Mapeamento das Escolas Infantis da Rede Municipal de Maceió para recurso coletivo
Résumés
Cet article traite de l’analyse intégrée de l’image de l’école en tant que ressource collective, précisément parce qu’elle tient à des préoccupations socio-environnementales compte tenu des influences et des conditions urbaines, ce qui nécessite une plus grande attention pour les paramètres interdisciplinaires qu’il est recommandé d’assimiler à tous les niveaux d’enseignement. Cette recherche a pour objectif général d’envisager le réseau municipal de jardins d’enfants et d’analyser sa couverture de 58 unités réparties dans la ville de Maceió, dans l’État d’Alagoas. À partir de la construction de la base de données empirique, à l’aide d’une liste de contrôle avec un ensemble de paramètres analogiques, les données collectées dans l’environnement virtuel ArcGIS ont été organisées et traitées. La géotechnologie a fourni le développement de cartes d’image par le système d’information géographique (SIG). Les écoles en tant qu’agences spatiales sont influencées par huit conditions socio-environnementales: identité, localité, fonctionnalité, intensité, résilience, potentialité, personnalité et criticité, cartographiées en tant que ressource collective pour la création de connaissances sur la totalité de l’espace occupé. Les cartes de synthèse générées servent à renforcer les infrastructures institutionnelles de l’éducation, ainsi que les nouvelles postures nécessaires à la mobilisation, à la gestion des écoles et à une planification plus durable, compte tenu de leur système intégré au développement endogène local du territoire.
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géotechnologie, ressource collective, agences spatiales, gestion des écoles, Alagoas.Índice de palavras-chaves:
geotecnologia, recurso coletivo, agências espaciais, gestão escolar, Alagoas.Plan
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1Neste artigo reporta-se parte dos resultados alcançados de uma pesquisa acadêmica sobre a construção da imagem pela educação de Maceió. A capital alagoana foi inventariada baseando-se em oito condicionantes: identidade; localidade; funcionalidade; intensidade; resiliência; potencialidades; personalidade e criticidade. Como um todo, os espaços educacionais da rede pública, revelam a realidade socioambiental das escolas infantis, como resultados da imagem regional de mapas temáticos que serão discutidos.
2A imagem de qualquer infraestrutura escolar, independente do grau ou nível de ensino, está relacionada a noção social, política, econômica ou ambiental no qual as pessoas são agentes fundamentais. Nessa premissa, levantou-se a imagem escolar como recurso coletivo, considerando algumas percepções dos membros escolares analisadas e traduzidas em mapas. Todavia, a imagem da cidade se torna uma referência singular das perceptivas socioambientais, sendo a escola uma agência espacial com a profundidade urbanística.
3A escola como uma agência espacial sugere uma integração entre agentes envolvidos no desenvolvimento humano, social e ambiental da instituição de ensino. Isto está em consonância a visão gerencial que, assim, recomenda o entendimento orgânico-social dos equipamentos urbanísticos, pois correspondem aos preceitos da gestão democrática e suas relações sustentáveis a partir da organização pública, em especial o empoderamento destes pelos seus conselhos escolares.
4De forma integrada, os oito aspectos são características que se contrastam e se complementam em cada região administrativa. Pode-se afirmar que, as propriedades inerentes à rede municipal das escolas infantis, também são informações fundamentais para o fortalecimento, porque, tanto em conjunto ou isoladamente, confirmam o levantamento do fenômeno espacial integrado com noções ambientais.
5Este artigo está dividido em duas partes. Na primeira aborda-se a espacialização de pontos que são diretamente correlatos as escolas infantis com as leituras que se desdobram em múltiplas dimensões analíticas. Em seguida os resultados das oito condicionantes mostram como cada um representa uma propriedade expressiva do desenvolvimento endógeno em determinada região da cidade e, por fim, faz-se algumas considerações.
O mapeamento das escolas infantis como agência espacial
6A partir dos principais agentes escolares (diretores educacionais), foram coletados os dados nas 58 escolas infantis, distribuídas nas oito regiões administrativas da Secretaria Municipal de Educação - SEMED/Maceió. O auxílio principal das ferramentas de geotecnologias possibilitou a elaboração de mapas temáticos e a espacialização de outros resultados.
7A racionalidade técnica se ajusta ao questionamento do espaço escolar enquanto recurso coletivo, apoiando-se na utilização de informações que foram processadas e organizadas em banco de dados, estruturado em um sistema geográfico de informações. Armazenadas como ilustrações oriundas das informações socioambientais por uma abordagem integrada.
8De acordo com Badiru (2006), as respostas para as sete questões da Healey (2002) são atinentes a construção da imagem do meio físico enquanto recurso coletivo, desde que a síntese sirva para a mobilização coletiva.
9Neste sentido as seguintes questões foram readaptadas de Badiru (2017) como: (i) Onde estão localizadas as escolas? (ii) Onde se encontra a infraestrutura e fronteiras de cada escola? (iii) Quais qualidades existem em cada escola e como as mesmas estão distribuídas em suas fronteiras? (iv) A quem a escola pertence ou quem detém poderes para modelar sua trajetória? (v) Pode uma escola, de fato, ter trajetória? (vi) Como é que podemos abstrair o que a escola é ou o conhecimento do que ela poderá se tornar? (vii) Será que as respostas poderão servir para a mobilização coletiva e para as intervenções estratégicas, considerando os agentes e os sujeitos internos e externos?
10Contribuindo com esta perspectiva, Lynch (2017) nos releva acerca dos estudos e influências sobre as imagens das cidades no contexto urbano a partir do olhar analítico de seus usuários, aqui identificados por Badiru (2017) como agentes.
11Estas questões serviram de base para a formulação de outras inquisições de acordo com as oito condições do checklist apresentadas no Quadro 1.
Quadro 1. Checklist da imagem escolar como recurso coletivo
Fonte: Vanderlan (2018). Adaptada de Badiru (2017).
12A rede municipal de Maceió consiste 58 unidades de escolas infantis que resultaram numa síntese de médias ponderadas relacionadas aos oito condicionantes socioambientais. A média geral dos mesmos varia pela pontuação entre 0,00 à 5,00 registrada em cada unidade de ensino e sintetizadas por Regiões Administrativas (RA), como mostra a Tabela 1.
Tabela 1. Médias gerais totais das regiões administrativas por condicionantes
Fonte: Vanderlan (2018).
13Baseando-se na interpolação dos pontos com o Inverse Distance Weighted – IDW (Ponderação da Distância Invertida) no software ArcGIS, foi gerada a profundidade do espaço derivado de cada condicionante mostrando a imagem da rede municipal de escolas regionalmente distribuídas e processadas no Sistema de Informação Geográfica (SIG). Assim, a localização territorial das escolas não apenas contribuiu para a visualização do sistema regional, mas ao entendimento da realidade das escolas geoprocessadas nas oito regiões pela ponderação IDW, em seu conjunto tipificadas em seis categorias (ver a Tabela 2 e Figura 1).
Tabela 2. Modalidades das Escolas de Educação infantil ofertadas pela SEMED em 2018
Fonte: Vanderlan (2018).
Figura 1. Distribuição espacial das modalidades escolares de Educação Infantil da SEMED
Fonte: Vanderlan (2018).
14Em conformidade com a Figura 2, vale observar a sede da SEMED (número 23), na rede municipal localizada no bairro da Cambona (Latitude: -9.649192°, Longitude: -35.742613°), bem como identificar a Escola Municipal Santo Antônio (Latitude: -9.449357°, Longitude: -35.732392°), afastada do centro, de número 47 da Figura 02 no apêndice da Região Administrativa 6.
Figura 2. Distribuição espacial das escolas infantis pelas oito Regiões Administrativas
Fonte: Vanderlan (2018). Mapa apresenta as oito regiões e respectivas localizações das escolas infantis distribuídas nos bairros de Maceió.
As imagens da rede municipal das escolas infantis de Maceió-AL
15O levantamento das imagens da rede escolar da SEMED consiste em várias unidades de leitura, considerando um conhecimento geral sobre o município de Maceió. A escola enquanto um elemento e dinâmico, foi mapeada como agência espacial pela interação coletiva, por sua vez, dos agentes que corresponderam às oito condicionantes. A relação indissociável entre os aspectos: identidade, localidade, funcionalidade, intensidade, resiliência, potencialidade, personalidade e criticidade, estão em consonância com a visão holística (Badiru, 2017) dos componentes socioambientais, como mostra o Quadro 2.
Quadro 2. Elementos da totalidade: Agência Espacial e Agentes
Fonte: Núcleo Elaborado por Ajibola Isau Badiru, 2017. Por uma exposição simbolica e integrada mostra a relação dos aspectos como componentes naturais de uma unidade espacial.
16Embora o conceito de cada propriedade como a identidade pode ter sua origem na filosofia antiga, utiliza-se este conceito para descrever algo indissociável dos demais, porém diferente a dos outros (Miranda, 2012). No mesmo sentido, a localidade como condicionante diz respeito a leitura acerca do espaço físico locacional (Santos, 2010). No mesmo modo, espacialmente traduzida, a funcionalidade se caracteriza sobre o uso do ambiente em sua capacidade operacional. Planos de informações (PIs) possibilitam a compreensão dos aspectos indissociáveis da representação espacial de natureza complementar na visão holística, como mostra o Quando 02. Todavia, com a superposição de planos os aspectos foram correlacionados entre si sobre o espaço de ensino, gestão, apoio social e estratégia, entre outra modalidade perceptiva (Sampaio; Luz, 2009).
17A Figura 3, mostra a síntese geral dos oito condicionantes registrados com a escala de seis cores, com ponderações e variações entre 0,00 e 5,00 (baixa-alta). Neste caso pelo contraste, a representatividade do menor e maior médias das 58 unidades foi de 2,69 até 3,85. É surpreendente que a Escola Municipal Santo Antônio (RA 6) corresponde a menor, enquanto o CMEI Tobias Granja da RA 7, a maior média ponderada, respectivamente registradas.
Figura 3. Mapa-síntese da Rede Municipal das Escolas Infantis de Maceió em 2018
Fonte: Vanderlan (2018). Revela a amplitude entre 2, 69 e 3,85 da média geral dos oito condicionantes socioambientais.
18Torna-se interessante perceber a totalidade das 58 e saber que 17 infraestruturas (29%) não pertence a SEMED, todavia, as escolas próprias registraram as medias entre (3,23 e 3,85) quanto a 64,6% restante. Por outro lado, a Escola Municipal Santo Antônio obteve a menor média (2,69) enquanto o Núcleo de Desenvolvimento Infantil (NDI) com a maior de 3,69 das infraestruturas não pertencentes.
19A Figura 4, Figura 5, Figura 6 e Figura 7 revelam que o cenário do primeiro conjunto de imagens compostos, respectivamente, por Identidade, Localidade, Funcionalidade, e Intensidade que são primários, quando se observa a agência mostrando seus índices entre as menores e maiores médias, todavia, a Identidade é mais expressiva pela força endógena sobre a rede, pela mensuração geral das 58 agências pelas médias entre 0,00 à 5,00 (baixa-alta).
Figura 4. Mapa Imagem da Identidade Socioambiental da rede municipal das Escolas de Educação Infantil de Maceió
Autoria: Badiru, A. I.; Vanderlan, R. do N.; Elaboração cartográfica: Vanderlan, R. do N.; Silva, G. P. da. (2018).
Figura 5. Mapa Imagem da Localidade Socioambiental da rede municipal das Escolas de Educação Infantil de Maceió
Autoria: Badiru, A. I.; Vanderlan, R. do N.; Elaboração cartográfica: Vanderlan, R. do N.; Silva, G. P. da. (2018).
Figura 6. Mapa Imagem da Funcionalidade Socioambiental da rede municipal das Escolas de Educação Infantil de Maceió
Autoria: Badiru, A. I.; Vanderlan, R. do N.; Elaboração cartográfica: Vanderlan, R. do N.; Silva, G. P. da. (2018).
Figura 7. Mapa Imagem da Intensidade Socioambiental da rede municipal das Escolas de Educação Infantil de Maceió
Autoria: Badiru, A. I.; Vanderlan, R. do N.; Elaboração cartográfica: Vanderlan, R. do N.; Silva, G. P. da. (2018).
20Em primeiro lugar a Identidade destaca-se na 3ª RA (Região Administrativa) com o menor índice de 2,50; exatamente pela questão: Atual nome como recurso coletivo, contrapondo o maior média geral de 4,14 neste condicionante, embora a última também coincidiu com a média encontrada na 8ª RA, como mostra o Tabela 3.
Tabela 3. Resultado das médias por Regiões, considerando a questão do nome atual como recurso coletivo.
Fonte: Vanderlan (2018). Destaque nas Regiões Administrativas 3ª RA e 8ª RA.
21Segundo Vanderlan (2018), a Região Administrativa 3 possui as escolas com maior tempo de fundação (5 décadas), porém, foi a que apresentou o segundo menor coeficiente geral com relação as demais regiões (3,31) e rendimento final de 66,3% de aproveitamento; tendo também o segundo menor conceito geral sobre o condicionante Potencialidade, com média de 2,61; e rendimento de 52,2%, bem como uma das menores notas no que se refere a questão (item) segurança no entorno das escolas .
22Tal situação pode nos revelar que, o caso isolado ocorrido na Região Administrativa 3 não se configura como regra geral, pois, numericamente esta não possui uma representatividade diante do montante de escolas por regiões. Apesar disto, o fato nos leva a confirmar que a questão observada gera forte influência sobre o imaginário da identificação dos seus agentes pela escola, em que a coexistência dos demais aspectos identitários deste condicionante se sobressaíram para elevação da sua imagem enquanto agência de recurso coletivo.
23No geral há uma questão/resposta indicadora que mais representa o conjunto em cada categoria. A exemplo da resposta do indicador Identidade – Atual nome como recurso coletivo; a resposta do indicador Localidade – Livre de tráfego até a escola, a resposta do indicador Funcionalidade – Corredores e a resposta para o indicador Intensidade – Iluminação interna (Vanderlan, 2018). A Intensidade ao qual cada escola se predispõe e exerce está relacionada a amplitude dos conteúdos de objetos ou, elementos traduzidos como magnitude espacial. Trata-se da força material ou imaterial a partir dos elementos organizados para o uso escolar.
24Nesta premissa, a Figura 8, Figura 9, Figura 10 e Figura 11 revelam os resultados do segundo conjunto das propriedades socioambientais mais voltada para os agentes. Percebe-se uma similaridade entre a feição da Resiliência e Criticidade no mapa-síntese, bem como entre Potencialidade e Personalidade. Todavia, a Criticidade revela ser a mais expressiva, quando se observa a imagem da aproximação/distanciamento sobre o relacionamento com a SEMED. É interessante apontar por exemplo neste condicionante a expressividade critica dessa relação pela equipe de gestão do CMEI Nadir Brandão.
25Em sua essência, a condicionante Resiliência representa a capacidade de se de resistir, se adaptar e superar as dificuldades ou fatores desfavoráveis em uma escola. Tal condição nas visões de Brandao; Mahfoud; Gianordoli-Nascimento (2011), está relacionada com riscos ou danos às agências e/ou aos seus agentes, envolvendo uma situação de desvantagem, represálias, defesa, integridade física ou moral, efeitos provocados por elementos internos ou externos, gerando certa resposta a reação, como mostra a Figura 8.
Figura 8. Mapa Imagem da Resiliência Socioambiental da rede municipal das Escolas de Educação Infantil de Maceió
Autoria: Badiru, A. I.; Vanderlan, R. do N.; Elaboração cartográfica: Vanderlan, R. do N.; Silva, G. P. da. (2018).
26No mesmo sentido, a Potencialidade como condicionante representa o sentido em que a escola estabelece materialmente a sua estrutura capacitada de exercer a função organizacional. Assim, o aporte físico é determinante no meio ambiente funcional pelos equipamentos e dimensões adequadas para melhor desempenho. Segundo Vanderlan (2018) se trata de atributos quantificáveis, quanto aos equipamentos e produtos necessários caracterizados como sinergias ativas para a melhoria da imagem e qualidade escolar, como mostra a Figura 9.
Figura 9. Mapa Imagem da Potencialidade Socioambiental da rede municipal das Escolas de Educação Infantil de Maceió
Autoria: Badiru, A. I.; Vanderlan, R. do N.; Elaboração cartográfica: Vanderlan, R. do N.; Silva, G. P. da. (2018).
27A Personalidade, por sua vez, representa as caracterizações dos agentes em função de sua harmonia com o ambiente escolar. Ou seja, o nível das relações existentes, o grau da forma integrada entre outras condições dos agentes em seu espaço escolar.
Figura 10. Mapa Imagem da Personalidade Socioambiental da rede municipal das Escolas de Educação Infantil de Maceió
Autoria: Badiru, A. I.; Vanderlan, R. do N.; Elaboração cartográfica: Vanderlan, R. do N.; Silva, G. P. da. (2018).
28Este condicionando está relacionada com a cooperação dos agentes, entre a comunidade e equipe gestora, entre alunos e funcionários, entre membro no espaço das relações humanas, bem como, a facilidade de integração destes como tomadores de decisões; integração pessoal à serviço da dinâmica educacional pelos interesses coletivos.
29De acordo com Stein (1999) a essência da personalidade é evidenciada por aspectos qualitativos da formação pessoal, tendo o sentido de autenticidade, que o torna um ser notório. No entanto, a Criticidade representa a autoconsciência do agente enquanto um modelador do próprio espaço, enquanto detentor de pensamento crítico, como mostra a Figura a seguir
Figura 11. Mapa Imagem da Criticidade Socioambiental da rede municipal das Escolas de Educação Infantil de Maceió
Autoria: Badiru, A. I.; Vanderlan, R. do N.; Elaboração cartográfica: Vanderlan, R. do N.; Silva, G. P. da. (2018).
30Esta propriedade está relacionada à questões basilares sobre a percepção da trajetória escolar e, como de fato, se pode observar o que a escola é ou pode se tornar. Segundo a argumentação de Raths et al (1977), a criticidade pode ser entendida como um conjunto de valores, em que uma integrada racionalização se cogita, sendo avaliações de padrões e relações derivadas para a tentativa de compreensão/ação integrada.
31Corroborando ainda com os estudos acerca da criticidade, Silva (2003) nos explica ainda que para a elaboração de um pensamento crítico, torna-se premissa a padronização de critérios que, exija uma autocorreção e sensibilidade do sujeito sobre o contexto local, padrões que não afetem o julgamento, quando se tenha o sentido orientado sobre os fatos.
32Na ponderação geral da pesquisa, a maior pontuação positiva ficou destacada pelo CMEI Tobias Granja (Latitude: -9.567814°, Longitude: -35.782250°), alocada na Região Administrativa 7, com a nota 3,85; gerando um rendimento de 77,0%. A Tobias destacou-se ainda por receber as maiores notas em dois condicionantes, a Potencialidade, com média 4,00; gerando um rendimento de 80,0%, e Criticidade, com média 4,50; gerando um rendimento final de 90,0% de aproveitamento.
33A Figura 12, ilustra a imagem do CMEI Tobias Granja pela pista de entrada pode-se imaginar sua infraestrutura estruturada como um equipamento embelezado com arvores, iluminação, pintura e outras melhorias das gestões como a maioria das escolas infantis da rede pública localizada na zona urbana de Maceió.
34Por outro lado, a Figura 13 mostra a única escola na zona rural, Escola Estadual Santo Antônio. Embora esta apresentar o menor coeficiente de rendimento entre todas as agências e com afastamento a cerca de 31km por raio físico da sede, também apresenta muro, pintura, bandeira escolar oficial entre outras características notórias, assim como sua fachada escolar, sendo um espaço razoável pela oferta de educação infantil.
35Em síntese, todos os oito condicionantes apresentados são planos de informações valiosas não apenas para a representações de uma imagem socioambiental instalada, mas para o entendimento das propriedades indissociáveis para uma visão holística, tão necessária na democratização da gestão pública em toda a rede municipal de ensino em Maceió.
Considerações finais
36Esta pesquisa fez uso de abordagem holística enquanto conteúdo estratégico sobre a gestão escolar e seus agentes. Tal visibilidade da percepção do ambiente escolar/urbano pode contribuir imensamente para o desempenho das escolas a partir de um desenvolvimento educacional mais ajustado a realidade específica.
37Com auxílio do georreferenciamento e aporte teórico razoável é possível explorar a rede escolar em diferentes temáticas sobre o qual a forma integrada com imagens especificas são fundamentais para a gestão municipal. A partir dos oito aspectos socioambientais pode-se notar que a rede municipal das escolas infantis, são equipamentos de sensíveis manejo e gestão, envolvendo série de questões ainda a serem levantadas.
38A imagem da rede escolar por suas Regiões Administrativas (RA), comprova que todas as escolas apresentaram um rendimento acima da mediada de 2,50; o que nos leva a acreditar que existe certo equilíbrio notório nas suas unidades de ensino das oito Regiões Administrativas da rede. Ressalta-se que algumas unidades possuem elevadas mensurações em alguns dos condicionantes.
39A Região Administrativa (RA) 4 apresentou o menor coeficiente geral de rendimento de aproveitamento (3,26). Do mesmo modo, as demais regiões seguem com a sua média mais elevada no condicionante Identidade (3,95). Todavia, a menor média identificada entre os condicionantes (2,78) foi a Personalidade escolar. Já a Região Administrativa com maior média geral dentre todas analisadas foi a RA 8, compondo a média aritmética de 3,94 (78,7%), com maior desenvolvimento no condicionante Identidade (4,14), e menor em Localidade (3,07).
40Contudo, em vista à melhoria dos condicionantes socioambientais, tais resultados não afasta a necessidade de um olhar estratégico que busque potencializar os rendimentos das escolas de menores rendimentos, independentemente da aquisição média por conceitos dentro dos níveis admissíveis.
41Desta maneira foi interessante observar que o condicionante Identidade está diretamente consistente nos resultados obtidos de: (i) padronização estrutural da fachada, (ii) pertencimento pelo valor histórico da comunidade, bem como, (iii) representatividade de cada gestor escolar. Neste sentido, a contribuição positiva destes itens justifica a elevação do valor imagético. Todavia, a questão “Atual nome como recurso coletivo”, destacou-se na identidade como de fundamental importância pela sua representatividade coletiva estável entre as agências (escolas), sendo o mesmo o item central de equilíbrio entre todas as escolas em suas respectivas regiões. Este condicionante por obter o melhor rendimento entre os demais, foi ainda o responsável pela elevação do resultado total, tanto pelas ponderações individuais das agências, como pelas suas Regiões Administrativas através da rede municipal integrada.
42No entanto, a Criticidade, foi evidenciada a acerca dos aspectos centrais da imaginação, visão e ação dos seus principais agentes: os diretores escolares. Eles são responsáveis por integrar um olhar crítico sobre as percepções sociais e ambientais. A criticidade é norteadora, em si, para a harmonia entre os aspectos observados no geral.
43Os esforços de gestão educacional são necessários para encorajar novas “releituras das escolas”, bem como, usar de processos para articular transformações evidentes e significativas. Visto que as aferições dos dados indicaram uma estruturação organizacional dessas escolas ao se apresentarem enquanto agências espaciais de recursos coletivos. Assim, a leitura objetiva das escolas pode apoiar o monitoramento por uma gestão estratégica, considerando a realidade dos seus agentes. Neste contexto, a utilização metodológica do ArcGIS foi essencial para a formulação dos mapas-sínteses que serviram de recurso coletivo.
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Table des illustrations
Titre | Quadro 1. Checklist da imagem escolar como recurso coletivo |
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Crédits | Fonte: Vanderlan (2018). Adaptada de Badiru (2017). |
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Titre | Tabela 1. Médias gerais totais das regiões administrativas por condicionantes |
Crédits | Fonte: Vanderlan (2018). |
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Titre | Tabela 2. Modalidades das Escolas de Educação infantil ofertadas pela SEMED em 2018 |
Crédits | Fonte: Vanderlan (2018). |
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Titre | Figura 1. Distribuição espacial das modalidades escolares de Educação Infantil da SEMED |
Crédits | Fonte: Vanderlan (2018). |
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Titre | Figura 2. Distribuição espacial das escolas infantis pelas oito Regiões Administrativas |
Crédits | Fonte: Vanderlan (2018). Mapa apresenta as oito regiões e respectivas localizações das escolas infantis distribuídas nos bairros de Maceió. |
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Titre | Quadro 2. Elementos da totalidade: Agência Espacial e Agentes |
Crédits | Fonte: Núcleo Elaborado por Ajibola Isau Badiru, 2017. Por uma exposição simbolica e integrada mostra a relação dos aspectos como componentes naturais de uma unidade espacial. |
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Titre | Figura 3. Mapa-síntese da Rede Municipal das Escolas Infantis de Maceió em 2018 |
Crédits | Fonte: Vanderlan (2018). Revela a amplitude entre 2, 69 e 3,85 da média geral dos oito condicionantes socioambientais. |
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Titre | Figura 4. Mapa Imagem da Identidade Socioambiental da rede municipal das Escolas de Educação Infantil de Maceió |
Crédits | Autoria: Badiru, A. I.; Vanderlan, R. do N.; Elaboração cartográfica: Vanderlan, R. do N.; Silva, G. P. da. (2018). |
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Titre | Figura 5. Mapa Imagem da Localidade Socioambiental da rede municipal das Escolas de Educação Infantil de Maceió |
Crédits | Autoria: Badiru, A. I.; Vanderlan, R. do N.; Elaboração cartográfica: Vanderlan, R. do N.; Silva, G. P. da. (2018). |
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Titre | Figura 6. Mapa Imagem da Funcionalidade Socioambiental da rede municipal das Escolas de Educação Infantil de Maceió |
Crédits | Autoria: Badiru, A. I.; Vanderlan, R. do N.; Elaboração cartográfica: Vanderlan, R. do N.; Silva, G. P. da. (2018). |
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Titre | Figura 7. Mapa Imagem da Intensidade Socioambiental da rede municipal das Escolas de Educação Infantil de Maceió |
Crédits | Autoria: Badiru, A. I.; Vanderlan, R. do N.; Elaboração cartográfica: Vanderlan, R. do N.; Silva, G. P. da. (2018). |
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Fichier | image/png, 710k |
Titre | Tabela 3. Resultado das médias por Regiões, considerando a questão do nome atual como recurso coletivo. |
Crédits | Fonte: Vanderlan (2018). Destaque nas Regiões Administrativas 3ª RA e 8ª RA. |
URL | http://0-journals-openedition-org.catalogue.libraries.london.ac.uk/confins/docannexe/image/22012/img-12.png |
Fichier | image/png, 6,0k |
Titre | Figura 8. Mapa Imagem da Resiliência Socioambiental da rede municipal das Escolas de Educação Infantil de Maceió |
Crédits | Autoria: Badiru, A. I.; Vanderlan, R. do N.; Elaboração cartográfica: Vanderlan, R. do N.; Silva, G. P. da. (2018). |
URL | http://0-journals-openedition-org.catalogue.libraries.london.ac.uk/confins/docannexe/image/22012/img-13.png |
Fichier | image/png, 694k |
Titre | Figura 9. Mapa Imagem da Potencialidade Socioambiental da rede municipal das Escolas de Educação Infantil de Maceió |
Crédits | Autoria: Badiru, A. I.; Vanderlan, R. do N.; Elaboração cartográfica: Vanderlan, R. do N.; Silva, G. P. da. (2018). |
URL | http://0-journals-openedition-org.catalogue.libraries.london.ac.uk/confins/docannexe/image/22012/img-14.png |
Fichier | image/png, 649k |
Titre | Figura 10. Mapa Imagem da Personalidade Socioambiental da rede municipal das Escolas de Educação Infantil de Maceió |
Crédits | Autoria: Badiru, A. I.; Vanderlan, R. do N.; Elaboração cartográfica: Vanderlan, R. do N.; Silva, G. P. da. (2018). |
URL | http://0-journals-openedition-org.catalogue.libraries.london.ac.uk/confins/docannexe/image/22012/img-15.png |
Fichier | image/png, 657k |
Titre | Figura 11. Mapa Imagem da Criticidade Socioambiental da rede municipal das Escolas de Educação Infantil de Maceió |
Crédits | Autoria: Badiru, A. I.; Vanderlan, R. do N.; Elaboração cartográfica: Vanderlan, R. do N.; Silva, G. P. da. (2018). |
URL | http://0-journals-openedition-org.catalogue.libraries.london.ac.uk/confins/docannexe/image/22012/img-16.png |
Fichier | image/png, 635k |
Titre | Figura 12. Fotografia da entrada do CMEI Tobias Granja |
Crédits | Fonte: Vanderlan (2018). |
URL | http://0-journals-openedition-org.catalogue.libraries.london.ac.uk/confins/docannexe/image/22012/img-17.jpg |
Fichier | image/jpeg, 147k |
Titre | Figura 13. Fotografia da fachada da Escola Municipal Santo Antônio |
Crédits | Fonte: Vanderlan (2018). |
URL | http://0-journals-openedition-org.catalogue.libraries.london.ac.uk/confins/docannexe/image/22012/img-18.jpg |
Fichier | image/jpeg, 184k |
Pour citer cet article
Référence électronique
Rodrigo Vanderlan Nascimento, Júlia Cristina Soares Rodrigues, Pedro Henrique Simonard, Jesana Batista Pereira et Ajibola Isau Badiru, « Mapeamento das Escolas Infantis da Rede Municipal de Maceió para recurso coletivo », Confins [En ligne], 41 | 2019, mis en ligne le 15 septembre 2019, consulté le 01 décembre 2024. URL : http://0-journals-openedition-org.catalogue.libraries.london.ac.uk/confins/22012 ; DOI : https://0-doi-org.catalogue.libraries.london.ac.uk/10.4000/confins.22012
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