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Vulnerabilidade socioambiental à inundação na área urbana de londrina – PR

Vulnérabilité socio-environnementale aux inondations dans la zone urbaine de Londrina - PR
Social-environmental vulnerability to floods in urban areas of Londrina city – PR
Mirian Vizintim Fernandes Barros, Crislaine Mendes et Paulo Henrique Marques de Castro

Résumés

L'utilisation d'indices pour la caractérisation de multiples paramètres socio-économiques environnementaux est de plus en plus fréquente de nos jours. Parmi ces indices figurent ceux qui calculent la vulnérabilité de l'environnement. Le concept de vulnérabilité et les facteurs qui le constituent ne sont pas complètement encore identifiables, bien qu'ils constituent un paramètre essentiel dans, par exemple, l'estimation du risque.

La vulnérabilité concerne la présence du risque, et aussi la capacité des individus ou des groupes à atténuer des dommages différents et à être plus ou moins vulnérables selon les conditions de risque et de la confrontation. Cette recherche présente une méthodologie pour évaluer la vulnérabilité sociale des infrastructures et de l'environnement face au risque d'inondation de la zone urbaine de Londrina (PR).

La méthodologie utilisée pour les calculs de la vulnérabilité a été adaptée à partir de Mendes (2013), en utilisant le recensement IBGE de 2010 et le secteur de recensement comme unité d'analyse, comme étant la plus petite unité territoriale ayant des limites physiques identifiables sur le terrainpour les enquêtes sur la population.

Pour le calcul des indices de vulnérabilité sociale et de d'infrastructure ont été sélectionnés 36 variables reclassées, puis 13 variables synthétiques, réparties en six indicateurs thématiques (éducation, revenu et structure d'âge, eaux usées, réseau de drainage des eaux de pluie, conditions de logement). La valeur des indicateurs est la somme entre les variables synthétiques. Ainsi, pour chaque secteur de recensement, six indicateurs spécifiques ont été générés et ont été calibrés.

L'indice de vulnérabilité environnementale - IVAMB a été calculé à partir des variables suivantes : pente, sol et la zone riveraine des APP forestières, à savoir les 30m requis par la loi. La cartographie de chacune de ces variables a été extrapolée à tout le secteur de recensement afin de pouvoir plus tard arriver de croiser les données. Le croisement avec les données d'utilisation des terres donne l'indice de fragilité potentielle. Des indices de vulnérabilité sociale, d'infrastructures et de fragilité potentielle découle l'indice de vulnérabilité environnementale.

Par l'utilisation des outils de SIG, logiciel ArcGIS 9.3, des cartes multidimensionnelles ont été établies, visant à caractériser et comprendre l'organisation de l'espace des vulnérabilités, mettant en évidence les différences entre les secteurs pour l'accès aux services publics et aux infrastructures urbaines.

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Texte intégral

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Crédits : Hervé Théry

1O aumento na frequência de eventos naturais extremos no mundo, no Brasil e também no Estado do Paraná, tem afetado negativamente um número cada vez maior de pessoas, causando grandes prejuízos e expondo a vulnerabilidade da sociedade em relação a estes eventos, reforçando em parte, a tese de que a severidade de um evento é diretamente proporcional à vulnerabilidade de um determinado lugar ou de uma determinada população.

2Nos últimos anos, o Brasil tem figurado entre os países mais afetados por desastres naturais, sendo que em 2008, ocupou a 13ª posição dos países mais afetados por eventos naturais extremos, desbancando a tese de que o país está livre destas catástrofes. Estes eventos, principalmente relacionados às enchentes e aos desabamentos, têm trazido grandes prejuízos, notadamente para a população mais vulnerável, ou seja, a de menor poder aquisitivo e, por isto, com poucas chances de escolher locais mais seguros para viver. Só em 2011 foram pelo menos mil pessoas mortas e em torno de quinze bilhões de reais em prejuízos.

3No Paraná, especificamente no litoral, ocorreram em março de 2011, chuvas concentradas que resultaram em inundações e deslizamentos nos municípios de Antonina, Morretes, Guaratuba e Paranaguá. Foram registradas três mortes e 221 feridos, além de mais de dois mil desabrigados e centenas de casas destruídas. Os danos materiais ocasionaram prejuízos de mais de 100 milhões de reais, devido a destruições e avarias em pontes, ruas, estradas, casas, além das perdas agrícolas (PARANÁ, 2011).

4Em 2011, as chuvas de outono e, em 2012, as chuvas de inverno, em quantidades muito superiores à média, trouxeram grandes prejuízos a várias cidades paranaenses. Em Londrina, em um único dia (20/06/2012) choveu 109 mm, metade do acumulado no mês (205 mm), o que colocou a cidade em estado de alerta. Houve estragos em pontes e alagamentos em vários pontos da cidade, e transbordamento do Lago Igapó, prejuízos que se repetiram em 2013 com alagamentos em vários lugares na cidade (JORNAL DE LONDRINA, 2013).

5Dentre os eventos extremos urbanos, pode-se destacar a inundação, que tem suas origens calcadas em situações que interagem, entre elas, a ocorrência de eventos naturais extremos, notadamente chuvas e ventos intensos, e a ocupação de áreas ambientalmente impróprias, como terrenos naturalmente inundáveis. Ao último, somam-se outros fatores como os desmatamentos, a urbanização que inclui a impermeabilização do solo e as interferências nos sistemas de drenagem.

6Os eventos naturais extremos foram tema das Sete Questões Críticas da Rio+20, pois podem ter impactos devastadores sobre as pessoas, os ambientes e as economias. A vulnerabilidade das comunidades e das sociedades para desastres causados por perigos naturais está intimamente e inversamente relacionada ao nível de desenvolvimento social e econômico. Uma gestão eficiente destes eventos tem sido reconhecida como uma ação que merece maior atenção na agenda de desenvolvimento sustentável. A resiliência, ou seja, a capacidade de pessoas e lugares para resistir a estes impactos e se recuperar rapidamente, também foi discutida por ser considerada uma medida, em parte, possível.

7A avaliação de riscos quer de ordem natural, tecnológica ou mista e da escala geográfica tem ganhado importância nas agendas políticas e nas práticas de ordenamento do território nas diferentes escalas de análise, pois são importantes instrumentos, não só para planejamento de ações de socorro e emergência perante desastres e catástrofes, mas também, para a sua prevenção e mitigação, ou seja, para a sua gestão.

8As cidades, normalmente, são as mais afetadas especialmente por inundações, enchentes e deslizamentos. A abordagem da vulnerabilidade socioambiental é apropriada, pois visa identificar as diferentes suscetibilidades sociais perante eventos ambientais desastrosos. Muito embora as inundações sejam fenômenos naturais, as mudanças nas formas de uso e ocupação nas cidades, com impermeabilização do solo e a retilinização de canais fluviais, incrementam esses fenômenos que se tornam potencialmente mais perigosos.

9Estimar e mapear o lugar de moradia da população mais vulnerável permite definir lugares de maior vulnerabilidade social, sendo que o cruzamento destas informações permite a visualização do mapa de risco socioambiental ou, ainda, do índice de Vulnerabilidade Socioambiental.

10Considerando as especificidades do conceito de Vulnerabilidade Socioambiental, esta pesquisa teve como objetivo mapear a Vulnerabilidade Social, de Infraestrutura e Ambiental aos riscos de inundações para a área urbana de Londrina.

  • 1 Este trabalho é parte do Pós-doc da autora principal realizado na UNESP Campus Presidente Prudente. (...)

11A cidade de Londrina, localizada no norte do estado do Paraná, teve seu núcleo urbano planejado em 1929, tendo seu crescimento alicerçado na economia regional cafeeira. Em 2010 sua população se aproximava dos 500 mil habitantes, com taxa de crescimento de 13,34%, entre os anos de 2000 e 2010, segundo dados do IBGE. Ainda que apresente índices e taxas que demostram sua importância, no que se refere ao desenvolvimento econômico e social, há também disparidades intraurbanas, o que coloca parte de sua população exposta a riscos. Identificar estas áreas é importante para as práticas de ordenamento do território e gestão na prevenção e mitigação aos possíveis danos1.

Natureza e sociedade no estudo de riscos – aspectos conceituais e metodológicos

12O risco pode ser considerado como uma categoria de análise relacionada às ideias de incerteza, exposição ao perigo, perda e prejuízos materiais, econômicos e humanos, devido a:

“[...] processos de ordem “natural” (tais como os processos exógenos e endógenos da Terra) e/ou daqueles associados ao trabalho e às relações humanas. O risco (lato sensu) refere-se, portanto, à probabilidade de ocorrência de processos no tempo e no espaço, não constantes e não determinados, e à maneira como estes processos afetam (direta ou indiretamente) a vida humana” (CASTRO; PEIXOTO; PIRES DO RIO, 2005, p.12).

13Segundo sua origem, o risco pode ser classificado nas categorias de: tecnológico, relacionado aos processos produtivos e da atividade agrícola, científica e industrial; natural ligado aos processos e eventos de origem natural ou induzido por atividades humanas (conotação ambiental ou socioambiental); e, social fruto das atividades humanas, incluídos aí os econômicos, militares e os relacionados à saúde, (ESTEVES, 2011).

14É importante que a avaliação e/ou mapeamento de risco no gerenciamento de desastres considere, não apenas a análise do perigo (evento natural), mas também, a vulnerabilidade (fatores socioambientais) da população em questão.

15A vulnerabilidade aplica-se ao grau de susceptibilidade ou de risco a que está exposta uma população a sofrer danos por um desastre natural. Este termo é amplo e, ainda, apresenta divergências em sua definição. Para Pelling (2003) a vulnerabilidade está associada à exposição ao risco e à incapacidade de evitar ou absorver danos em potencial, e, classifica-a em física (relacionada às construções), social (relacionada ao sistema social, econômico e político) e humana (união entre a física e a social). Corroborando com esta tipologia Koeler et al. (2004), a associa a quatro fatores, a saber: físico, ambiental, econômico e social os quais se subdividem em diversas categorias.

16Mais enxuta é a tipologia defendida pelo National Research Council (2006) que indica dois principais tipos de vulnerabilidade: física e social. A física representa as ameaças às estruturas físicas e infraestruturas, ao meio ambiente e aos prejuízos na economia. A social representa as ameaças ao bem-estar/normalidade da população, como mortes, ferimentos, necessidade de atendimento médico e os impactos no funcionamento e na normalidade do sistema social devido à ocorrência de um desastre.

17Corroboramos com Barroca et (2006) que as inúmeras definições de vulnerabilidade estão explicitadas pelos seus aspectos específicos e, dependem do tipo de estudo, da análise e do resultado requerido, do tipo de perigo (fenômeno natural), da escala temporal e espacial e, também, das especificidades do local de estudo.

18Por ser o mapa um instrumento de comunicação eficiente para expressar, manipular e analisar ideias, formas e relações que ocorrem no espaço, Loch (2006) enfatiza que este deve ser considerado como ferramenta importante na tomada de decisões. Especificamente o mapeamento de áreas de risco colabora na elaboração de medidas preventivas, no planejamento de situações de emergência e para estabelecer ações conjuntas entre a comunidade e o poder público com o intuito de promover a defesa permanente contra os eventos naturais extremos. Estas afirmações incentivaram o desenvolvimento desta pesquisa, que utiliza o mapeamento temático para identificar desde as áreas habitadas mais vulneráveis, aos eventos de enchentes e inundações.

19A utilização de indicadores e índices nas diversas áreas de interesse tem proporcionado controvérsias, em virtude das simplificações que são efetuadas na aplicação destas metodologias. Cada ferramenta de avaliação possui suas particularidades com relação à agregação de dados que são hierarquizados segundo Shields et al (2002) em dados primários ou desagregados, dados agregados, sub-indicadores, indicadores, sub-índices e índices.

20Segundo Mitchell (1996), indicador é uma ferramenta que permite a obtenção de informações sobre uma dada realidade. O indicador pode ser compreendido, também, como um parâmetro selecionado e considerado isoladamente ou em combinação com outros para refletir sobre as condições do sistema em análise. Normalmente um indicador é utilizado como um pré-tratamento aos dados originais.

21Em uma análise superficial, índice e indicador possuem o mesmo significado, mas a diferença se assenta “em que um índice é o valor agregado final de todo um procedimento de cálculo onde se utilizam, inclusive, indicadores como variáveis que o compõem”, (Siche et al. 2007). Para Khanna (2000), uma forma fácil de diferenciá-los é considerar um índice como um indicador de alta categoria e que este pode se transformar num componente de outro índice.

22A necessidade de estabelecer índices e indicadores passa pela prerrogativa de que estes são parâmetros baseados em princípios técnicos importantes para o ordenamento do território. Preocupação esta destacada, por exemplo, na Conferência Mundial sobre o Meio Ambiente no Rio de Janeiro em 1992, que estabeleceu a necessidade de elaborar indicadores de desenvolvimento sustentável para a tomada de decisão. A definição de padrões sustentáveis de desenvolvimento que considere, mensure e avalie o sistema em estudo em seus aspectos ambientais, econômicos, sociais, éticos e culturais.

Risco e Vulnerabilidade

23O aumento da vulnerabilidade dos indivíduos e das comunidades frente às catástrofes naturais associa-se muito mais ao uso indevido do solo, do que com um aumento efetivo da frequência ou da magnitude dos processos perigosos. Existem controvérsias a respeito desta afirmação, porém independentemente da concordância ou não, o que não se pode negar é a importância fundamental do estudo que busca inventariar, compreender seu funcionamento e construir modelos.

24Para Cunha e Leal (2011) o estudo de riscos naturais, que visam o ordenamento do território, deve envolver o estudo da probabilidade temporal (probabilidade) e espacial (suscetibilidade) de ocorrência dos fenômenos perigosos, e o estudo da vulnerabilidade das comunidades potencialmente afetadas por esses fenômenos.

25Neste contexto, ao integrar o estudo da Natureza e da Sociedade nas suas componentes territoriais, é a Geografia a ciência com propriedades para tal.

“A Geografia Física revela-se um importante instrumento em termos de ordenamento do território na área dos riscos naturais, em diferentes escalas que vão do nacional ao local, ao contribuir para uma caracterização, interpretação e gestão dos processos perigosos e ameaçadores da sociedade, tornando-se, assim, uma ciência natural com forte utilidade social. Por seu turno, a Geografia Humana, ao estudar os modos de implantação e a dinâmica socioeconômica dos territórios, permite a avaliação da vulnerabilidade de populações e territórios, a qual depende decisivamente do tipo de processos naturais perigosos em questão, ou seja, corresponde a uma ciência social claramente dependente dos valores e modos de funcionamento dos sistemas naturais” (CUNHA e LEAL, 2011, p.2).

26Para Cannon et al. (2003), a vulnerabilidade social é uma configuração complexa de características que incluem bem-estar pessoal, meios de subsistência, resistência a eventos adversos, autoproteção e redes políticas, sociais e institucionais. Pode estar associada ao nível de bem-estar de indivíduos, comunidades e da sociedade, o que inclui inúmeros fatores. Para Hill e Cutter (2001), associam-se às características demográficas de diferentes grupos sociais que os fazem mais ou menos susceptíveis aos impactos negativos de um evento extremo e pode ser estudada a partir de dois princípios: a) identificando as condições que fazem pessoas ou locais vulneráveis a perigos naturais; b) assumindo que a vulnerabilidade é uma condição social. Neste sentido, as características que fazem uma sociedade, localidade ou mesmo uma única residência mais ou menos vulneráveis são reflexos de decisões e/ou condições sociais.

27Goerl, Kobiyama e Pellerin (2011) destacam que a vulnerabilidade social não difere conceitualmente da geral

“[...] e pode em muitos aspectos ser vista como sinônimos. Determinando a vulnerabilidade através de características sociais estar-se-á ao mesmo tempo inferindo, de maneira indireta, as demais vulnerabilidades. Além disso, fatores como renda e instrução também são utilizados com indicadores da vulnerabilidade social, ou seja, ela não trata apenas de fatores demográficos” (Goerl, Kobiyama e Pellerin, 2011, p. 209).

28Conforme Schmidt-Thomé e Jarva (2004), ainda, não existem consenso entre os pesquisadores sobre quais variáveis deveriam ser utilizadas para mensurar a vulnerabilidade social, sendo comumente utilizado o status socioeconômico, idade, raça e gênero.

Metodologias utilizadas no estudo da vulnerabilidade

29A utilização de índices para a caracterização de múltiplos parâmetros socioeconômicos ambientais tem sido cada vez mais frequente na atualidade. Entre os inúmeros trabalhos que utilizam o índice como uma ferramenta de análise, tem-se Polidoro, Takeda e Barros (2009) sobre índice de carência habitacional; Barros e Polidoro (2012) sobre diversos índices na definição de uma região metropolitana; Rocha (2013) no estudo do crescimento econômico de uma região de fronteira; Théry, Mello, Hato e Girardi (2013) na produção do Atlas do Trabalho Escravo no Brasil, com a proposição dos índices de probabilidade de escravidão e de vulnerabilidade à escravidão, e de Goerl, Kobiyama e Pellerin (2011) quando do estudo do município de Rio Negrinho – Santa Catarina e Mendes (2013).

30Para o cálculo do Índice de Vulnerabilidade Socioambiental, adotou-se e adaptou-se a metodologia proposta por Mendes (2013).

31Para o cálculo dos Índices de Vulnerabilidade Social – IVS e de Infraestrutura – IVIF, foram selecionadas 36 variáveis, denominadas de variáveis de origem, que somadas resultaram em 13 variáveis sintéticas, distribuídas entre seis indicadores temáticos (educação, renda e estrutura etária, esgotamento sanitário, rede de drenagem pluvial, condições da habitação).

32O valor dos indicadores foi o resultado da soma entre as variáveis sintéticas. Dessa forma, para cada setor censitário, foram gerados seis indicadores específicos (Iedu, Iren, Ieta, Iesg, Idre, Ihab).

33Para cada setor foram calculados índices escalonados calculados de acordo com a proposição de Morato (2008), que utilizou em sua pesquisa a mesma metodologia do PNUD para o cálculo do IDH. Dessa forma, o valor de cada índice é igual ao quociente entre o valor observado e o mínimo possível e a diferença entre os limites máximos e os mínimos possíveis.

A média dos índices escalonados de educação, renda e estrutura etária resultou no Índice de Vulnerabilidade Social (IVS), e os de esgotamento sanitário, rede de drenagem pluvial e condições de habitação formaram o Índice de Vulnerabilidade de Infraestrutura (IVIF).

34Assim como no cálculo final do IVS o Índice - IVIF foi agrupado em quatro classes, definidas pelo desvio quartílico, objetivando a comparação dos dois índices em termos qualitativos, isto é, comparação entre as classes de ocorrência de cada setor para cada índice.

35O Índice de Vulnerabilidade Ambiental - IVAMB foi calculado a partir das variáveis: Declividade, Solo e Área de APP de Mata Ciliar, ou seja, os 30m exigidos por lei. A unidade cartográfica foi o setor censitário do IBGE, ou seja, após a cartografia de cada uma destas variáveis, a informação foi extrapolada para o setor censitário, para que, posteriormente, pudesse ocorrer o cruzamento dos dados.

36A declividade foi calculada a partir da imagem SRTM disponibilizada pela EMBRAPA em seu site, com os intervalos de classe de 6% a maior que 30%, sendo que as áreas menos declivosas foram consideradas mais frágeis, ou seja, maior a possibilidade da área ser inundada. Com a sobreposição do shapefile dos setores censitários ao raster da declividade, foram obtidas as classes de fragilidade de cada setor.

37Para as áreas próximas aos corpos hídricos, mais susceptíveis à inundação, foi gerado um buffer de 30 metros ao longo dos rios, e realizado o cálculo de área em m2 de APP. Como as áreas dos setores são de diferentes tamanhos, foi utilizada a sua área para relativizar os dados obtidos, tendo como resultado a Carta de Fragilidade, segundo a APP de fundo de vale. Os resultados foram inseridos na tabela de atributos do Shapefile setores censitários.

38As classes de solo foram determinadas de acordo com a sua permeabilidade, sendo os solos mais permeáveis considerados menos frágeis. Para tanto, utilizando a carta de solos do Paraná, disponibilizadas pelo ITCG, com o auxílio da ferramenta clip no ArcGis foram definidas as classes de fragilidade-solo de cada setor, e posterior inclusão dos resultados na tabela de atributos.

39Com base nas variáveis, Declividade, Solo e APP, definiram-se as classes de Fragilidade Ambiental Potencial, conforme combinação numérica inserida na Matriz de Fragilidade Ambiental Potencial (Tabela 04).

40Na sequência foi gerado o Shapefile de Uso e Ocupação do Solo, utilizando a imagem Landsat 5, do ano de 2011. Por meio da classificação supervisionada, foram definidas as classes de uso e ocupação do solo. Estas classes foram adotadas de acordo com a sua interferência negativa no processo de escoamento superficial, o que favorece a inundação. Assim, quanto maior a interferência no escoamento, maior à fragilidade do ambiente.

41A partir dos valores de Fragilidade Ambiental Potencial e de Uso e Ocupação do Solo foi estabelecida, de acordo com a combinação numérica, a classe de Fragilidade Emergente. Os códigos de resultados da Fragilidade Ambiental Emergente foram inseridos na tabela de atributos do shapefile setores censitários, como IVAMB – Índice de Vulnerabilidade Ambiental. O cruzamento dos índices de Vulnerabilidade Social, de Infraestrutura e Ambiental, resultaram no Índice de Vulnerabilidade Socioambiental.

Suscetibilidade à ocorrência de desastres naturais e vulnerabilidade socioambiental na área urbana de londrina

42Analisando os acidentes naturais e antrópicos e suas correlações sociodemográficas no Estado do Paraná, entre 2000 a 2007, Ultramari, Rezende e Firmino (2008) apontam uma média de quatro ocorrências adversas por município ao ano. Em número de pessoas afetadas foram dois milhões, sendo que 876 mil pessoas afetadas por estiagem, 619 mil por vendavais, 177 mil por enxurradas e, 161 mil em decorrências de erosão.

43As inundações são fenômenos provocados pelo incremento no volume de precipitação e, consequente transbordamento do corpo hídrico. Segundo sua magnitude, as inundações são classificadas como excepcionais, de grande magnitude, normais ou regulares, e de pequena magnitude (Tabela 01). De acordo com sua evolução classificam-se em enchentes ou inundações graduais, enxurradas ou inundações bruscas, alagamentos e inundações litorâneas provocadas pela brusca invasão do mar (BRASIL, 2003, p.40).

Tabela 01 – Tipologia de Inundações

Tabela 01 – Tipologia de Inundações

44Para as populações que habitam áreas consideradas como o leito maior dos rios, as chuvas intensas e concentradas são agravantes em situações de risco. O processo de urbanização provoca alterações na dinâmica hídrica, devido principalmente à impermeabilização do solo e ao aumento no volume e velocidade do escoamento superficial. Nas áreas urbanas a impermeabilização é recorrente e impede a infiltração gradual, acarretando o escoamento rápido e de grande carga. O aumento no volume de precipitação associado ao escoamento pluvial pode causar inundações.

Pode-se afirmar então que o risco de inundações, entre outros, está associado à ocupação de planícies inundáveis. Quando as populações utilizam esses espaços, para moradia temporária ou permanente, estão ocupando áreas que, naturalmente, estão sujeitas a enchentes.

45Essas áreas em geral, pertencem ao poder público e são ocupadas por populações de baixa renda, sem alternativas diante do mercado imobiliário. Muitas vezes os Planos Diretores Municipais não restringem o uso dos locais com risco de inundação, em outros casos quando o zoneamento proposto é restritivo, há o desrespeito e as várzeas acabam sendo loteadas.

46Entre 1980 e 2012, dos eventos registrados pela Defesa Civil do Estado do Paraná para Londrina, 39 estão relacionados às enxurradas, alagamentos, escorregamentos/deslizamentos e vendavais/tempestades, os quais estão diretamente ligados ao objeto de estudo. Desses eventos, 33 foram Vendavais/Tempestades os quais atingiram mais de 17 mil pessoas. As enxurradas em apenas três ocorrências atingiram a mais de 100 mil pessoas, ou seja, quase 86% do total das pessoas atingidas (Tabela 02). A relação número de ocorrências versus pessoas atingidas demonstra a severidade do evento e a necessidade de medidas mitigadoras, com construções mais resistentes, no caso específico de vendavais.

Tabela 02: Número de Ocorrências e Pessoas Atingidas por Eventos Extremos em Londrina entre 1980 e 2012

Tabela 02: Número de Ocorrências e Pessoas Atingidas por Eventos Extremos em Londrina entre 1980 e 2012

Vulnerabilidade Social e de Infraestrutura

47O IVS calculado para a cidade de Londrina baseado nas variáveis: educação, renda e estrutura etária, o qual variou de zero a 0,65 (Figura 01).

48Na área central e pericentral são numerosos os setores com valores baixos de vulnerabilidade, mas não é predominante, isto porque vários setores apresentam valores intermediários, de até 0,49. Os setores com valores baixos de vulnerabilidade são significativos na região sudoeste e na periferia, ao norte. Os setores com os valores mais altos (representados em vermelho) não são numerosos e estão dispersos.

Figura 01 - Mapa de Vulnerabilidade Social - Cidade de Londrina – 2010

Figura 01 - Mapa de Vulnerabilidade Social - Cidade de Londrina – 2010

49O Índice de Vulnerabilidade de Infraestrutura - IVIF resultado da soma entre as variáveis sintéticas de Esgotamento Sanitário, Drenagem e Condição de Habitação, variou de zero a 0,88, mais elevado que o IVS.

50O padrão de distribuição espacial dos valores é semelhante ao de IVS (Figura 02), porém com alguma diferença. A classe que representa os valores mais baixos de vulnerabilidade é numerosa e ocorre de forma mais concentrada na área central ou centro histórico e em seu entorno. Os valores de média e alta vulnerabilidade predominam na periferia.

Figura 02 – Mapa de Vulnerabilidade de Infraestrutura - Cidade de Londrina – 2010

Figura 02 – Mapa de Vulnerabilidade de Infraestrutura - Cidade de Londrina – 2010

Fragilidade Ambiental

51Os dados de fragilidade segundo as classes de declividade, solo e o tamanho da APP de Mata Ciliar (30m) (Tabela 03), foram inseridos na tabela de atributos e aplicados na matriz de Fragilidade Ambiental Potencial, resultando no Índice de Fragilidade Ambiental Potencial - FAP para a área urbana da Cidade de Londrina representado na Figura 03.

52De forma isolada, a variável Declividade definiu aproximadamente 87% dos setores como de Muito Alta Fragilidade, isto porque no sítio urbano de Londrina predomina declividade menor ou igual a 6%, ou seja, baixa declividade e, consequentemente, alta potencialidade de inundações.

53As variáveis: Solo e APP (de Fundo de Vale) contribuíram de forma inversa, ou seja, para que o grau de fragilidade fosse amenizado. Da totalidade de setores censitários, 61% foram classificados como fragilidade Muito Baixa para variável Solo e 62% para a APP, Tabela 03.

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Tabela 03 – Classes de Fragilidade Potencial

Tabela 03 – Classes de Fragilidade Potencial

55Da totalidade dos 669 setores, 69,5% foram classificados com fragilidade Muito Baixa ou Baixa, localizados por toda a cidade, mas preferencialmente na área central e pericentral, e 22% de Média, e, apenas 7 % como Alta ou Muito Alta os quais estão situados preferencialmente ao norte da cidade (Tabela 04 e Figura 03).

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Tabela 04 – Matriz de Fragilidade Ambiental Potencial

Tabela 04 – Matriz de Fragilidade Ambiental Potencial

57Para a classe de fragilidade Muito Alta, atribuiu o uso com maior grau de impermeabilização, ou seja, a classe Urbano, e, para a de menor fragilidade, ou seja, Muito Baixa os Corpos Hídricos.

58A partir do Uso e Ocupação do Solo e dos valores de Fragilidade Ambiental Potencial foi estabelecida, de acordo com a combinação numérica, a classe de Fragilidade Ambiental Emergente (Tabela 05 e Figura 04).

59Foi considerada Fragilidade Emergente Muito Alta, quando o setor foi anteriormente classificado como Fragilidade Ambiental Potencial Alta e, sujeitos à inundação, independente do Uso do Solo e da combinação Fragilidade Ambiental Potencial Média, e Uso do Solo Urbano ou Solo Descoberto.

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Tabela 05 – Matriz de Índice de Vulnerabilidade Ambiental Emergente

Tabela 05 – Matriz de Índice de Vulnerabilidade Ambiental Emergente

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Tabela 06 – Comparação entre as Classes de Fragilidade Potencial e as Classes de Fragilidade Emergente

Tabela 06 – Comparação entre as Classes de Fragilidade Potencial e as Classes de Fragilidade Emergente

Figura 03 – Mapa de Fragilidade Ambiental Potencial – IFAP

Figura 03 – Mapa de Fragilidade Ambiental Potencial – IFAP

Figura 04 – Mapa de Fragilidade Ambiental Emergente – IFAE

Figura 04 – Mapa de Fragilidade Ambiental Emergente – IFAE

62A maior parte dos riscos ambientais urbanos está circunscrita à esfera de competência municipal e é diretamente vinculada ao uso e à ocupação do solo. Esse fato, por um lado, indica que a intensidade e a disseminação dos problemas socioambientais urbanos são, em muito, devidas à ineficácia da administração pública no planejamento e no controle do uso e da ocupação do território da cidade; por outro lado, representa uma possibilidade de resposta coletiva e institucional a esses riscos (MENDONÇA; LEITÃO, 2008, p. 152).

[...] a vulnerabilidade urbana aos riscos é uma noção complexa, na medida em que as vulnerabilidades se encontram territorializadas, ou seja, cada local da cidade possui suas próprias características, que vão determinar sua vulnerabilidade e guiar as respostas de prevenção em face dos perigos. (apud MENDONÇA; LEITÃO, 2008, p. 147).

63Analisando-se os resultados obtidos no cruzamento dos dados, foram identificadas como áreas de risco ambiental aquelas que apresentaram Fragilidade Ambiental Emergente Muito Alta e Alta que abrangem 21,8 % na totalidade da área estudada. Apesar da adoção do critério fragilidade ambiental igual a risco ambiental, é preciso ponderar que o risco está associado à probabilidade de dano, e essa probabilidade vai além das condições naturais do meio.

64O cruzamento dos índices de Vulnerabilidade Social, Vulnerabilidade de Infraestrutura e o de Vulnerabilidade Ambiental, representado pela Vulnerabilidade Potencial Emergente, resultou no Índice de Vulnerabilidade Socioambiental, Figura 05. Este com variação de 0 (zero) a 1, assinala um centro urbano ou histórico bem delimitado, predominando a vulnerabilidade muito baixa, uma área no entorno em condição similar, mas com vários setores na classe de vulnerabilidade baixa e média, e a periferia com predomínio da média e alta vulnerabilidade.

Figura 05 – Mapa de Vulnerabilidade Socioambiental da Cidade de Londrina – 2010

Figura 05 – Mapa de Vulnerabilidade Socioambiental da Cidade de Londrina – 2010

As áreas de maior vulnerabilidade e, também, as que estão mais sujeitas a inundações, estão representadas na Figura 06, sendo que considerando a área total da cidade, não são muitas as áreas com possibilidades à inundação pelos critérios analisados, o que facilita o trabalho de monitoramento. Sem dúvida, as bocas de lobo sem drenagem adequada é uma das grandes responsáveis pela dificuldade no escoamento da água de chuva, principalmente quando ocorrem de forma intensa.

Figura 06 – Áreas de Inundação e Setores com IVSA Muito Alto e Alto - Cidade de Londrina – 2010

Figura 06 – Áreas de Inundação e Setores com IVSA Muito Alto e Alto - Cidade de Londrina – 2010

Algumas reflexões finais

65As inundações são fenômenos provocados pelo incremento no volume de precipitação e consequente transbordamento do corpo hídrico. Segundo sua magnitude, as inundações são classificadas como excepcionais, de grande magnitude, normais ou regulares, e de pequena magnitude. De acordo com sua evolução classificam-se em enchentes ou inundações graduais, enxurradas ou inundações bruscas, alagamentos e inundações litorâneas provocadas pela brusca invasão do mar (BRASIL, 2003, p.40).

66O processo de urbanização provoca alterações na dinâmica hídrica, devido principalmente, à impermeabilização do solo e ao aumento no volume e velocidade do escoamento superficial. O aumento no volume de precipitação associado ao escoamento pluvial pode causar inundações, atingindo principalmente as populações que residem em áreas de planícies inundáveis, pois são áreas que naturalmente estão sujeitas a enchentes.

67O rápido crescimento da cidade, principalmente de forma concentrada, transforma rapidamente espaços anteriormente utilizados com atividades agrícolas em áreas impermeabilizadas. A água da chuva que era anteriormente absorvida com a impermeabilização do solo passa a escoar. Sem um bom sistema de escoamento, os alagamentos são inevitáveis assim como os prejuízos.

68Os bueiros entupidos favorecem os alagamentos na cidade, são várias as ruas alagadas após chuvas intensas. Este problema, em parte, pode ser resolvido se a população depositar o lixo em locais apropriados para tal e se a prefeitura investir em maior número de pessoal para a execução da limpeza pública.

69Segundo dados da Defesa Civil do Estado do Paraná, entre 1980 e 2012 foram registrados três ocorrências de enxurradas e atingiram 101.536 pessoas e 33 vendavais ou tempestades que atingiram 17.152 pessoas. Em 2013 não foi diferente, a título de exemplificação, o vendaval do dia 23 de setembro, com ventos de até 107 quilômetros/hora registrados pela Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero) na região do Aeroporto de Londrina, causou estragos em 39 escolas e quatro creches e derrubou 55 postes, 5 torres de transmissão e aproximadamente 200 árvores. Próximo de 130 mil domicílios ficaram sem luz, o que ocasionou a perda de vacinas estocadas nos postos de saúde, e calcula-se que 200 mil pessoas foram afetadas diretamente (JORNAL DE LONDRINA, 2013).

70A chuva intensa de outubro, também, causou alagamentos em vários pontos da cidade como, por exemplo, no Lago Igapó próximo à barragem, na Avenida Dez de Dezembro, na BR-369 próximo à PR-445. Na zona norte: na Avenida Waldir de Azevedo, nas ruas Thomaz Pereira Machado e Doutor Mário Campos, no conjunto habitacional Parigot de Souza e no Semiramis, na rua Sebastião Carneiro Lobo e no Jardim Franciscato na zona sul da cidade. No dia 24 de outubro as chuvas alagaram vários locais da cidade, principalmente na zona sul onde três casas no Parque das Indústrias foram alagadas; seis mil residências ficaram sem energia elétrica, sendo que 3,4 mil localizadas na Vila Nova, região central e outras 2,5 mil no Jardim Guanabara (JORNAL DE LONDRINA, 2013).

71O mapeamento realizado é um importante instrumento na gestão da cidade por indicar área mais suscetível à inundação e, também, os locais com maiores índice de vulnerabilidade socioambiental. Cabe aos gestores ações específicas para reverter este quadro e, também, para promoverem medidas para diminuir os riscos à inundação.

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Notes

1 Este trabalho é parte do Pós-doc da autora principal realizado na UNESP Campus Presidente Prudente. Agradecemos também a Fundação Araucária e Capes

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Table des illustrations

Titre Tabela 01 – Tipologia de Inundações
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Titre Tabela 02: Número de Ocorrências e Pessoas Atingidas por Eventos Extremos em Londrina entre 1980 e 2012
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Titre Figura 01 - Mapa de Vulnerabilidade Social - Cidade de Londrina – 2010
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Titre Figura 02 – Mapa de Vulnerabilidade de Infraestrutura - Cidade de Londrina – 2010
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Titre Tabela 03 – Classes de Fragilidade Potencial
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Titre Tabela 04 – Matriz de Fragilidade Ambiental Potencial
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Titre Tabela 05 – Matriz de Índice de Vulnerabilidade Ambiental Emergente
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Titre Tabela 06 – Comparação entre as Classes de Fragilidade Potencial e as Classes de Fragilidade Emergente
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Titre Figura 03 – Mapa de Fragilidade Ambiental Potencial – IFAP
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Titre Figura 04 – Mapa de Fragilidade Ambiental Emergente – IFAE
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Titre Figura 05 – Mapa de Vulnerabilidade Socioambiental da Cidade de Londrina – 2010
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Titre Figura 06 – Áreas de Inundação e Setores com IVSA Muito Alto e Alto - Cidade de Londrina – 2010
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Pour citer cet article

Référence électronique

Mirian Vizintim Fernandes Barros, Crislaine Mendes et Paulo Henrique Marques de Castro, « Vulnerabilidade socioambiental à inundação na área urbana de londrina – PR »Confins [En ligne], 24 | 2015, mis en ligne le 21 juillet 2015, consulté le 09 décembre 2024. URL : http://0-journals-openedition-org.catalogue.libraries.london.ac.uk/confins/10228 ; DOI : https://0-doi-org.catalogue.libraries.london.ac.uk/10.4000/confins.10228

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Auteurs

Mirian Vizintim Fernandes Barros

Universidade Estadual de Londrina (UEL), Doutora em Geografia Física pela USP, vizintim@uel.br

Articles du même auteur

Crislaine Mendes

Mestre em Geografia Dinâmica Espaço-Ambiental pela UEL, crislainemendes@yahoo.com.br

Paulo Henrique Marques de Castro

Doutorando do Programa de Pós-Graduação em Geografia – UEL, paulocastro@uel.br

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