e folhas da erva-mate nativa presente na Floresta Ombrófila Mista (FOM), enquanto que no sistema de plantio a erva-mate é cultiva no interior da FOM (sombreada) ou em lavoura (plantação ao sol - monocultivo). A erva-mate produzida em consórcio com a FOM, por estar protegida da incidência direta do sol, apresenta uma melhor qualidade, sabor mais suave e possuindo ainda, maior valor econômico do que a erva-mate plantada ao sol.

5O sistema de produção da erva-mate em monocultivo, surgiu no início dos anos 1960 em função da crescente demanda por produtos da erva-mate e erradicação de grandes áreas de florestas para fins agropecuários (Mazuchowski, 1989).

6A produção de erva-mate de acordo com o Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social (IPARDES, 2004) é classificada como lavoura permanente, na qual inclui a área plantada ou em preparo para o plantio de longa duração que não necessitam de novo plantio, produzindo por vários anos consecutivos (Rabaiolli et al., 2010). As propriedades rurais utilizam-se desse sistema de produção, sendo mais viável quando comparado a outras atividades agrícolas.

7No Brasil, a produção da erva-mate é conhecida como uma atividade familiar e por conta disso, as formas e técnicas de cultivo passam de uma geração para outra (Daniel, 2009; Rabaiolli et al., 2010). A colheita é uma atividade manual, corta-se os galhos e as folhas, seguido do processo de sapeco, secagem, moagem e peneiramento, conhecida como erva-mate cancheada, consumida mais na Argentina e no Uruguai. No Brasil, esse mesmo processo ocorre duas vezes, conhecido como ciclo de beneficiamento, obtendo-se uma erva-mate para o consumo mais fragmentada (Maccari Junior, 2005; Daniel, 2009).

8De modo geral, a erva-mate atualmente é utilizada não só como bebida, mas também como matéria-prima de diversos outros produtos, sendo eles: cosméticos, higiene e limpeza, como também em alimentos (Dallabrida et al., 2016). Por exemplo, nos supermercados da Califórnia – EUA, a erva-mate é comercializada sob a forma de bebida energética, enquanto na Europa é vendida em combinação com outras ervas como chá energético para auxiliar na redução de peso e promoção da saúde (Bracesco et al., 2011).

9Embora, o setor ervateiro no Brasil encontre-se em expansão, a Argentina atualmente é conhecida como a maior produtora de erva-mate, tendo seus ervais todos plantados, sendo que, 90% desses encontram-se na Província de Missiones e o restante no nordeste da Província de Corrientes (Daniel, 2009).

10O declínio da produção do Brasil deu-se devido à queda de produção dos ervais nativos e o avanço da agricultura sobre áreas antes ocupadas com ervais (Schreiner e Baggio, 1985). Outro motivo da perda de produção, iniciou-se em 1920, quando o Brasil passou a ser o maior exportador de erva-mate bruta para a Argentina, enquanto ela industrializava 100% desse produto (Daniel, 2009).

11A maior produção de erva-mate da Argentina se dá por conta de todos os seus ervais serem plantados ao sol, conhecido como sistema de monocultivo. Esse método, decorre de um rápido crescimento da planta de erva-mate por conta da insolação que favorece o seu desenvolvimento. Embora, os ervais plantados em meio a floresta apresentem um crescimento mais lento do que os plantados ao sol, eles produzem uma erva-mate de melhor qualidade. Esse tipo sistema de produção é encontrado principalmente no Brasil (Daniel, 2009).

12A erva-mate fez parte dos ciclos econômicos que caracterizaram etapas de desenvolvimento dos estados do Sul do Brasil. Após, o ciclo do ouro e da criação e comércio de gado tem-se o ciclo da erva-mate. Ele surge a partir da existência de uma planta nativa da região, constituindo-se como uma fonte de riqueza proporcionando o nascimento e prosperidade de muitas cidades do sul do Paraná e de Santa Catarina. No Paraná o ciclo da erva-mate influenciou significativamente a economia, uma vez que, contribuiu para a emancipação política desse estado em 1853 (Orreda, 1968).

13O número de empresas e de empregos, além dos recursos econômicos gerados confere grande importância ao setor ervateiro. No Brasil, 596 dos municípios produzem erva-mate, há 180.000 propriedades atuantes gerando 710.000 empregos (Maccari Junior, 2005). O sistema de geração de empregos é conhecido como agricultura patronal, onde gera serviços temporários ou permanentes aos agricultores.

14Nesse contexto, o Brasil por meio do Projeto de Lei Nº 5.650 de 2016 (BRASIL, 2016), sancionado em 2019 (Lei Nº 13.791/19) autoriza o cultivo da erva-mate (Ilex Paraguarienses) em Áreas de Preservação Permanente (APPs), localizadas em pequenas propriedades e de posse rural com o objetivo de fomentar a produção sustentável, elevar o padrão de qualidade, apoiar e incentivar o comércio de erva-mate do Brasil (BRASIL, 2019).

15A territorialização da produção da erva-mate no Brasil dar-se em um espaço geográfico, em função das relações de poder político, econômico e cultural (Haesbaert, 2004). Espaço esse, definido e controlado por políticas e agentes, por relações entre as classes e capital, e por uma dimensão simbólica e subjetiva. O território usado para a produção da erva-mate apresenta a existência de uma dinâmica, resultado do processo histórico da base material e social das novas ações humanas (Santos, 1988). A compreensão da dinâmica territorial de produção da erva-mate, fornece informações para a tomada de decisões e planejamento de manejo de uso do território mais racional.

16Considerando a importância da erva-mate, esse trabalho teve como objetivo compreender a dinâmica têmporo-espacial da territorialização de produção vegetal da erva-mate nos estados do centro-oeste e sul do Brasil de 2008 a 2018, através da análise de dados da Produção da Extração Vegetal e da Silvicultura e da Produção Agrícola Municipal.

1. Materiais e métodos

1.1. Área de concorrência natural da erva-mate

17A área de ocorrência natural da erva-mate (Ilex paraguariensis St.Hil.) pertence à família Aquifoliaceae da FOM, sendo uma espécie nativa do Sul do Brasil e, ainda, encontrada na Argentina e Paraguai (Fig. 1). Os ervais nativos, situam-se principalmente nos tipos climáticos úmidos Cfb e Cfa, segundo a classificação de Köeppen com médias de precipitação pluviométrica variando de 1.250 a 2.500 mm, em altitudes que variam de 500 a 1.500 m e em temperatura média anual de 20º C a 23º C (Oliveira e Rotta, 1983).

Figura 2. Área de ocorrência natural de erva-mate.

Figura 2. Área de ocorrência natural de erva-mate.

Elaboração: Rebeka Aparecida dos Santos (2021)

1.2. Procedimentos metodológicos

18Os procedimentos metodológicos consistiram na obtenção dos dados da produção de erva-mate, no período de 2008 a 2018, da PAM (Produção Agrícola Municipal) e da PEVS (Produção da Extração Vegetal e da Silvicultura), no Sistema IBGE de Recuperação Automática (SIDRA), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Assim como os dados de exportação de erva-mate no Sistema Nacional de Informações Florestais de 2017.

19A produção de erva-mate no Brasil é divulgada pelo IBGE a partir do relatório da Produção Agrícola Municipal (PAM) e do relatório da Produção da Extração Vegetal e da Silvicultura (PEVS). No primeiro, são exibidos dados da produção proveniente de plantios, em geral, monocultivos a pleno sol e no segundo, de produção dos ervais nativos, onde a erva-mate é associada à vegetação florestal nativa (Signor et al., 2016).

20Foram considerados os dados da produção de erva-mate nacional, por estado e por município; área colhida (hectares); área de cultivo da erva-mate (hectares) e valor de produção.

21A evolução na produção de erva-mate por municípios de 2008 a 2018 deu-se em função do coeficiente de variação. Os municípios que apresentaram um coeficiente de variação na produção de erva-mate superior a 15% foram classificados os que obtiveram aumento na produção, e os que apresentaram um coeficiente de variação inferior -15%, como os que obtiveram diminuição. Os municípios que apresentaram variação de produção da erva-mate entre 15% e -15% considerou-se estável em função das condições de produção apresentarem pequenas oscilações, a exemplo das alterações climáticas.

22Na sequência, os dados de produção de erva-mate por município foram espacializados, analisados e avaliados com o auxílio do software Microsoft Office Excel e ArcGIS (ArcMap 10.3).

2. Resultados

2.1. Produção de erva-mate no Brasil nos sistemas (PAM e PEVS)

23A produção brasileira de Erva-mate no período de 2008 a 2018 apresentou um aumento de 285,080 mil toneladas (+30%) (Tab. 1). Nesse período o estado do Paraná apresentou uma alta de produção de 272,151 mil toneladas (+48%).

Tabela 1. Quantidade produzida de erva-mate no Brasil (ton) 2008-2018.

ANO

BRASIL

MS

PR

SC

RS

2008

654.500

4.208

287.257

81.527

281.508

2009

661.328

3.503

291.563

82.847

283.415

2010

653.103

3.769

289.814

74.876

284.644

2011

673.316

3.536

291.751

81.731

296.298

2012

765.956

2.712

374.489

105.169

283.586

2013

815.579

3.976

450.318

75.957

285.328

2014

935.877

3.143

512.412

123.885

296.437

2015

944.180

1.494

513.192

118.423

311.071

2016

977.049

1.966

541.744

118.478

314.861

2017

974.219

1.671

540.057

113.328

319.163

2018

939.580

1.358

559.408

121.037

257.777

SOMA

8.994.687

31.336

4.652.005

1.097.258

3.214.088

Fonte: IBGE – PAM/PEVS (2018). Organizado pelos autores.

24O estado do Paraná é responsável por 59,54% da erva-mate produzida no Brasil, seguido pelo Rio Grande do Sul (27,44%), Santa Catarina (12,88%) e Mato Grosso do Sul (0,14%). Os estados maiores produtores de erva-mate no sistema PAM são Rio Grande do Sul (42,62%), Paraná (39,20%), Santa Catarina (17,94%) e Mato Grosso do Sul (0,24%), respectivamente. Enquanto, os estados maiores produtores de erva-mate no sistema PEVS são Paraná (87,82%), Rio Grande do Sul (6,31), Santa Catarina (5,85%) e Mato Grosso do Sul (0,02%) (Fig. 2).

Figura 3. Estados maiores produtores de erva-mate

Figura 3. Estados maiores produtores de erva-mate

Fonte: IBGE (2018). Elaboração pelos autores.

25No ano de 2018, a Produção Agrícola Municipal (PAM) de erva-mate plantada brasileira nesses quatro estados foi de 434,727 mil toneladas, em uma área colhida de 247.079 hectares (IBGE, 2018). Enquanto, a Produção da Extração Vegetal e da Silvicultura em 2018 foi de 219,773 mil toneladas.

26A produção de erva-mate total (PAM + PEVS) de 2008 (434.727 ton) a 2018 (546.618 ton) apresentou crescimento de 111.891 toneladas, ou seja, crescimento de 25,73%. De modo geral, os dados da produção anual de erva-mate no Brasil entre 2008 e 2018 indicaram ter havido uma tendência de crescimento (Fig.3). Destaca-se a presença de períodos de estabilidade na produção da PAM em 2012-2013 e 2014-2015 e uma tendência de declínio, após o ano de 2016. Todavia, a PVES apresentou uma taxa de crescimento anual no período, sem oscilações e com tendência de elevação (Fig.3).

Figura 4. Evolução da produção de erva-mate nos diferentes sistemas de produção de 2008 a 2018.

Figura 4. Evolução da produção de erva-mate nos diferentes sistemas de produção de 2008 a 2018.

Fonte: IBGE (2018). Elaboração pelos autores.

27A área colhida de erva-mate no Brasil em 2008 de acordo com o PAM foi de 71.217 mil hectares, enquanto em 2018 foi de 72.079 mil hectares (IBGE, 2018), apresentando uma pequena variação na área colhida, apesar de ter ocorrido aumento no volume de erva-mate produzido, isso pode estar associado ao aumento de rendimento.

28O tamanho das áreas plantadas de erva-mate está associado à relação custo-benefício de sua produção. Os produtores optam por lavouras de produtos que apresentam maior rentabilidade, em função da demanda e dos custos de produção. No período de 2008 a 2018, a produção de soja apresentou maior rentabilidade do que outras culturas impulsionada pela expansão da demanda internacional (Rhoden et al., 2020).

29Conforme Chechi e Schultz (2016), as oscilações na produção de erva-mate se dão por conta do aumento de demanda ou pela falta da matéria-prima no mercado nacional e internacional, ocasionando o aumento do preço e estimulando novos plantios.

30Contudo, o ciclo de produção da erva-mate é demorado em relação às outras culturas temporárias, como a soja, o milho e o feijão, por isso, muitas vezes quando o erval começa a produzir, a primeira poda de colheita ocorre quatro anos e meio após o plantio e depois a cada dois anos. Quando há o aumento efetivo da produção de erva-mate ocorre uma sobra do produto no mercado, isso geralmente ocasiona a redução do preço do produto e da área cultivada.

31Em relação à PEVS em 2018, a extração dos ervais nativos no Brasil totalizou 392,962 mil toneladas de erva-mate, deste total, o Paraná participou com 87,82%, sendo o maior estado produtor de erva-mate de ervais nativos ou sombreados do país (IBGE, 2018).

32A erva-mate produzida no Paraná é mais preferida no consumo do chimarrão em função da sua suavidade e baixo sabor amargo, por ser produzida de modo sombreado (Signor et al., 2016).

33De acordo com o IBGE (2018), os dados da Produção da Extração Vegetal e da Silvicultura (PEVS) mostram que o setor florestal vem ganhando destaque no cenário econômico nacional e no mercado global, principalmente no estado do Paraná.

34Em 2018, 52% ou 345.099 toneladas da produção estadual de erva-mate vieram de ervais nativos e 48% ou 214,309 mil toneladas de ervais plantados ao sol, no Paraná.

35Na figura 4, tem-se a distribuição da produção anual de erva-mate dos estados nos diferentes sistemas PAM e PEVS, nela pode-se verificar a relevância da erva-mate produzida do extrativismo no estado do Paraná.

Figura 5. Produção da Erva-mate entre 2008 a 2018, conforme os estados produtores.

Figura 5. Produção da Erva-mate entre 2008 a 2018, conforme os estados produtores.

(a): Produção Agrícola Municipal; (b): Produção da Extração Vegetal e da Silvicultura.

Fonte: IBGE (2018). Elaboração pelos autores.

36Na tabela 2, tem-se os quinze maiores municípios produtores de erva-mate do Brasil. O município com maior produção de erva-mate é São Mateus do Sul, situado na mesorregião sudeste paranaense (IPARDES, 2000). No município de São Mateus do Sul, a indústria ervateira, principalmente para a preparação de chás e chimarrão é uma das principais geradoras de renda e emprego. No município, mais de 50% de sua área apresenta florestas e ervais nativos (IBGE, 2018).

Tabela 2. Quinze maiores municípios produtores de Erva-mate, entre 2008 a 2018.

Tabela 2. Quinze maiores municípios produtores de Erva-mate, entre 2008 a 2018.

Fonte: IBGE – PAM/PEVS (2018). Organizado pelos autores.

37Em 2018, São Mateus do Sul foi responsável por mais de 14% da produção nacional de erva-mate, e por mais de 24% da produção estadual do Paraná. Outros municípios paranaenses, como Cruz Machado e Bituruna, também são considerados grandes produtores de erva-mate, respondendo por 9,8% e 5,3%, respectivamente, da produção nacional; e 16,4% e 8,9% da produção paranaense, respectivamente.

38Dos quinze maiores municípios produtores nacionais de erva-mate em 2008, sete eram do estado do Paraná, ocupando as duas primeiras colocações. Nesse mesmo ano, o maior produtor no estado do Paraná era Cruz Machado com 46,700 mil toneladas, seguido de São Mateus do Sul com 40,801 mil toneladas. O estado de Santa Catarina não possuía municípios entre os quinze maiores produtores, no entanto o estado do Rio Grande do Sul, possuía oito municípios produtores, sendo o município de Arvorezinha o maior produtor com 34,815 mil toneladas. Em 2018, municípios do estado do Paraná passam a ocupar mais colocações dentre os quinze maiores municípios produtores se comparado a 2008, além de passar a ocupar as três primeiras colocações.

39Nenhum município do estado do Matogrosso do Sul apresentou em 2018 produção de erva-mate superior a 500 toneladas. Um dos motivos do declínio da produção de erva-mate no estado do Mato Grosso do Sul é a intensificação do cultivo da soja que passou a apresentar maior rentabilidade nos últimos anos (APROSOJA-MS, 2021), do milho e da cana-de-açucar que passaram a apresentar melhor custo benefício econômico (Wolf e Pereira, 2015).

40O Brasil teve aumento de mais de 48% no valor de produção (x1000 R$) entre os anos estudados. O valor da produção brasileira em 2008 era de 281,041 mil passando para 424,632 mil em 2018. O município de São Mateus do Sul gerou um valor de 70,350 mil (x 1000) superando a produção total dos estados de Santa Catarina e Mato Grosso do Sul com área colhida de 8.900 hectares e produtividade de 7,528 kg/ha (IBGE, 2018). A erva-mate cultivada na região de São Mateus do Sul possui reconhecimento de indicação de procedência com critérios de qualidade específicos que levam em consideração a genética, o cultivo, a produção e todo o processamento (IG-MATHE, 2020).

2.2. Exportação da erva-mate

41De acordo com o Sistema Nacional de Informações Florestais (2017), em 2017, o açaí (596.768 mil reais) e a erva-mate (423.907 mil reais) foram os produtos florestais não madeireiros alimentícios em valor mais exportados pelo Brasil, sendo a erva-mate o produto mais exportado em quantidade. O Brasil exportou erva-mate para 36 países em 2017 (Fig. 5). Os dez países que mais importam erva-mate do Brasil considerando o total em valor são: Uruguai (US$ 48.055.283 com 21.271 ton); Estados Unidos (US$ 2.321.746 com 583 ton); Chile (US$ 2.222.068 com 1.365 ton); e Alemanha (US$ 1.256.766 com 343 ton); França (US$ 634.897 com 183 ton); Argentina (US$ 454.150 com 160 ton); Espanha (US$ 377.942 com 123 ton) ; Japão (US$ 202.137 com 30 ton); Polônia (US$ 195.204 com 73 ton); e a Itália (US$ 138.624 com 43 ton) (SNIF, 2017).

Figura 6. Países importadores de erva-mate produzida no Brasil - 2017.

Figura 6. Países importadores de erva-mate produzida no Brasil - 2017.

Fonte: SNIF (2017). Elaboração pelos autores.

42Em 2017, os quatro estados brasileiros produtores exportaram 24,329 mil toneladas com valor médio de US$ 56.335.591. O estado do Rio Grande do Sul nesse mesmo ano exportou mais de 82% de toda a produção nacional (SNIF, 2017).

43De acordo com Chechi e Schultz (2016), a erva-mate verde moída se destina principalmente ao mercado interno, enquanto a erva-mate cancheada e envelhecida para as exportações, principalmente para o mercado Uruguaio.

2.3. Dinâmica territorial das áreas produtoras de erva-mate

44A dimensão espacial de produção da erva-mate no período de 2008 a 2018 apresentou redução, ou seja, haviam 673 municípios produtores de erva-mate em 2008 e 587 em 2018, apresentando uma redução de 86 munícipios (Tab. 3) – dentre eles, sessenta municípios que deixaram de produzir erva-mate são do Rio Grande do Sul. Ressalta-se que, a produção de erva-mate no Rio Grande do Sul dar-se essencialmente no sistema de lavoura (plantio da planta) que passa a competir com outros tipos de lavoura, basicamente, a soja.

Tabela 3. Quantidade de municípios produtores de erva-mate por estado em 2008 e 2018.

ANO

MS

PR

SC

RS

TOTAL

2008

19

150

164

340

673

2018

15

144

148

280

587

Diferença

-4

-6

-16

-60

-86

Fonte: IBGE – PAM/PEVS (2018). Organizado pelos autores.

45Apesar do Paraná possuir 7.609 estabelecimentos produtores de erva-mate com mais de 50 pés e o Rio Grande do Sul 7.244, a quantidade produzida em toneladas é de 42% (61.872,303 toneladas) pelos estabelecimentos no Rio Grande do Sul (144.665,670 toneladas) (IBGE, 2018), indicando haver uma maior concentração.

46A industrialização e modernização da agricultura iniciaram no campo as territorialidades marcadas pelo desenvolvimento e expansão de atividades agrícolas de interesse capitalista (Poubel, 2005). E esses impactos do setor capitalista sobre a erva-mate iniciaram na década de 1970 quando muitos ervais foram arrancados para plantio de soja, principalmente nas áreas que podiam ser mecanizadas, fazendo a erva-mate ficar em áreas de terrenos acidentados (Chechi e Schultz, 2016). Assim, muitas áreas foram substituídas ou preteridas para cultivo da soja, e os municípios começaram a perder produção, como pode ser visto na tabela 3 e figura 6, onde observa-se a diminuição da dimensão espacial da produção de erva-mate.

47Houve aumento de produção de erva-mate em 201 (28,35%) dos municípios (≥15%), enquanto em 430 (60,65%) municípios ocorreu redução (≤ -15%), já 78 (11%) dos municípios apresentaram estabilidade de produção com variação de -15% a 15%. Dos 673 municípios produtores de erva-mate registrados em 2008, desses 127 deixaram de produzir em 2018, porém, outros 41 passaram a produzir.

48Os municípios espacialmente que apresentaram aumento de produção no período estão localizados, principalmente, no centro-sul do estado do Paraná e norte de Santa Catarina, onde também se localizam os municípios maiores produtores nacionais. Uma área core, onde a produção de erva-mate nas últimas décadas foi impulsionada, principalmente, em razão de ter preservado e conservado suas florestas que possibilitam a extração e o plantio da erva-mate em consórcio.

Figura 7. Dinâmica territorial das áreas produtoras de Erva-mate, no Brasil (2008-2018).

Figura 7. Dinâmica territorial das áreas produtoras de Erva-mate, no Brasil (2008-2018).

Fonte: IBGE – PAM/PEVS (2018). Elaboração pelos autores.

49A produção de erva-mate em pequenas unidades familiares é uma fonte de renda que exige poucos investimentos e está ligada às tradições e à história das famílias, também possui grande importância do ponto de vista econômico, social e cultural (Marques et al, 2019). Além disso, quando manejada adequadamente em consórcio com a floresta pode contribuir para a conservação de espécies arbóreas ameaçadas de extinção e dos remanescentes florestais, contribuindo com a conservação do solo e da água e a geração de serviços ecossistêmicos.

50Cabe ressaltar que o desenvolvimento da erva-mate em consórcio com a floresta, em área sombreada apresenta um desenvolvimento mais lento e pode pressionar a supressão de espécies arbóreas para aumento da incidência de luminosidade e beneficiar seu desenvolvimento. Sua prática, também pode apresentar impactos negativos na conservação do solo e da água, por meio da retirada de uma parte ou de todo o substrato arbóreo inferior e promover a geração de caminhos preferências (poda e colheita) que viabilizem a concentração de fluxo superficial e os processos erosivos. Portanto, para que sua prática alcance a função de conservar o meio ambiente exige-se a adoção de cuidados e critérios técnicos, ou seja, sua prática não pode ser entendida como um sinônimo de conservação ambiental.

51A menor perda de produção em termos absolutos foi no estado do Paraná, pois conforme Chechi e Schultz (2016), a legislação ambiental do estado restringe o corte de araucária e da erva-mate que crescem consorciadas nessa região mantendo os ervais nativos. E o Mato Grosso do Sul, embora apresente perda de somente quatro municípios produtores, o nível de perda de produção para comercialização foi mais acentuado do que nos demais estados.

52De 2008 a 2018 no Paraná, 18 municípios passam a não mais ter produção de erva-mate para venda, todavia, ao mesmo tempo surgem oito novos municípios com produção. Nos demais estados, essa mesma característica aparece. No Rio Grande do Sul, 66 municípios passam a não mais produzir, porém, surgem seis novos municípios; em Santa Catarina há perda de 38 municípios e surgem 20 novos; e por fim, no Mato Grosso do Sul nos últimos dez anos, cinco municípios passam a não ter mais produção de erva-mate, entretanto, surgem dois novos municípios - Coronel Sapucaia com 36 ton e Caarapó com 70 ton.

53Desde 2008, os municípios de Aral Moreira, Ponta Porã e Amambai do estado de Mato Grosso do sul são os maiores produtores de erva-mate. O município de Aral Moreira exibiu uma redução de -76.2% em comparação a 2008, enquanto, o município de Ponta Porã apresentou -20.6% e Amambai -19.4%.

Considerações finais

54 A erva-mate é um dos produtos florestais não madeireiros mais importantes no setor ambiental e econômico do sul do Brasil. E, embora, o Rio Grande do Sul seja reconhecido como polo ervateiro, o estado do Paraná ganhou espaço e atualmente é o maior produtor do Brasil. O crescimento da produção se dá por conta de políticas ambientais de conservação e preservação dos ervais nativos, bem como da FOM. O município de São Mateus do Sul é um grande exemplo, sendo o maior produtor de erva-mate em território nacional.

55A dinâmica têmporo-espacial de produção da erva-mate é causa de um processo histórico e cultural em que seu consumo é parte da vida da população que habita o sul do Brasil (valor simbólico), intensificada pelos novos usos na indústria, nos mais variados processos produtivos.

56A territorialização da produção da erva-mate no sistema de plantio no Brasil está perdendo espaço para outras culturas temporárias, principalmente, a soja que apresenta maior rentabilidade econômica ao produtor.

57 A erva-mate, cultivada principalmente por pequenos agricultores se torna uma fonte de renda secundária, pois embora haja um aumento considerável na produção de erva-mate brasileira o setor ervateiro tem diminuído, fazendo muitos agricultores optarem por lavouras temporárias, pois geram resultados mais rápidos que uma cultura permanente, como a erva-mate.

58A produção de erva-mate por extrativismo e plantada em consórcio com a floresta é uma alternativa que se mostra viável economicamente, principalmente, em áreas mais declivosas e para pequenos produtores. Fato esse que impulsionou a criação da Lei Federal Nº 13.791/19 e que autorizou o cultivo da erva-mate (Ilex Paraguarienses) em Áreas de Preservação Permanente (APPs) localizadas em pequenas propriedades e de posse rural, mediante a aprovação do órgão ambiental, objetivando a fomentação da produção sustentável, assim como elevando o padrão de qualidade, apoiando e incentivando o comércio de erva-mate do Brasil.

59Por fim, ressalta-se que o cultivo da erva-mate em consórcio com a floresta por si só não pode ser entendido como um sinônimo de conservação ambiental, apesar de se apresentar como uma estratégia viável economicamente para a conservação dos remanescentes florestais e de espécies arbóreas ameaçadas de extinção.

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Table des illustrations

Titre Figura 1. Erva-mate (Ilex paraguariensis)
Crédits Fotografia: Leandro Redin Vestena
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Titre Figura 2. Área de ocorrência natural de erva-mate.
Crédits Elaboração: Rebeka Aparecida dos Santos (2021)
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Titre Figura 3. Estados maiores produtores de erva-mate
Crédits Fonte: IBGE (2018). Elaboração pelos autores.
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Titre Figura 4. Evolução da produção de erva-mate nos diferentes sistemas de produção de 2008 a 2018.
Crédits Fonte: IBGE (2018). Elaboração pelos autores.
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Titre Figura 5. Produção da Erva-mate entre 2008 a 2018, conforme os estados produtores.
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Légende (a): Produção Agrícola Municipal; (b): Produção da Extração Vegetal e da Silvicultura.
Crédits Fonte: IBGE (2018). Elaboração pelos autores.
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Titre Tabela 2. Quinze maiores municípios produtores de Erva-mate, entre 2008 a 2018.
Crédits Fonte: IBGE – PAM/PEVS (2018). Organizado pelos autores.
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Titre Figura 6. Países importadores de erva-mate produzida no Brasil - 2017.
Crédits Fonte: SNIF (2017). Elaboração pelos autores.
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Titre Figura 7. Dinâmica territorial das áreas produtoras de Erva-mate, no Brasil (2008-2018).
Crédits Fonte: IBGE – PAM/PEVS (2018). Elaboração pelos autores.
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Pour citer cet article

Référence électronique

Leandro Redin Vestena et Ezequias Rodrigues dos Santos, « Dinâmica têmporo-espacial da territorialização de produção da erva-mate (Ilex paraguariensis) no Brasil de 2008 a 2018 »Confins [En ligne], 55 | 2022, mis en ligne le 22 juin 2022, consulté le 08 décembre 2024. URL : http://0-journals-openedition-org.catalogue.libraries.london.ac.uk/confins/46204 ; DOI : https://0-doi-org.catalogue.libraries.london.ac.uk/10.4000/confins.46204

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Auteurs

Leandro Redin Vestena

Professor Associado do Departamento de Geografia, Universidade Estadual do Centro-Oeste - UNICENTRO. https://orcid.org/0000-0002-6210-3094 lvestena@unicentro.br

Ezequias Rodrigues dos Santos

Universidade Estadual do Centro-Oeste - UNICENTRO. https://orcid.org/0000-0002-2202-7015 ezequiasrses@gmail.com

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